A crescente demanda pelo treinamento resistido tem incentivado a procura de metodologias para a prescrição deste tipo de exercício. Por isso, há uma busca incessante para se prescrever corretamente qual parâmetro e/ou intensidade seja a ideal para a execução do exercício resistido. Dessa forma protocolos incrementais podem ser interessantes, uma vez que podem determinar a magnitude das respostas fisiológicas (principalmente lactato e consumo de oxigênio) em diferentes domínios (leve, moderado e alto), pois através deles é possível identificar parâmetros de aptidão aeróbia e anaeróbia, como o limiar de lactato, limiar anaeróbio e carga crítica. No entanto, poucos estudos têm analisado de forma sistematizada diferentes intensidades de exercício resistido com o objetivo de determinar a magnitude das respostas cardiorrespiratórias, metabólicas e eletromiográficas para então propor estratégias reabilitadoras a indivíduos idosos baseada nestas respostas. Dessa forma, o objetivo principal desse estudo foi comparar as intensidades determinadas como limiar anaeróbio e carga crítica, em relação aos parâmetros de frequência cardíaca, ventilação, consumo de oxigênio, lactato, débito cardíaco, volume sistólico, além da análise eletromiográfica, entre jovens e idosos. Participaram deste estudo 35 homens ativos, sendo 20 jovens (média de idade de 23 ± 3 anos) e 15 idosos (média de idade de 70 ± 2,4 anos), aparentemente saudáveis. Todos os voluntários realizaram, de forma aleatória e em dias diferentes a: 1) teste de 1 RM em exercício resistido no Leg Press 45°; 2) teste de exercício físico resistido dinâmico crescente descontínuo; 3) três testes de exercícios resistidos de alta intensidade de carga constante (60%, 75% e 90% de 1 RM) até a fadiga e, após estes testes realizaram:, 4) teste de tolerabilidade no limiar anaeróbio, obtido através do teste crescente e, 5) teste de tolerabilidade da carga crítica obtida, pela regressão linear e relação hiperbólica entre carga e tempo de execução. Com relação ao limiar anaeróbio, obtido no teste incremental, foi possível determinar que este ocorreu em torno de 30% 1 RM e a carga crítica foi aproximadamente 52% 1 RM, para ambos os grupos. Com relação aos parâmetros estudados nas intensidades de exercício executadas, o envelhecimento mostrou ser determinante para uma redução nos valores relativos à capacidade aeróbia bem como na frequência cardíaca. Já com relação especificamente as intensidades do limiar anaeróbio e carga crítica, em ambos os grupos a ventilação, foi maior e consumo de oxigênio foi menor na intensidade da carga crítica. Já para as respostas de lactato, nós observamos menores valores para o grupo idoso, tanto para o limiar como na carga crítica. O débito cardíaco apresentou diferença apenas entre os grupos e não entre as intensidades, sendo que devido ao envelhecimento, houve redução dos valores. Já para a EMG, houve maiores quedas do slope da FM para idosos quando comparado aos jovens em 30%, e além disso, na intensidade de 30% acarretou em menor queda que em 52%. Ao comparar ao longo do tempo a FM e o RMS, o comportamento destes foi semelhantes nas duas intensidades, ou seja, de queda e aumento, respectivamente, o que é indicativo de maior fadigabilidade ao final do exercício. Além disso, a taxa de queda foi maior no grupo idoso, sendo que esse parâmetro é um indicador de maior fadiga muscular para este grupo. Entretanto, o comportamento do RMS ao final das duas intensidades foi menor nos idosos. Dessa forma, nossos resultados podem ter aplicações como uma forma de avaliar o desempenho funcional durante exercícios resistidos em diferentes populações e também pode ter utilidade na prescrição de um programa de treinamento dependo do objetivo a ser alcançado, elucidando a importância prática da aplicação de exercícios de resistência dinâmica. / The increasing demand for resistance training has motivated the search methodologies for prescribing this type of exercise. Therefore, there is a constant search to correctly prescribe which parameter and/or intensity is ideal for the implementation of resistance exercise. Thus incremental protocols may be interesting, since they can determine the magnitude of physiological responses (mainly lactate and oxygen consumption) in different domains (mild, moderate and high), because it is possible through them to identify parameters of aerobic and anaerobic fitness as the lactate threshold, anaerobic threshold and critical load. However, few studies have examined systematically different resistance exercise intensities form in order to determine the magnitude of the cardiorespiratory, metabolic and electromyographic responses and then propose the elderly rehabilitation strategies based on these answers. Thus, the aim of this study was to compare the intensities determined as anaerobic threshold and critical load, with respect to heart rate parameters, ventilation, oxygen consumption, lactate, cardiac output, stroke volume, besides the electromyographic analysis, between young and senior citizens. The study included 35 active men, 20 young (mean age 23 ± 3 years) and 15 older adults (mean age 70 ± 2.4 years), apparently healthy. All volunteers pertormed randomly on different days to: 1) 1 RM test in resistance exercise in Leg Press 45º; 2) dynamic resistance exercise test growing discontinuous; 3) three tests of resistance exercise high intensity constant load (60%, 75% and 90% of 1 RM) to failure and after these tests, performed 4) tolerance test at the anaerobic threshold, obtained by increasing test, 5) tolerability test critical load obtained by linear regression and hyperbolic relationship between load and runtime. Regarding the anaerobic threshold obtained in the incremental test, was determined that this occurred around 30% 1 RM and the critical load was approximately 52% 1 RM for both groups. As for the parameters studied in the exercise intensities performed, aging proved to be decisive for a reduction in the relative values of aerobic capacity and heart rate. In relation specifically the intensities of the anaerobic threshold and critical load in both grups, ventilation was higher and oxygen consumption was lower in the intensity of the critical load. As for the lactate responses, we observed lower values for the elderly group, both the threshold and the critical load. Cardiac output was difference only between groups and not between the intensities, and due to aging, decreased the values. As for EMG, was greater MF of the slope falls to elderly compared to 30% in young, and furthermore, intensity of 30% fall which resulted in less by 52%. Comparing over time RMS and MF, was similar in behavior of the two intensities, ie, increase and decrease, respectively, which is indicative of greater fatigue at the end of exercise. Furthermore, the decrease rate was higher in the elderly group, and this parameter is an indicator of increased muscle fatigue for this group. However, RMS behavior at the end of the two intensities were lower in the elderly. Thus, our results may have applications as a way to evaluate the functional performance during resistance training in different populations and can also be useful in prescribing a training program depend on the objective to be achieved, explaining the practical importance of the application of resistance exercise dynamics.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-28032016-144717 |
Date | 31 March 2015 |
Creators | Vivian Maria Arakelian |
Contributors | Audrey Borghi e Silva, Cleiton Augusto Libardi, Fábio Viadanna Serrão, Rodrigo Polaquini Simões |
Publisher | Universidade de São Paulo, Bioengenharia, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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