Return to search

A crítica da política em Marx: da Questão judaica à Crítica de Gotha / Critique of politics in Marx: from On the Jewish Question to Critique of the Gotha Programme

A crítica de Marx à política, embora esparsa em seus escritos, possui um caráter bem definido e coerente, que se mantém ao longo de toda a sua obra desde a Questão Judaica (1843) até a Crítica de Gotha (1875). Essa pesquisa tem como objetivo apresentar, em seu conjunto, os principais aspectos dessa crítica. Começamos com a análise de seu princípio fundamental, a identificação da sociedade civil como base real do Estado, e a determinação do vínculo orgânico existente entre o Estado e a propriedade privada. Em seguida, passamos à crítica do Estado moderno, a partir de suas duas formas extremas: a forma bonapartista, que explicita a natureza do Estado como máquina de escravização do trabalho pelo capital, e a forma democrática, denunciada em seus limites intrínsecos e identificada como grau máximo de liberdade sob a dominação do capital. Seguimos com a crítica do direito, que atinge tanto o seu conteúdo quanto a sua forma, incluindo os direitos humanos. Passamos então à crítica da superstição política, isto é, às ilusões políticas teóricas e práticas, que abarcam desde as robinsonadas contratualistas às ilusões dos estadistas e revolucionários, com destaque para a crítica do viés democrático. Por fim, após explicitar a incompatibilidade radical entre política e liberdade humana e diferenciar a revolução meramente política da revolução social radical, chegamos à afirmação de uma nova qualidade de liberdade, para além da política, isto é, à abolição positiva da política, entendida como reabsorção das forças sociais usurpadas pelo Estado. / Marxs critique of politics, though spread throughout his writings, has a well-defined and coherent character that remains constant in all his work, from On the Jewish Question (1843) to Critique of the Gotha Programme (1875). This research aims to present the leading aspects of that critique as a whole. We start from the analysis of its main principles, namely the identification of civil society as the real base of State, and the organic connection between State and private property. Then we focus on the critique of modern State in both its extreme forms: the Bonapartist form, that accounts for the nature of the State as a slavering machine of labour by capital; and the democratic form, unveiled in its inherent limits and identified as the highest level of liberty under domination of capital. After that we turn to the critique of Right, which aims both its content and its form, including human rights. Then we approach the critique of political superstition, i.e., both theoretical and practical political illusions, that comprises a wide range of notions, from the contractualist robinsonades to the statesmens and revolutionaries illusions, with special emphasis on the critique of the democratic bias. At last, after clarifying the irreconcilability between politics and human liberty, and distinguishing between merely political revolution and radical social revolution, we get to the claim of a new quality of liberty, beyond politics, which means the positive suppression of politics, understood as reabsorption of social forces usurped by the State.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-31072017-121336
Date10 March 2017
CreatorsSousa, Tomás Bastian de
ContributorsNascimento, Milton Meira do
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

Page generated in 0.0022 seconds