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Braquiterapia com alta taxa de dose e cisplatina concomitante no tratamento do carcinoma espinocelular do colo do útero estadio IIIB : comparação histórica e ensaio clínico aleatorizado = High-dose rate brachitherapy and concomittant cisplatin for the treatment of stage IIIB cervical cancer: historical comparison and an aleatorized controlled trial / High-dose rate brachitherapy and concomittant cisplatin for the treatment of stage IIIB cervical cancer : historical comparison and an aleatorized, controlled trial

Orientador: Luis Otavio Zanatta Sarian / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-11-07T13:22:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Introdução: Ensaios clínicos das últimas duas décadas do século XX demonstraram a superioridade da radioterapia associada à quimioterapia na abordagem do carcinoma espinocelular do colo do útero (CEC). Contudo, tais estudos abordaram todos os estádios clínicos e para o subgrupo de mulheres com CEC estádio IIIB e os benefícios da quimioterapia não foram totalmente comprovados. Objetivos: Esta tese divide-se em dois estudos: 1) uma comparação histórica de sobrevida livre de doença (SLD), sobrevida total (ST) e toxicidade de tratamento em mulheres com CEC IIIB submetidas à braquiterapia de baixa taxa de dose (BBTD) versus braquiterapia de alta taxa de dose exclusiva (BATD) versus braquiterapia de alta taxa de dose associada à quimioterapia (BATD-QT) e 2) um ensaio clínico aleatorizado comparando esses mesmos parâmetros em mulheres submetidas à BATD versus BATD-QT. Métodos: Na comparação histórica de tratamentos, foram levantados os dados de evolução de pacientes admitidas entre 1985 e 2005 no CAISM-UNICAMP e seguidas até 2007, totalizando 230 pacientes com CEC IIIB que receberam BBTD (42 pacientes), BATD (155 pacientes) ou BATD-QT (33 pacientes). As SLD e ST das mulheres nos três grupos foram comparadas usando curvas de sobrevida tipo Kaplan-Meyer e testes de log-rank. Já o ensaio clínico aleatorizado foi realizado entre setembro de 2003 e julho de 2010. Foram incluídas no estudo 147 mulheres com CEC IIIB. Após aceitarem participar e assinarem o termo de consentimento, as mulheres foram randomizadas para BATD ou BATD-QT através de planilha de aleatorização criada pelo programa SAS e trazida ao conhecimento de pacientes e médicos através de envelopes opacos. Todas as mulheres receberam teleterapia com dose de 45Gy para a região pélvica em 25 frações, 14,4Gy de reforço no(s) paramétrio(s) comprometido(s) e BATD em quatro frações semanais de 7Gy, prescritos no ponto A. O grupo BATD-QT recebeu cisplatina concomitante semanal (40mg/m2) durante a teleterapia pélvica. O follow-up durou até janeiro de 2013, (72 pacientes do grupo com cisplatina e 75 no grupo-controle), com o seguimento médio de 54,9 meses (intervalo interquartil = 55,4 meses). Comparações de SLD e ST foram realizadas usando curvas de Kaplan-Meyer, testes de log-rank e modelos multivariados de Riscos Proporcionais de Cox, os quais englobaram características clínicas das mulheres como variáveis de controle. Resultados: Na comparação histórica, a SLD média para o grupo BATD foi de 60%, para BBTD 45% e para BATD-QT foi de 65% (p = 0,02). Já a ST foi de 65% para o grupo BATD, 49% para BBTD e a ST em dois anos para o grupo BATD-QT foi de 86% (p = 0,02). A toxicidade retal de grau II foi de 7% para o grupo que recebeu BBTD, de 4% para BATD e 7% para o grupo BATD-QT, que teve um caso de toxicidade retal grau IV. No ensaio clínico aleatorizado, mulheres alocadas no grupo BATD-QT tiveram SLD significativamente melhor (RR = 0,52, 95% CI 0,28-0,98, p = 0,04), porém não houve diferença em relação a ST (RR = 0,67, 95% CI 0,37-1,183, p = 0,16). Mulheres com Karnofsky <90 tiveram uma SLD significativamente pior (RR = 2,52, 95% CI 1,23-4,78, p = 0,01). O mesmo ocorreu para as mulheres com invasão parametrial bilateral até a parede óssea (RR = 2,93, 95% CI 1,21-7,13, p = 0,02), e a hemoglobina média durante o tratamento <10mg/dL (RR = 2,22, 95% CI 1,01-4,93, p = 0,04). A ST também foi menor em mulheres com Karnofsky <90 (RR = 2,75, 95% CI 1,29-5,87, p <0,01), e hemoglobina média durante o tratamento <10mg/dL (RR = 2,82, 95% CI 1,27-6,29, p = 0,01). Conclusões: Na revisão da série histórica, as pacientes que receberam braquiterapia de alta taxa de dose tiveram melhores SLD e ST, e as taxas de toxicidade não foram diferentes entre os três grupos. O ensaio clínico, que é o único estudo controlado randomizado comparando a BATD-QT e BATD para CEC