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O outro lado da metrópole: as Comunas da Terra na região metropolitana de São Paulo / El otro lado de la metrópoli: las Comunidades de la Tierra de la región metropolitana de São Paulo

Esta pesquisa busca analisar a proposta do MST chamada \"Comuna da Terra\", que consiste na criação de assentamentos de reforma agrária em franjas de expansão urbana de grandes cidades, com lotes reduzidos e matriz de produção agroecológica. Partindo-se da análise da hipótese de que \"as Comunas da Terra da Região Metropolitana de São Paulo são a expressão dos conflitos pelo acesso à terra, pelo acesso ao trabalho e pelo acesso às políticas públicas inerentes aos meios urbano e rural\", este trabalho pretende compreender como as Comunas da Terra respondem à desigualdade social brasileira e quais são os limites e as conquistas obtidas. Optou-se por delimitar o estudo às seguintes Comunas da Terra: Dom Tomás Balduíno, Irmã Alberta e Dom Pedro Casaldáliga, localizadas na Região Metropolitana de São Paulo - RMSP, pois acredita-se que a análise das Comunas da Terra situadas nas franjas de expansão de São Paulo possa gerar um estudo de campo emblemático acerca da questão agrária sobre o meio urbano e sobre a própria questão urbana. A proposta das Comunas da Terra apresenta um grande potencial de transformação social ao reunir demandas de movimentos sociais urbanos e rurais em um assentamento de reforma agrária situado nas franjas de expansão urbana: seria possível garantir o acesso à terra para o trabalho e para a moradia, conciliando a preservação ambiental e contribuindo para o abastecimento alimentar da população urbana. No entanto, por meio desta pesquisa verificou-se que existe um descompasso entre a proposta das Comunas da Terra e a realidade, pois grande parte desse potencial transformador não é implantado. O potencial transformador das Comunas da Terra estaria menos ligado à inclusão das famílias na sociedade e no mercado e mais à ruptura da reprodução de velhas práticas e vícios da sociedade brasileira dentro das Comunas. Se a luta pela permanência na terra tornou-se o maior limite imposto para as famílias das Comunas e para os dirigentes do MST, é nela também que está o seu maior potencial transformador. Cabe às famílias e aos dirigentes do MST o desafio de encontrar os caminhos para a realização dessa transformação social dentro das Comunas. / Esta investigación busca analizar la propuesta del MST llamada \"Comunidad de la Tierra\", que consiste en la creación de asentamientos de reforma agraria en franjas de expansión urbana de grandes ciudades, con lotes reducidos e una matriz de producción agroecológica. Partiendo del análisis de la hipótesis de que \"las Comunidades de la Tierra de la Región Metropolitana de São Paulo son la expresión de los conflictos por el acceso a la tierra, por el acceso al trabajo e al acceso a las políticas públicas inherentes a los medios urbano y rural\", se busca por medio de ésta investigación la comprensión de como las Comunidades de la Terra responden a la desigualdad social brasileña e cuales son los límites de las conquistas obtenidas. Se optó por delimitar el estudio a las Comunidades de la Tierra Dom Tomás Balduíno, Irmã Alberta y Dom Pedro Casaldáliga, localizadas en la Región Metropolitana de São Paulo - RMSP, pues creemos que el análisis de las Comunidades de la Tierra en las franjas de expansión de São Paulo pueda generar un estudio de campo emblemático de la influencia de la temática agraria sobre el medio urbano y sobre la propia temática urbana. La propuesta de las Comunidades de la Tierra presenta un gran potencial de transformación social al reunir demandas de movimientos sociales urbanos y rurales en un asentamiento de reforma agraria situado en las franjas de expansión urbana: por medio de esa propuesta, sería posible garantizar el acceso a la tierra para trabajo y para vivienda, conciliando la preservación ambiental y contribuyendo para o abastecimiento alimentar de la populación urbana. Sin embargo, por medio de esta pesquisa se verificó que existe una discordancia entre la propuesta de las Comunidades de la Tierra y la realidad, pues gran parte de ese potencial transformador no es implantado. Frente a este contexto, el potencial transformador de las Comunidades de la Tierra estaría menos conectado a la inclusión de las familias en la sociedad y el mercado e más a la ruptura de la reproducción de antiguas prácticas y vicios de la sociedad brasileña dentro de las comunidades. Si la lucha por la permanencia en la tierra se tornó el mayor límite impuesto para las familias de las Comunas y para los dirigentes del MST, es en ella y también que se encuentra su mayor potencial transformador. Corresponde a las familias y a los dirigentes del MST el desafío de encontrar los caminos para la realización de esa transformación social dentro de las Comunidades.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-29072014-170607
Date16 May 2014
CreatorsRoberta Vieira Raggi
ContributorsMaria de Lourdes Zuquim, Marta Inez Medeiros Marques, Maria Lucia Refinetti Rodrigues Martins, Eduardo Alberto Cusce Nobre
PublisherUniversidade de São Paulo, Arquitetura e Urbanismo, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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