O automovimento do valor se realiza impondo barreiras ao seu processo de valorização e, no impulso de superá-las, acaba por repô-las em escala mais poderosa, adverte Marx. Não obstante o solapamento do trabalho produtivo engendrado por esta autovalorização, o sujeito capital recria simultaneamente, segundo os autores que serão discutidos, novas formas que restituem a reprodução ampliada, funcionando como contratendências à queda nas taxas de lucro e mais-valia de um modo geral. A discussão nesta dissertação foca na produção do espaço urbano e sua aparente potência de vivificar de maneira indelével o capital. Se os capitais não podem se valorizar nos setores produtivos tradicionais, o desenvolvimento das atividades terciárias, ou setor de serviços, e a produção do espaço, nomeadamente pelos grandes empreendimentos através das operações urbanas, aparecem como uma possibilidade para o capital se valorizar. As cidades tornam-se máquinas urbanas de produzir riquezas. Nesta perspectiva e no plano da metrópole de São Paulo as intervenções urbanas cumprem a sua determinação superadora, onde o Projeto Nova Luz é o exemplo paradigmático, não só por sua atualidade e vanguarda no tipo de instrumento que a viabiliza, senão por convergir os elementos representativos da nova economia produtiva urbana. De modo diametralmente oposto, a crítica negativa desenvolvida neste trabalho choca-se com esta interpretação e tenta não perder de vista os nexos interiores que apresentam o urbano enquanto uma nova fronteira de acumulação. No limite, concebe-se que o setor financeiro (capitais fictícios) ficcionaliza o trabalho produtivo que se exauriu. A forma monetária se autonomiza da criação de valor e simula igualmente as categorias elementares da produção de mercadorias: lucro, juro e renda. / El automovimiento del valor se realiza imponiendo barreras a su proceso de valorización y, en el impulso de superarlas, acaba por reponerlas en escala más poderosa, aclara Marx. No obstante esta crisis de valorización, el capital engendra simultáneamente, según los autores que serán discutidos, nuevas formas que restituyen la reproducción ampliada, actuando como contratendencias a la caída en las tasas de lucro y plus valía de un modo general. La discusión en esta disertación enfoca en la producción del espacio urbano y su aparente potencia de vivificar de manera indeleble el capital. Si los capitales no pueden valorizarse en los sectores productivos tradicionales, el desarrollo de las actividades terciarias, o sector de servicios, y la producción del espacio, nombradamente por los grandes negocios inmobiliarios por medio de las operaciones urbanas, surgen como una posibilidad para el capital valorizarse. Las ciudades se vuelven máquinas urbanas de producir riquezas. En esta perspectiva y en el plan de la metrópoli de São Paulo las intervenciones urbanas cumplen a su determinación excedente, dónde el Projeto Nova Luz es el ejemplo paradigmático, no solo por su actualidad y vanguardia en el modo de instrumento que lo posibilita, más también por convergir los elementos representativos de la nueva economía productiva urbana. De modo diametralmente opuesto, la crítica negativa desarrollada en este trabajo se choca con esta perspectiva e intenta no perder de foco los nexos interiores que presentan el urbano mientras una frontera de acumulación. En el límite, se concibe que el sector financiero (capitales ficticios) disfraza el trabajo productivo que se agotó. La forma monetaria adquiere autonomía de la creación del valor y simula igualmente las categorías elementales de la producción de mercaderías: lucros, interés y renta.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-16082012-105336 |
Date | 12 March 2012 |
Creators | Couto, Luccas Ribeiro do |
Contributors | Alfredo, Anselmo |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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