Analyses about aggregate employment, unemployment, and inactivity rates frequently disregard labor market trends of specific household members, which may explain some puzzles in the relationship between economic activity and labor market participation. The relevance of family approaches of labor supply transcends the aggregate macroeconomic trends and addresses important micro-level analysis concerning the behavior and intrahousehold decisions of members and policy-relevant results. Despite the consensus about the joint labor supply decisions of household members, studies are typically at the individual level and disregard sons and daughters as decision-makers in a family. Therefore, in this thesis, we investigate these questions for Brazil, in two studies. In the first study, we analyze the labor supply decisions of sons daughters aged 14 to 24 years living with their parents, in a reduced form exercise. We collaborate to the empirical literature about intrahousehold impacts of policies, testing whether the minimum wage, which affects the income of parents, impacts the final labor supply decisions of sons and daughters. We also verify if the policy has distinct effects depending on whether the eligible person is the father or the mother, aiming to test the income-pooling hypothesis. Our identification strategy is based on an intention-to-treat approach, and in a differences-in-differences estimator. Another innovation is the use of the PNADC (IBGE) for 2012-2016. We find that the direction and magnitude of the minimum wage effects affecting fathers and mothers, on the labor supply of sons and daughters, depend on who is and how many eligible members there exist in the household: it is negative, whether the eligible person is the mother or the father, and it is positive, whether both are eligible. Therefore, our results strengthen the argument in favor of household approaches, since the income pooling hypothesis does not seem to be valid in this context. In the second study, we investigate how the decisions about labor supply could determine the aggregate results of unemployment and inactivity of the secondary household earners. We develop and estimate a structural household job search model with on-the-job search. We extend Dey and Flinn (2008) to allow for unemployment and inactivity of mothers and sons and daughters who are subject to shocks to their employment and income shocks to fathers. These shocks may determine different search behavior and job acceptance, depending on the other household member\'s labor market situation. The model is estimated using the PME (IBGE) for 2004-2014. We perform counterfactual simulations, and we verify that the decreasing unemployment rate of sons/daughters would not have changed between 2004 and 2014 if the labor market opportunities and conditions of this member remain the same. The unemployment rate of mothers does not alter a lot in this period. The increasing trend in the inactivity of sons/daughters is mostly determined by a decreasing encouragement rate and the increasing dropout rate observed among these members in this period. These exogenous factors that determine the move to or the permanence in the inactivity could be related to the lower cost of education. We conclude that the use of individual job search models to understand aggregate unemployment and inactivity can be misleading, since the household search behavior matters in the labor supply decisions of secondary household earners. / As análises sobre taxas agregadas de emprego, desemprego e inatividade frequentemente ignoram a dinâmica dos membros das famílias no mercado de trabalho, a qual pode explicar puzzles na relação entre atividade econômica e participação no mercado de trabalho. A relevância das abordagens familiares para a oferta de trabalho está nas análises macroeconômicas sobre tendências agregadas, e também em análises microeconômicas do comportamento, decisões intrafamiliares e resultados de políticas. Apesar do consenso sobre as decisões conjuntas de oferta de trabalho dos membros da família, grande parte dos estudos são abordagens individuais e desconsideram filhos jovens como tomadores de decisão. Nesta tese, organizada em dois estudos, investigamos essas questões para o Brasil. No primeiro estudo, analisamos a decisão de ofertar trabalho de jovens entre 14 e 24 anos vivendo com os pais, em um exercício de forma reduzida. A tese colabora com a literatura empírica sobre os efeitos intrafamiliares de políticas, ao testar se o salário mínimo que afeta a renda dos pais impacta a decisão final dos filhos de ofertar trabalho. Também testamos a hipótese de agregação da renda, ao verificar se se a política tem efeitos distintos caso a pessoa elegível na família seja a mãe ou o pai. A estratégia de identificação é baseada em uma abordagem de intention-to-treat, e no uso do estimador de diferenças-em-diferenças. Outra inovação é o uso da PNADC (IBGE) para 2012-2016. Verificamos que a direção e a magnitude dos efeitos do salário mínimo dos pais, na oferta de trabalho dos filhos, dependem de quem é e de quantos são os membros elegíveis na família: o efeito é negativo, se a pessoa elegível é a mãe ou o pai, e é positivo, se ambos são elegíveis. Esses resultados reforçam o argumento em favor das abordagens intrafamiliares, uma vez que a hipótese de income-pooling não parece ser válida neste contexto. No segundo estudo, investigamos como as decisões de oferta de trabalho poderiam determinar os resultados agregados de desemprego e inatividade dos membros secundários. Desenvolvemos e estimamos um modelo estrutural de busca por emprego familiar com on-the-jobsearch. Estendemos o modelo de Dey e Flinn (2008), para permitir desemprego e inatividade de mães e filhos, sujeitos a choques em seus empregos e choques na renda dos pais. Esses choques podem determinar diferentes comportamentos de busca e aceitação de emprego, dependendo da situação do outro membro no mercado de trabalho. O modelo é estimado com a PME (IBGE) para 2004-2014. Realizamos simulações contrafactuais e verificamos que a taxa de desemprego dos filhos, decrescente entre 2004 e 2014, não teria se alterado no período, caso as condições e oportunidades de mercado de trabalho dos filhos tivessem continuado as mesmas de 2004. Já a taxa de desemprego das mães não sofre grandes alterações no período. A tendência crescente na inatividade dos filhos é determinada por uma taxa de encorajamento decrescente e uma taxa de desistência crescente, que refletem fatores exógenos que levam jovens trabalhadores à inatividade. Esses fatores exógenos podem estar relacionados ao menor custo da educação no período. Concluímos que o uso de modelos individuais de busca por emprego para entender o desemprego e a inatividade agregados deve ser desencorajado, pois o comportamento de busca familiar importa para as decisões de oferta de trabalho dos membros secundários da família.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-15082017-092759 |
Date | 07 June 2017 |
Creators | Gonçalves, Solange Ledi |
Contributors | Menezes Filho, Naercio Aquino, Narita, Renata Del Tedesco |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | English |
Detected Language | English |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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