IIIB, sugere que há um pequeno, mas significativo, benefício na SLD com a adição de cisplatina à BATD, com uma toxicidade aceitável / Abstract: Introduction: Clinical trials of the last two decades of the twentieth century demonstrated the superiority of radiotherapy combined with chemotherapy in the management of squamous cell carcinoma of the cervix (SCC). However, such studies have addressed all clinical stages and for the subgroup of women with stage IIIB SCC the benefits of chemotherapy have not been fully proven. Objectives: This thesis is divided into two studies: 1) a historical comparison of disease-free survival (DFS), overall survival (OS) and toxicity of treatment in women with SCC IIIB undergoing low-dose rate brachytherapy (LDR) brachytherapy versus high dose rate exclusive (HDR) brachytherapy versus high dose rate associated with chemotherapy (CHT) and 2) a randomized clinical trial comparing these parameters in women undergoing HDR versus CHT. Methods: In the historical comparison of treatments, data on the outcomes of patients admitted between 1985 and 2005 in CAISM-Unicamp and followed until 2007 were collected, totaling 230 patients with SCC stage IIIB who received either LDR (42 patients), HDR (155 patients) or CHT (33 patients). The DFS and OS of women in the three groups were compared using Kaplan-Meyer survival curves and the "log-rank" test. The randomized clinical trial was conducted between September 2003 and July 2010. A total of 147 with SCC stage IIIB were included. After accepting to participate and signing the consent form, women were randomized to HDR or CHT through a randomization spreadsheet created by SAS program and concealment allocation of patients through opaque envelopes. Patients of either the CHT or HDR groups received external-beam radiation (45 Gy) to the entire pelvic region in 25 fractions over a 5-week period. Compromised parametria were treated with 14.4 Gy boost. High-dose rate brachytherapy consisted of four weekly fractions of 7 Gy prescribed to point A. Patients in the CHT group also received concomitant weekly cisplatin (40mg/m2) during the pelvic external beam radiotherapy. The follow-up lasted until January 2013 (72 patients in the cisplatin group and 75 in the control group), with a mean follow-up of 54.9 months (interquartile range = 55.4 months). Comparisons of DFS and OS were performed using Kaplan-Meyer log-rank tests and multivariate models of Cox proportional hazards model, which encompassed the clinical characteristics of women as control variables. Results: In the historical comparison, the DFS for the group HDR was 60% , 45% for LDR and 65% for CHT (p = 0.02). The OS was 65% for the HDR group, 49% for LDR and 86% for CHT (p = 0.02). The Grade II rectal toxicity was 7% for LDR, 4% in HDR patients and 7% in CHT group, which had a case of rectal toxicity grade IV. In the randomized clinical trial, women in the CHT group had significantly better DFS (RR = 0.52, 95% CI from 0.28 to 0.98, p = 0.04), but there was no difference in OS (RR = 0.67, 95% CI 0.37 to 1.183, p = 0.16). Women with Karnofsky <90 had a significantly worse DFS (RR = 2.52, 95% CI 1.23 to 4.78, p = 0.01). The same was true for women with bilateral parametrial invasion to the bone wall (RR = 2.93, 95% CI 1.21 to 7.13, p = 0.02), and mean hemoglobin during treatment <10mg/dL (RR = 2.22, 95% CI 1.01 to 4.93, p = 0.04). The OS was also lower in women with Karnofsky <90 (RR = 2.75, 95% CI 1.29 to 5.87, p <0.01), and mean hemoglobin during treatment <10mg/dL (RR = 2, 82, 95% CI 1.27 to 6.29, p = 0.01). Conclusions: Patients who received HDR had better DFS and OS, and toxicity rates were not different among the three groups. The randomized trial, which is the only randomized controlled study comparing HDR and CHT for CEC IIIB, suggests that there is a small but significant DFS benefit with the addition of cisplatin to HDR, with acceptable toxicity / Doutorado / Oncologia Ginecológica e Mamária / Doutor em Ciências da Saúde

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/310524
Date07 November 2018
CreatorsOliveira, Antonio Carlos Zuliani de, 1973-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Sarian, Luís Otávio Zanatta, 1974-, Costa-Paiva, Lucia, Derchain, Sophie Françoise Mauricette, Weltman, Eduardo, Reis, Francisco José Candido dos
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageMultilíngua
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format94 f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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