Return to search

Falacias no planejamento do legado esportivo da Copa do Mundo FIFA nas doze cidades-sede no Brasil

Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-06-26T12:33:45Z
No. of bitstreams: 1
Rodrigo da Silva Paiva.pdf: 3674625 bytes, checksum: ba1a5b70a82ed782636e73b452a7d480 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-26T12:33:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Rodrigo da Silva Paiva.pdf: 3674625 bytes, checksum: ba1a5b70a82ed782636e73b452a7d480 (MD5)
Previous issue date: 2018-03-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / In Brazil, the public policies of sports and leisure have been targeted, since the realization of the
Pan American Games of 2007, by the explicit goal of designing internationally the country in
political and economic areas. The country hosted, in the range of a decade, the biggest sporting
events of the Earth: Military games (2011), Confederations Cup (2013), F.I.F.A. World Cup
(2014), America’s Cup (2015) and Olympic Games (2016). The argument adopted by the
managers of the different sublevels of government, explained in application documents of the
Ministry of Sports, to legitimize the assumption of an agenda too committed to sports, was that
the social legacy of sporting mega events would a modernization of infrastructure, upgrading of
services, social mobilization, economic decentralization, stimulation to the many forms of
innovation, commitment to the environment and sustainability, improvement of transparency in
public management and dissemination of sports. Taking this last aspect as main reference, the
objective of this study is to verify whether, and to what extent, the twelve host cities in Brazil
that received the F.I.F.A. World Cup planned programs of democratization as the legacy sports
mega event. For the study, were collected, analyzed and discussed the data gathered between
2012-2016 in a national project, World Cup cities, of note, proposing and monitoring of
documents prepared for the legacy of the World Cup, from carrying out a program led by a
sports institution of the third-sector, financed with public money and made possible through tax
waiver for the private sector, through the law of Incentive to the sport. Meetings were held with
all the sports Secretaries of host cities and other sectors of society. Compare arrays of
responsibilities and the legacy plans produced in Cities. The detailed analysis of a set of
indicators agreed by public managers, of the host cities, related to the sporting legacy, namely,
investment in infrastructure, professional training for the universalization of access to sports,
resizing of policies to encourage the social sport to the detriment of the elite sport and
performance and development of programs of universalizing access to sport in the school
environment, showed that no host city of FIFA World Cup designed any effective actions for the
sporting legacy. The Developed action plans did not guarantee the representation of diverse
interests of leather sports actors of each locale. Sports managers in multiple sublevels of
Government have shown little or no commitment to the sporting legacy. The elaborate plans
even became part of the political agenda of sports of host cities. The World Cup Cities Project,
with obsolete results, could never have been accomplished and, If the investments that consumed
were directed to the direct care of children and young people in long-term sports programs
would decrease the contradiction as fallacious speech sporting legacy of the mega event and the
implementation of public policies for universalization of access to sports / No Brasil, as políticas públicas de esportes e lazer tem sido orientadas, desde a realização dos
jogos Pan-americanos de 2007, pelo objetivo explícito de projetar internacionalmente o país, nos
âmbitos, político e econômico. O país sediou, no intervalo alargado de uma década os maiores
eventos esportivos da terra: Jogos Militares (2011), Copa das Confederações (2013), Copa Do
Mundo F.I.F.A. de futebol (2014), Copa América (2015) e Jogos Olímpicos (2016). O
argumento adotado pelos gestores, dos diferentes subníveis de governo, explicitado nos
documentos de candidatura do Ministério dos Esportes, para legitimar a assunção de uma agenda
demasiadamente comprometida com esportes era a de que o legado social dos megaeventos
esportivos possibilitaria uma modernização da infraestrutura, requalificação dos serviços,
mobilização social, descentralização econômica, estímulo às múltiplas formas de inovação,
compromisso com o meio-ambiente e sustentabilidade, aprimoramento da transparência na
gestão pública e disseminação da prática esportiva. Tomando este último aspecto como principal
referência, o objetivo deste estudo foi verificar se, e em que medida, as doze cidades-sede
brasileiras que receberam a Copa do Mundo de Futebol F.I.F.A. planejaram programas de
democratização esportiva como legado do megaevento. Para a realização do estudo, foram
coletados, analisados e discutidos os dados reunidos entre os anos de 2012-2016 em um projeto
nacional, Cidades da Copa, de observação, proposição e monitoramento de documentos
elaborados para o legado da copa, a partir da realização de um programa capitaneado por uma
instituição esportiva do terceiro-setor, financiado com dinheiro público e viabilizado por meio de
renúncia fiscal do setor privado, através da Lei de Incentivo ao Esporte. Realizaram-se encontros
com todos os secretários de esportes das cidades-sede e demais setores da sociedade.
Comparam-se as matrizes de responsabilidades e os planos de legado produzidos no Cidades da
Copa. A análise pormenorizada de um conjunto de indicadores acordados pelos gestores
públicos, das cidades-sede, relacionados ao legado esportivo, quais sejam, investimentos em
infraestrutura, qualificação profissional para a universalização do acesso ao esporte,
redimensionamento de políticas de incentivo ao esporte social em detrimento do esporte
elitizado e de rendimento, desenvolvimento de programas de universalização do acesso ao
esporte no ambiente escolar, demonstrou que nenhuma cidade-sede da Copa do Mundo
prospectou quaisquer ações efetivas para o legado esportivo. Os planos de ação desenvolvidos
não garantiam a representatividade do cabedal diversificado de interesse dos atores esportivos de
cada localidade. Os gestores do esporte nos múltiplos subníveis de governo demonstraram pouco
ou nenhum comprometimento com o legado esportivo. Os planos elaborados sequer passaram a
fazer parte da agenda política de esportes das cidades-sede. O Projeto Cidades da Copa, com
resultados obsoletos, poderia nunca ter sido realizado e se os investimentos que consumiu
fossem direcionados ao atendimento direto de crianças e jovens em programas esportivos de
longo prazo diminuiria a contradição quanto ao discurso falacioso de legado esportivo do
megaevento e a efetivação de políticas públicas de universalização de acesso ao esporte

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/21179
Date23 March 2018
CreatorsPaiva, Rodrigo da Silva
ContributorsBógus, Lucia Maria Machado
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0033 seconds