Return to search

Processos de educar-se de mulheres do assentamento Monte Alegre – SP nas ações de cuidado à saúde

Submitted by Izabel Franco (izabel-franco@ufscar.br) on 2016-10-06T20:17:57Z
No. of bitstreams: 1
TeseIMCT.pdf: 2899672 bytes, checksum: 1abd8690472da27b69273d962472c869 (MD5) / Approved for entry into archive by Marina Freitas (marinapf@ufscar.br) on 2016-10-20T13:53:37Z (GMT) No. of bitstreams: 1
TeseIMCT.pdf: 2899672 bytes, checksum: 1abd8690472da27b69273d962472c869 (MD5) / Approved for entry into archive by Marina Freitas (marinapf@ufscar.br) on 2016-10-20T13:53:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1
TeseIMCT.pdf: 2899672 bytes, checksum: 1abd8690472da27b69273d962472c869 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-20T13:53:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
TeseIMCT.pdf: 2899672 bytes, checksum: 1abd8690472da27b69273d962472c869 (MD5)
Previous issue date: 2016-02-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / The access to a well sorted healthcare system – one that provides services and
medical and multidisciplinary care – by rural populations is poor. Difficulties in accessing
these services strengthen the exclusion of the peasant. In addition, farming can expose
families to environmental, ergonomic and incidental risks, putting their health in danger.
These findings can be used to ponder the failures involving healthcare programs for rural
populations. Caring involves respect for beliefs, values, the feelings of others and also the
feelings of oneself, enhancing one’s interior space. Care is existential, relational,
contextual and complex, built by beings that take and receive care. Healthcare is
understood here as any action intended to promote, maintain or restore health. It includes
health as a dynamic factor in life, always singular, founded on the ceaseless activity of
being alive and corresponding to the ability to face adversity and to expand living
conditions. In this study, healthcare is taken as a social practice that manifests the cultural
peculiarities of those who practice it and generates interactions between individuals and
the natural, social and cultural environments in which they live in. In social practices,
some educational processes understood as relationships in which individuals give
meaning to each other and the world they acquire their experiences, are promoted. Actions
and relationships are developed within the social practices in order to secure the material
and symbolic survival of groups and also solve problems they face. This study aims at
investigating the educational processes on healthcare developed by women from a
settlement located in the central area of the state of São Paulo. Both activities and
reflections involved in the ongoing process of praxis and building of knowledge in health
are considered healthcare. The methodology used is the Participative Research, with
coexistence and dialogue as methodological principles. Participant observations and
semi-structured interviews were conducted. By the analysis of the collected data the
following analytical categories were seized: 1) Joint actions and collective work; 2) Living
together, cohabiting and sharing; 3) Intergenerational relations; 4) Home
acquaintanceship; 5) Going public; and 6) The space of popular healthcare practices. It is
shown the importance of learning from the peasant women whose healthcare practices
contribute to overcoming inequalities and challenges imposed to them and maintain their
material and symbolic survival and an effective healthcare promotion to rural populations.
This work aims at strengthening health care actions performed by these women from a
dialogical process of research building, expecting that hopefully it will bring more
visibility to their actions in academic, political and social means. / As populações do campo sofrem com o difícil acesso ao sistema profissional de saúde,
como serviços e assistência médica e multiprofissional. As dificuldades em acessar os
serviços de saúde fortalecem a exclusão do camponês e da camponesa. Além disso, o
trabalho no campo expõe as famílias a riscos ambientais, ergonômicos e acidentais, os
quais se configuram em fatores agressivos à saúde. Tais constatações servem para
ponderar acerca das falhas, envolvendo o cuidado nas políticas de saúde voltadas para a
população do campo. O cuidado envolve o respeito por crenças, valores, sentimentos do
outro como também o voltar-se a si mesmo, valorizando o seu espaço interior. O cuidado
é existencial, relacional, contextual e complexo, e é construído entre os seres que cuidam
e os seres que são cuidados. Cuidado à saúde é compreendido como toda e qualquer ação
desenvolvida com a intenção de promover, manter ou recuperar a saúde. Compreende-se
saúde como um estar dinâmico na vida, sempre singular, funda-se na atividade incessante
dos seres para manterem-se vivos, corresponde à capacidade de enfrentar adversidades e
de expandir as condições de vida. Compreende-se, nessa pesquisa, o cuidado à saúde
enquanto uma prática social que manifesta as peculiaridades da cultura de quem a pratica
e gera interações entre indivíduos e entre estes e os ambientes natural, social e cultural
em que vivem. Nas práticas sociais promovem-se processos educativos compreendidos
nas relações nas quais sujeitos dão sentido a si mesmo, aos outros e ao mundo, no e com
o qual adquirem suas experiências. Ações e relações são elaboradas no interior das
práticas sociais com a intencionalidade de manter a sobrevivência material e simbólica
dos grupos e solucionar os problemas que lhes desafiam. Nessa pesquisa, objetivamos
investigar os processos educativos que se dão nas ações de cuidado à saúde desenvolvidas
por mulheres de um assentamento localizado na região central do estado de São Paulo.
São compreendidas ações de cuidado à saúde tanto as atividades realizadas quanto as
reflexões envolvidas no contínuo processo de práxis e de construção de saberes e fazeres
em saúde. A metodologia de pesquisa que se segue é a Pesquisa Participante. Adotou-se
como princípios metodológicos a convivência e o diálogo. Foram realizadas observações
de natureza participante e entrevistas semi-estruturadas. A partir da coleta de dados,
foram apreendidas as seguintes categorias analíticas: 1) Ações conjuntas e trabalho
coletivo; 2) Com-viver e com-partilhar; 3) Relações intergeracionais; 4) Convivência no
lar; 5) Ir à público; e 6) Os lugares das práticas populares de saúde. Acredita-se na
importância de aprendermos com as formas de ser, de saber e de fazer das mulheres
camponesas cujas práticas de cuidado à saúde contribuem para a superação das
desigualdades e desafios que lhes são impostos, para manutenção de sua sobrevivência
material e simbólica e para uma efetiva promoção da saúde da população do campo. Com
esse trabalho, espera-se fortalecer as ações de cuidado à saúde realizadas por essas
mulheres a partir de um processo dialógico de construção de pesquisa, que trará mais
visibilidade às suas ações nos meios acadêmicos, políticos e sociais.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/7946
Date23 February 2016
CreatorsTeixeira, Iraí Maria de Campos
ContributorsOliveira, Maria Waldenez de
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Câmpus São Carlos, Programa de Pós-graduação em Educação, UFSCar
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.002 seconds