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Silêncio e (des)solução em Cartas a Posêidon de Cees Nooteboom

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-11-17T03:10:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / É a partir do abandono dos deuses em Cartas a Posêidon (2012), do escritor Cees Nooteboom, que a presente dissertação busca refletir sobre a criação de uma imagem poética do estatuto do homem nos dias atuais, cujo enfoque reside nas inúmeras descontinuidades e rupturas presentes no texto de escritor neerlandês. Através da Carta sobre o humanismo, de Martin Heidegger, e Regras para o parque humano, de Peter Sloterdijk, o trabalho propõe uma breve discussão sobre a epístola enquanto ferramenta humanista e, no caso de Nooteboom, a sua inabilidade em fazer amigos, resultado da disrupção do dialogismo pelo insistente silêncio divino. Utilizando-se do conceito de Stimmung e os estudos de Leo Spitzer e Hans Gumbrecht sobre o tema, a dissertação procura observar a criação de determinadas atmosferas ao longo do texto, cuja essência nega o significado original do termo Stimmung enquanto harmonia. Por intermédio do pensamento de Jean-Luc Nancy acerca do mito e a sua base atual como negação de sua fundação original, o trabalho busca pensar a inoperância da carta como espaço de proliferação da narrativa. Valendo-se de A Comunidade Inconfessável, de Maurice Blanchot, a formação da comunidade tem como base a sua própria ausência em um movimento contínuo aqui proposto como (des)solução. Por fim, através da contribuição de Susan Sontag em ?Estética do silêncio?, a dissertação propõe uma comparação dos fragmentos de Nooteboom com a pintura neerlandesa do século XVII, o Stilleven, e a sua natureza silente e imóvel que em Nooteboom culminam em tremor, ruído.<br> / Abstract : It is from the abandonment of the gods in Letters to Poseidon (2012), of the writer Cees Nooteboom, that this study tries to reflect on the creation of a poetic image of the status of man nowadays whose focus lies in the many discontinuities and breaks in the text the Dutch author. By Letter on Humanism, from Martin Heidegger, and Rules for the human zoo, by Peter Sloterdijk, the work proposes a brief discussion of the epistle as humanistic tool and, in the case of Nooteboom, its inability to make friends as a result of disruption of dialogism by the insistent divine silence. Using the concept of Stimmung and studies of Leo Spitzer and Hans Gumbrecht on the subject, the dissertation tries to observe the creation of specific atmospheres throughout the text, whose essence denies the original meaning of the term Stimmung as harmony. Through the thought of Jean-Luc Nancy about the myth and its current base as denial of its original foundation, the work aims to rethink the ineffectiveness of communication as the narrative space proliferation and the formation of a community, drawing on The Unavowable Community, from Maurice Blanchot, whose base lies in its very absence, in continuous motion proposed here as (dis)solution. Finally, through the contribution of Susan Sontag in "Aesthetics of Silence", the study proposes a comparison of Nooteboom fragments with the Dutch painting of the seventeenth century, Stilleven, and its silent and motionless nature that in Nooteboom culminates into tremor, noise.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/136494
Date January 2015
CreatorsBergé, Samanta Lopes
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Barbosa, Maria Aparecida
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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