Orientador: Antonio Carlos Vitte / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-26T13:58:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: O presente trabalho discute a participação e as relações entre a Geografia e a Arte, bem como a colaboração entre ambas, proporcionando um desenrolar tanto no campo do pensamento como das aplicações das investigações geográficas. O objetivo é demonstrar essas confluências de ideias na ciência geográfica, num período em que a arte e a ciência mantiveram íntimas relações, ocorrendo a formulação da Geografia como nascente ciência moderna, ou seja, estudar a transformação da pintura de paisagem como categoria de análise, ao mesmo tempo em que funda a geografia como ciência. Os assuntos aqui abordados tiveram como base o pensamento de que a preeminência da ciência na cultura ocidental é manifestada e quem quer que estude a sociedade moderna deve reconhecer a importância de compreender como a ciência conduz sua tarefa de inventar, testar e, finalmente, aceitar ou rejeitar teorias. Assim, para compreender a forma com que se procede a ciência, é necessária uma reflexão sustentada pelo levantamento histórico, não apenas de forma descritiva, mas associando a ela o estudo de tais processos de forma analítica, objetivando o esclarecimento do desenvolvimento do pensamento geográfico. Para isso, realizou-se uma investigação teórica demonstrando a confluência das ideias envolvidas na construção da categoria e da representação de paisagem, além da demonstração de como ocorreu a concepção das ideias que surgiram da junção da arte com a Geografia, resultando uma nova concepção da superfície terrestre. Trata-se de um estudo sistemático dos processos de mudança e invenção da teoria da ciência, com propósito intelectual de determinar a natureza e o escopo do conhecimento humano. No que concerne à pesquisa da relação geografia e arte, recorreremos à gênese da ideia de paisagem, que surge nas artes pictóricas e sua inserção na nascente ciência geográfica do século XVIII e XIX. A pintura de paisagem, a partir do século XVII, passou a ganhar o status científico e filosófico de representar o mundo, tendo assim uma profusão de acontecimentos, como o aperfeiçoamento das técnicas em representar tanto na pintura como na cartografia e o desenvolvimento das técnicas e dos instrumentos que possibilitou a apreensão da natureza pelo nascente modo capitalista de produção, bem como as viagens ultramares. No campo político, tem-se a independência do Brasil e sua busca para se tornar uma nação, quando a natureza assume um papel de destaque e passa a ser a amalgama que uniria os diferentes povos que aqui se encontravam. Sendo assim, as representações utilizadas pela ciência terão a arte como campo profícuo de seu desenvolvimento, além da colaboração no debate sobre a natureza e as concepções sobre ela. Para corroborar com o presente trabalho, foram analisadas as obras do artista alemão João M. Rugendas (1802 ¿ 1858), considerado por Humboldt como o pintor das Américas, além de ser o grande representante da iconologia "brasileira". Esteve em dois momentos no Brasil, que coincidiram com o processo de independência e tentativa, por parte da elite, de configurar, interna e externamente, uma nação, afinal o Brasil se fez império antes mesmo de ser uma nação. As obras de Rugendas apresentam um motivo de exaltação da exuberante natureza tropical, vista como um motivo de orgulho e prosperidade. Em vista disto, a paisagem tropical representada permite criar símbolos e projetar nela os ideais que buscavam também manter a integridade territorial do império herdado do período colonial / Abstract: This paper discusses the participation and the relationship between Geography and Art, as well as the collaboration between both, providing a progress on thoughts and applications of geographical investigations. The purpose is to demonstrate these confluences of ideas in Geographical Science, during a period in which Art and Science maintained close relationships, occurring the formulation of Geography as nascent modern Science, ie, this text studies the transformation of landscape painting as a category of analysis that has founded Geography as Science. The issues discussed are based on the preeminence of Western Science as culture manifested, and anyone who studies modern society should recognize the importance of understanding how science leads his task to invent, test and finally accept or reject theories. To understand how the reflection about science proceeds, it is necessary a reflection sustained for the historical survey, not only descriptively but associating it to the study of such processes analytically, aiming to clarify the development of geographical thought. For this, we carried out a theoretical investigation demonstrating the confluence of the ideas involved in the construction of the category and the representation of landscape, and a demonstration of how it came to designing the ideas that emerged from the junction of Art and Geography, resulting in a new conception of the earth's surface. A systematic study of the processes of changing and invention of science theory with intellectual purpose of determining the nature and scope of human knowledge. Concerning the research of the relationship Geography-Art, we used the genesis of the idea of ?landscape, which appears in the pictorial arts, and its place in the nascent Geographical Science of the 18th and 19th centuries. Landscape painting, from the seventeenth century went on to win the scientific and philosophical status of representing the world, so we have a plethora of events, such as improving techniques to represent painting and mapping and the development of techniques and instruments allowed the understanding of nature by the way, spring, capitalist production and the navigation age's traveling. Politically, we had the independence of Brazil and his quest to become a nation where nature plays an important role becoming the amalgam that would unite the different people whose belonged here. Thus, the representations used by Science find in the art a useful field of development cooperation beyond the debate about the nature and notions about it. This text analyzes the works of the German artist John M. Rugendas (1802 - 1858), considered by Humboldt as the painter of the Americas, in addition of being the great representative of the "Brazilian" iconology. He had been to two moments in Brazil, firstly during the period of independence process and the attempt by the elite setting, internal and external, of a nation, when Brazil becomes the empire even before being a nation. The works of Rugendas represent a cause for uplift of lush tropical nature, when it is seen as a source of pride and prosperity. In this point of view, the tropical landscape allows the symbols create and design the ideals that were aimed to maintain the territorial integrity of the empire inherited from the colonial period / Mestrado / Análise Ambiental e Dinâmica Territorial / Mestre em Geografia
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/286595 |
Date | 26 August 2018 |
Creators | Cene, Vonei Ricardo, 1981- |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Vitte, Antonio Carlos, 1962-, Ladeira, Francisco Sergio Bernardes, Springer, Kalina Salaib |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 82 f. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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