Return to search

Os mendigos de likes

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The subject and its relation with the social ties, its behaviours and habits, are deeplly recreated
facing the changes brought up by internet.Therefore, it has been an important researching
field, given that its impacts to subjectivity are impossible to avoid. In this context, specially
on Facebook, one may find a subject who spends most of its time on-line in its sui generis
condition: beggars of likes. A subject who begs, tries to attract by image (not always his
image), who bargains, who makes a marketing of itself to be. Beg for what? Likes, followers,
friends, atention, popularity... beg for love. Turning the atention to this subject, this research
aims generally to understand the pathos which works as a trigger for the daily battle of the
beggars of likes in a social net, aiming to reach its targets. To enter the virtual environments
of the beggars of likes, we use the etnographic method as a standard. We used the main
instrument of the etnography, the field diary, and its excelence in exploring the stranger. The
data analysis, as well as all the conception of the research, has been sustained by the Freudian
psychoanalytic theory and some detailed concepts from Lacan. We also used the clinical
position of the Fundamental Psychopathology, given that it bends towards the pathos, main
objective of this research. From the life in the field, we extract elements which were splitted
in three topics which will be better worked on: the beggar of likes , the Add game and
Bruna França: to be or not to be a fake . An etymological approach between the words
virtual/pulse and like/mock made it possible to discuss these subjects, leading to the place of
the subject nowadays, specially on-line. We noticed that, under other clothing and new
contexts, the unconscient subject, derived from the pulse, keeps on searching for ways to
fulfill its structural emptiness, which always leads in frustration. Beggars of likes, thanks to
the peculiarities of their acting field, soon meet this devastating pleasure which holds them to
a repetition which defines their pathos and their condition. / O sujeito e sua relação com o laço social, seus comportamentos e hábitos, estão
profundamente reformulados diante das mudanças trazidas pela internet. Por isso, ela tem sido
um importante campo de pesquisa, já que os impactos à subjetividade são inevitáveis. Neste
contexto, mais especificamente em um site de rede social, o Facebook, encontramos um
sujeito que passa a maior parte do tempo na rede de internet em uma condição sui generis: a
de mendigo de likes. Um sujeito que implora, que tenta atrair pela imagem (mesmo que não
seja a sua), que negocia, que faz marketing de si para mendigar. Mendigar o quê? Curtidas,
seguidores, amigos, atenção, popularidade... mendigar amor. Voltando a atenção para esse
sujeito, o objetivo geral desta pesquisa visa compreender o pathos presente como pano de
fundo e que impulsiona a batalha diária travada pelo mendigo de likes em uma rede social, a
fim de conseguir atingir suas metas. Para entrar nos nichos virtuais frequentados pelo
mendigo de likes, utilizamos o método etnográfico como paradigma. Apropriamo-nos
especificamente do principal instrumento da etnografia, o diário de campo, e da sua
excelência em desvelar o estrangeiro. A análise dos dados, bem como toda a concepção da
pesquisa, foi sustentada pela teoria psicanalítica de base freudiana e por alguns conceitos
aprofundados por Lacan. Utilizamos também a posição clínica da Psicopatologia
Fundamental, uma vez que esta tem como peculiaridade o ato de se inclinar diante do pathos,
principal objetivo desta pesquisa. Da vivência no campo, extraímos elementos que foram
divididos em três tópicos para serem melhor trabalhados: a mendiga de likes , o jogo do
Add e Bruna França: ser ou não ser um fake . Uma aproximação etimológica entre os
termos virtual/pulsão e curtir/gozar possibilitou uma discussão destes temas apontando para o
lugar do sujeito na contemporaneidade e, sobretudo, na internet. Percebemos que, sob outras
roupagens e em novos contextos, o sujeito do inconsciente, derivado da pulsão, continua a
buscar formas de tamponar o vazio que lhe é estrutural, o que sempre acaba em frustração. Os
mendigos de likes, graças às peculiaridades do seu campo de atuação, logo se encontram com
este gozo devastador que os prende em uma repetição que define seu pathos e sua condição. / Mestre em Psicologia Aplicada

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_UFU:oai:repositorio.ufu.br:123456789/17252
Date29 June 2015
CreatorsLima, Letícia Vargas de
ContributorsFreire, Joyce Marly Gonçalves, Próchno, Caio César Souza Camargo, Paravidini, João Luiz Leitão, Winograd, Monah
PublisherUniversidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-graduação em Psicologia, UFU, BR, Ciências Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFU, instname:Universidade Federal de Uberlândia, instacron:UFU
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0024 seconds