Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T21:11:00Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Este trabalho mostra a diáspora vivida por negros desde a África, passando pelo Marrocos e Portugal, até chegar ao Brasil, três séculos atrás. Destas transmutações ficaram marcas culturais, pedaços de identidades e principalmente performances. Essas performances estão determinadas pelo sentido de resistência a que esses negros estão se organizando cada vez mais. Hoje, estes negros estão inseridos em uma comunidade de nome Mazagão Velho, localizada na região do baixo Amazonas, ao norte do Brasil. Lá vivem cerca de vinte mil mazaganenses, que poderiam ser caracterizados superficialmente por afromarroquinos, lusomarroquinos, ou quaisquer outros adjetivos pátreos arbitrários aos quais recorreríamos. No entanto, este estudo mostra que as hibridações são tão amplas e tão múltiplas que qualquer tentativa de caracterizá-los seria vã. Mazagão Velho é hibridismo cultural em todos os sentidos, Mazagão Velho é performance, Mazagão Velho é oralidades, oralituras e transmutações. Aqui apresento duas das mais fortes performances desta comunidade - Marabaixo e Batuque, que misturam músicas dos poetas locais, danças de origens africanas, costumes indígenas e sincretismo religioso. Envolvendo estas duas experiências há o gesto da resistência, a busca por uma liberdade ainda não encontrada e a definição de um processo em direção desta resistência. Trago três personagens desta comunidade - a Pega-menino, Josué e Antonio que juntos compõem parte de meu corpus. Trago ainda canções, versos musicalizados que foram recolhidos ao longo do tempo que durou a pesquisa. Mostro ainda, em fotos, possíveis comportamentos e atitudes desta comunidade na direção da resistência. / This work shows the diáspora lived by black people since Africa, passing by Morocco and Portugal, until arriving at Brazil, three centuries ago. These transmutations left cultural impressions, pieces of identities and mainly performances. These performances are determined by the sense of resistance which those black people are organizing themselves more and more. Today, they are introduced into a community called Mazagão Velho, located at low Amazon region, north of Brazil. About twenty thousand mazaganenses that could superficially be described as afromarroquinos, lusomarroquinos, or any other arbitrary pátreos adjectives which we would appeal, live there. However, this study shows that the hybridizations are so large and so numerous that any attempt to characterize it would be in vain. Mazagão Velho is cultural hybridism, performance, oralities, oralituras and transmutations in every way. Here I present two of the strongest community performances - Marabaixo e Batuque, which mix songs of local poets, African dances and indigenous habits and religious syncretism. Involving these two experiences there is the resistance expression, the quest for a freedom not found yet and the definition of a process in way to this resistance. I bring three characters from this community - the Pega-Menino, Josué and Antonio that are part of my corpus. I also bring songs, musical verses that were brought during the time the research was developed. In pictures, I also show behaviors and attitudes of this community in way to the resistance.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/93369 |
Date | 24 October 2012 |
Creators | Almeida, Geraldo Peçanha de |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Diniz, Alai Garcia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 1 v.| il. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0021 seconds