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Associação da espessura da camada íntima da artéria carótida com os fatores de risco cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama. / therosclerotic Disease and Cardiovascular Risk Factors in postmenopausal breast cancer survivors.

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Previous issue date: 2018-02-22 / Objetivo: Avaliar a ocorrência da doença aterosclerótica e a sua associação com fatores de risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama comparadas às mulheres sem câncer. Métodos: Realizou-se estudo clínico de corte transversal com 96 mulheres tratadas de câncer de mama comparadas a 192 mulheres na pós-menopausa (controle), com idades entre 45 e 75 anos. Foram incluídas no grupo principal mulheres com amenorréia > 12 meses e idade ≥45 anos, com diagnóstico histológico de câncer de mama, sem doença metastática e sem doença cardiovascular (DCV) estabelecida. O grupo controle foi constituído por mulheres com amenorréia > 12 meses, idade ≥45 anos, sem câncer de mama e DCV. Os grupos foram pareados por idade, tempo de menopausa e índice de massa corpórea (IMC) na proporção 1 caso para 2 controles, conforme cálculo amostral, com mínimo de 92 pacientes tratadas de câncer de mama. Dados clínicos e antropométricos (IMC e circunferência da cintura) foram coletados por meio de entrevista e exame físico. Para análise bioquímica foram solicitados colesterol total, HLD, LDL, triglicerídeos, glicose e insulina. A doença aterosclerótica foi determinada pela espessura do complexo médio-intimal (CMI > 1mm) das artérias carótidas e/ou pela presença de placa ateromatosa, avaliadas pela ultrassonografia carotídea (scanner duplex). Para análise estatística foram empregados: Teste t-student, Distribuição Gama (variáveis assimétricas), Teste do Qui-Quadrado, a Correlação de Pearson e Regressão Logística (odds ratio-OR). Resultados: A média de idade das pacientes tratadas de câncer de mama foi de 59,8 ± 9,0 anos com tempo médio de seguimento de 4,2 ± 2,0 anos. Na comparação entre os grupos, mulheres tratadas de câncer de mama apresentaram valores médios elevados da pressão sistólica e distólica (p<0.001), e valores médios de triglicerídeos e glicose, acima dos valores desejáveis (p<0.05). Foi observado maior ocorrência de diabetes e síndrome metabólica entre as mulheres tratadas de câncer mama quando comparadas ao controle (19,8% vs 6,8% e 54,2% vs 30,7%, respectivamente) (p<0.05). Na avaliação ultrassonográfica da aterosclerose subclínica (CMI > 1 mm) não foi observada diferença significativa entre os grupos, apenas uma tendência a maior ocorrência no grupo câncer de mama quando comparado ao controle (26,0% vs 18,7%, respectivamente, p=0.062). Entretanto quando analisada a presença de placas de ateroma nas artérias carótidas, pacientes tratadas de câncer de mama apresentaram maior ocorrência quando comparadas ao grupo controle (19,8% vs 9,4%, respectivamente) (p=0.013). Nas mulheres tratadas de câncer de mama foi observada correlação positiva significativa entre a medida do CMI com a idade (r=0.37), tempo de menopausa (r=0.22), uso de inibidor da aromatase (r=0.27) e com a presença de placa ateromatosa (r=0.80). Na análise de risco ajustado para idade, tempo de menopausa e IMC, as mulheres tratadas de câncer de mama apresentaram risco 2.4 vezes maior para ocorrência de placa ateromatosa (OR=2.42; IC 95% 1.18 - 4.93, p=0.033) quando comparadas as mulheres sem câncer. Conclusão: Mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama apresentaram maior risco para o desenvolvimento de doença aterosclerótica, associado à maior ocorrência de fatores de risco cardiovascular como a síndrome metabólica, o diabetes e a hipertrigliceridemia, quando comparadas a mulheres na mesma faixa etária sem câncer. / Objective: To evaluate the occurrence of atherosclerotic disease and its association with cardiovascular risk factors in postmenopausal breast cancer survivors survivors as compared with postmenopausal women without breast cancer. Methods: In this cross-sectional study, 96 postmenopausal breast cancer survivors were compared with 192 postmenopausal women (controls) attending a university hospital. The principal group included women with amenorrhea > 12 months and age ≥45 years, with histological diagnosis of breast cancer, without metastatic disease and without established cardiovascular disease (CVD). The control group consisted of women with amenorrhea > 12 months, age ≥45 years, without breast cancer and CVD. The groups were matched by age, time since menopause, and body mass index (BMI) in the proportion 1 case for 2 controls, according to the sample calculation, with a minimum of 92 breast cancer survivors. Clinical and anthropometric data (BMI and waist circumference) were collected through an interview and physical examination. Biochemical parameters, including total cholesterol, HDL, LDL, triglycerides, glucose, and insulin were measured. The atherosclerotic disease was determined by the intima media thickness (IMT) of the carotid arteries evaluated by carotid ultrasound (scanner duplex). Subclinical ATS was defined as increased carotid intima-media thickness (>1.0 mm) and/or the presence of atheromatous plaques. For statistical analysis, Student's t-test, Gamma distribution (asymmetric variables), Chi-Square test, Pearson's correlation and Logistic regression (OR-odds ratio) were used. Results: The mean (SD) age of breast cancer survivors was 59.8 ± 9.0 years, with a mean (SD) follow-up of 4.2 ± 2.0 years. In the comparison between the groups, the breast cancer survivors presented high mean values of systolic and distal pressure (p <0.001), and mean values of triglycerides and glucose, above the desirable values (p <0.05). Higher occurrence of diabetes and metabolic syndrome among the breast cancer survivors was observed (19.8% vs 6.8% and 54.2% vs 30.7%, respectively) (p <0.05). There was no significant difference was observed in subclinical atherosclerosis (IMT> 1 mm) between the groups, only a trend of higher occurrence in the breast cancer survivors when compared to the control group (26.0% vs 18.7%, respectively, p = 0.062). However, when the presence of atheromatous plaques in the carotid arteries was analyzed, the breast cancer survivors had a higher occurrence when compared to the control group (19.8% vs 9.4%, respectively) (p = 0.013). In the breast cancer survivors women, a significant positive correlation was observed between IMT measurement with age (r = 0.37), time since menopause (r = 0.22), use of aromatase inhibitor (r = 0.27), and presence of atheromatous plaque (r = 0.80). In the risk analysis adjusted for age, time since menopause and BMI, breast cancer survivors had a 2.4 times greater risk for atheromatous plaque (OR = 2.42; 95% CI 1.18 - 4.93, p = 0.033) when compared to women without cancer. Conclusion: Postmenopausal breast cancer survivors presented a higher risk for the development of atherosclerotic disease, associated with a higher occurrence of cardiovascular risk factors such as metabolic syndrome, diabetes and hypertriglyceridemia, when compared to women in the same age group without cancer.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unesp.br:11449/154286
Date22 February 2018
CreatorsBranco, Mauro Terra
ContributorsUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Nahas-Neto, Jorge [UNESP]
PublisherUniversidade Estadual Paulista (UNESP)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNESP, instname:Universidade Estadual Paulista, instacron:UNESP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation600

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