CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / In the Nursing practice, as a teacher and regarding womenÂs health, we may evidence violences predicated against the woman in a disguised way, openly, often ignored. Amongst them, the way which instigated us into this research was marital violence, for its affective peculiarity, potential health damage or even due to a silenced, even subtle context. The way it is experienced, its consequences to health, the forms of struggle and acceptation, were our questions au dÃbut. Assuming that the gender condition influence how the women experience domestic violence, I defend the thesis that the woman submitted to this phenomenon acts according to the socially built principles and which partially guides her life, hardening or avoiding its comprehension, the expression of suffering produced by the experience. In order to approach this reality we aim to reach an understanding of the gender basis present in everyday life of women living in a marital violence situation. Using the concepts of GadamerÂs Hermeneutics, while philosophical attitude, since the women â the researcher as well the other participants of this study â have an historical consciousness, undergo the questions of an Ãpoque and have their limits imposed by the social reality. The described study, a qualitative approach, carried out with eleven women maintained in institutions attached to JoÃo Pessoa/PB City Hall, through WomenÂs Policies Special Department, attended in health care services or Non Governmental Organizations. Empirical data were provided by art therapy workshops, searching the comprehension of the violence experience through the speech of those women. For data interpretation and the categories composition we have used the hermeneutical rule of circularity. The results have shown that marital violence stands for fear and imprisonment to the women. About the position women have within the relationship, coping was the predominant attitude, marking the onset of âa new positionâ to women. They reported the health services omission, pointing to the transversality of gender in public policies and health actions as a positive strategy when it comes to coping with the problem. The many sorts of violence suffered such as pushes, slaps, forced intake of substances, fractures and nudity, resulted in temporary handicap in limb function, in health, at work, in personal and familiar welfare. Anxiety, depression, low self-esteem, insomnia, dependence increase and decrease of the responses to cope with violence were associated with psychological abuse practiced in isolation imposing and controlling forms. Marital rape was the kind of sexual violence used by the aggressor as an instrument to punish and to control feminine sexuality. From these results we may testify that the ways of meaning, experience and react to violence keeps straight relations with the questions of gender presented within our social and cultural environment. As we approach the reality of the woman victim of marital violence and living under State custody, we begin to understand the universe of pain, discouragement, despair, fear, humiliation and so many others hard feelings and replies experienced by each one of them. In the acquaintance and sharing of their pains and sorrows, we have also discovered the warrior â survivor â resistant â dreamer - hard-working - sensitive - strongâ, who laughs, cries, hopes, sings and dreams, maybe another âimpossible dreamâ / Como docente de enfermagem, com uma prÃtica voltada para a atenÃÃo à saÃde da mulher, percebemos evidÃncias de violÃncias praticadas contra elas de diversos tipos. O que nos instigou a pesquisar foi a violÃncia conjugal. O modo como à vivenciada, as conseqÃÃncias à saÃde, os modos de enfrentamento ou de aceitaÃÃo, foram nossas indagaÃÃes a priori. Por entendermos que os papÃis sociais que homens e mulheres assumem nas relaÃÃes conjugais influenciam a vivÃncia da violÃncia conjugal, defendemos a tese de que a mulher submetida a este fenÃmeno age conforme os sistemas de valores construÃdos socialmente. Utilizamos alguns conceitos da HermenÃutica de Gadamer, enquanto atitude filosÃfica, por entendermos que enquanto indivÃduos possuÃmos uma consciÃncia histÃrica, estamos submetidas Ãs questÃes de uma Ãpoca e temos limites dados pela realidade social. Este estudo de abordagem qualitativa, foi realizado com onze mulheres vinculadas à Prefeitura Municipal de JoÃo Pessoa/PB, atravÃs da Coordenadoria Especial de PolÃticas para as Mulheres. Os dados empÃricos foram produzidos atravÃs de oficinas de Arte-terapia, buscando-se a compreensÃo da vivÃncia de violÃncia atravÃs dos discursos das mulheres. Para a composiÃÃo das categorias analÃticas utilizamos a tÃcnica de anÃlise temÃtica de conteÃdo. A anÃlise do material empÃrico foi feita com base nos constructos da categoria gÃnero presentes no cotidiano dessas mulheres em situaÃÃo de violÃncia conjugal. Os resultados mostraram que a violÃncia conjugal representa para as mulheres medo e aprisionamento. Sobre a posiÃÃo que as mulheres ocupam com relaÃÃo à violÃncia, o enfrentamento foi a atitude predominante, o que inaugura âuma nova posiÃÃoâ da mulher. Elas denunciaram a omissÃo nos serviÃos de saÃde, sinalizando para a transversalidade do gÃnero nas polÃticas de pÃblicas e nas aÃÃes de saÃde como estratÃgia positiva no enfrentamento do problema. As violÃncias sofridas foram dos tipos fÃsica, psicolÃgica e sexual, mostrando-se atravÃs de empurrÃes, espancamentos, tapas, uso forÃado de substÃncias, fraturas e nudez, repercutindo em comprometimento funcional temporÃrio de membros, na saÃde, no trabalho, no bem-estar pessoal e famÃlia. A ansiedade, depressÃo, baixa auto-estima, insÃnia, aumento da dependÃncia e diminuiÃÃo das respostas para o enfrentamento da violÃncia foram associadas aos abusos psicolÃgicos exercidos nas formas de controle e imposiÃÃo do isolamento. O estupro conjugal foi uma modalidade de violÃncia sexual usada pelo agressor como instrumento de puniÃÃo e de controle da sexualidade feminina. A partir destes resultados constatamos que os modos de significar, de vivenciar e de reagir à violÃncia, guardam estreita relaÃÃo com as questÃes de gÃnero presentes em nosso meio cultural. Ao nos aproximarmos do mundo da mulher em situaÃÃo de violÃncia conjugal e sob tutela do Estado, conseguimos compreender o universo de dor, desalento, desespero, medo, humilhaÃÃo e tantos outros sentimentos e respostas vivenciados por cada uma delas. Na convivÃncia e partilha de suas dores e desencantos, tambÃm, descobrimos a mulher guerreira-sobrevivente-resistente-sonhadora-trabalhadora-sensÃvel-forte..., que chora, e que ri, e tem esperanÃa, e canta e sonha, talvez mais um âsonho impossÃvelâ
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:2384 |
Date | 07 August 2008 |
Creators | ClÃudia Maria Ramos Medeiros Souto |
Contributors | Violante Augusta Batista Braga, Maria de Nazarà de Oliveira Fraga, Maria FÃtima Maciel AraÃjo, Lia Carneiro Silveira, Maria de Oliveira Filha |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Enfermagem, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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