Return to search

Gringos, hippies e conquistadores em Samaipata, Bolívia: a fama e a infância dos forasteiros

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-09-15T04:07:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
334105.pdf: 1905535 bytes, checksum: 66a111cca90da518715c073f9f9282e9 (MD5)
Previous issue date: 2015 / A crescente presença de forasteiros em Samaipata, uma pequena cidade boliviana próxima a Santa Cruz de la Sierra, faz com que, com grande frequência, o substantivo "gringo" seja usado para se referir a pessoas, bem como a locução adjetiva "de gringos" venha colada com certas coisas (festas de gringos, lugares de gringos, manias de gringos...). No entanto, as duas formas de uso se revelavam muito mais plásticas do que poderiam parecer à primeira vista: mesmo quando gringo era visto como "alguém de fora", identificar esse alguém e estabelecer o que se está se considerando como o local (Samaipata, as terras baixas, a Bolívia, a América Latina) dependiam muito mais das circunstâncias em jogo do que de qualquer forma de definição enciclopédica. Mas isso não implicava que a noção de gringo fosse, tão simplesmente, uma concepção subjetiva, que não dependesse da circulação de ideias e do compartilhamento de certas experiências dentro da cidade. Mais do que isso, havia uma certa "má-fama" bem disseminada - embora não absolutamente disseminada - que se refletia em algumas práticas instituídas pelo poder local para tentar minar os "abusos" cometidos pelos forasteiros na cidade - fossem eles turistas ou moradores estabelecidos. O objetivo de minha dissertação foi tentar entender o que fazia com que esse rótulo se tornasse tão disseminado e a razão que levava a categoria "gringo" a ser tão frequentemente associada a formas de subversão dos hábitos locais.<br> / Abstract : The growing presence of outsiders in Samaipata, a tiny town near Santa Cruz de la Sierra, makes that, very often, the noun ?gringo? be used to refer to people, in the same way that he adjective ?gringo? is linked to certain things (gringo parties, gringo places, gringo manias?). Nevertheless, both uses showed to be much more plastic than would be expected at first glance: even when gringo was treated as someone from abroad, identifying this person and establishing what is being considered to be the local (Samaipata, the lowlands, Bolivia, Latin America) depended much more on the circunstances at stake than on any sort of encyclopedic definition. This assumption, however, didn?t imply that the idea of gringo should be treated as a strictly subjective conception, independent from the circulation of other ideas and from the share of some experiences that were going around the town. Moreover: there was a certain ?bad reputation? very widespread ? though not absolutely widespread ? that was reflected in some instituted practices that were being performed by the local authorities in order to undermine eventual ?abuses?practiced by outsiders in town ? tourists and established. The main aim of this dissertation was to understand the reasons that made this label so widespread and why this category, gringo, was so frequently related to some forms of subversion of the local ways of being.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/134934
Date January 2015
CreatorsPereira Neto, Paulo da Costa
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Castells, Alicia Norma Gonzalez de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format187 p.| il., grafs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0019 seconds