Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Introduction. Aging favors the appearance of propitious clinical conditions to a high use of medicines, a reality in the elderly over 65 years of age. However, the number of medicines used should not be the only predictor of a medication regimen complexity, other factors may increase the complexity of pharmacotherapy leading to possible problems related to pharmacotherapy. In this perspective, there are few national studies that evaluate the medication regimen complexity in the elderly, especially those that evaluate outcomes influenced by this complexity, so as to allow interventions for its optimization. Thus, the objective of this dissertation was to evaluate the pharmacotherapeutic profile and the health outcomes associated with the medication regimen complexity. Methods. This study was carried out in two stages. In the first stage, a descriptive cross-sectional study was performed to evaluate the medication regimen complexity of elderly patients in three long-term care facilities using the Medication Regimen Complexity Index (MRCI). This study was conducted for 12 months in three long-term care facilities in the state of Sergipe. In the second stage, a systematic review was performed to identify in the literature which outcomes were influenced by the medication regimen complexity, using the MRCI. We analyzed all study designs published until February 2017 who met the following eligibility criteria: using the MRCI instrument to measure the medication regimen complexity, assessing the medication regimen complexity for global regimens, related the medication regimen complexity with clinical and/or humanistic and/or economic outcome, was written in English, Spanish or Portuguese. Results. In the first stage, the evaluation of the medication regimen complexity obtained an average of 15.1 points (± 9.8), with a minimum of two and a maximum of 59 points. The highest levels of complexity were associated with the dose frequency, with a mean of 5.5 (± 3.6) points. A significant relationship between the medication regimen complexity and the variables polypharmacy, drug interaction, drug potentially inappropriate for the elderly and therapeutic duplicity was found (p <0.001). In the second stage, of the 610 studies evaluated, 20 met the eligibility criteria. The health outcomes most influenced by the medication regimen complexity were the clinical outcomes: hospitalization, hospital readmission and adherence to pharmacotherapy, most of the studies presented satisfactory results to association the outcomes with the complexity and obtained good methodological quality. Conclusion. This dissertation made it possible to evaluate the pharmacotherapeutic profile of elderly patients, showed that besides polypharmacy, potential drug interaction, therapeutic duplicity and potentially inappropriate medicines for the elderly are risk factors for the increased medication regimen complexity in these patients. Furthermore, identified that the health outcomes most influenced by the medication regimen complexity were ones clinical: hospitalization, hospital readmission and adherence to the pharmacotherapy. / Introdução. O envelhecimento favorece o aparecimento de condições clínicas propícias para o elevado uso de medicamentos, observado principalmente em pacientes acima de 65 anos de idade. Entretanto, o número de medicamentos utilizados não deve ser o único preditor de uma farmacoterapia complexa, pois outros fatores podem elevar a complexidade, conduzindo a possíveis problemas relacionados à farmacoterapia. Nesta perspectiva, são escassos os estudos nacionais que avaliam a complexidade da farmacoterapia em idosos, principalmente os que analisam desfechos influenciados por essa complexidade, de modo a permitir intervenções para sua otimização. Assim, o objetivo desta dissertação foi avaliar o perfil farmacoterapêutico e os desfechos em saúde associados à complexidade da farmacoterapia. Metodologia. Este estudo foi realizado em duas etapas. Na primeira, foi realizado um estudo transversal descritivo para avaliar a complexidade da farmacoterapia de idosos atendidos em três instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), por meio do instrumento Medication Regimen Complexity Index (MRCI). Este estudo foi conduzido por 12 meses em três instituições no Estado de Sergipe. Na segunda etapa, foi realizada uma revisão sistemática, a fim de identificar, na literatura, quais desfechos estão associados à complexidade da farmacoterapia, medida pelo instrumento MRCI. Foram analisados todos os delineamentos de estudos publicados até fevereiro de 2017 que atenderam aos seguintes critérios de elegibilidade: usar o instrumento MRCI para medir a complexidade da farmacoterapia; avaliar a complexidade da farmacoterapia para os regimes globais dos pacientes; e relacionar a complexidade da farmacoterapia com desfechos clínicos e/ou humanísticos e/ou econômicos, publicados em inglês, espanhol ou português. Resultados. Na primeira etapa, a avaliação da complexidade da farmacoterapia obteve média de 15,1 pontos (± 9,8), com mínimo de dois e máximo de 59 pontos. Os níveis mais altos de complexidade foram associados à frequência de dose, com uma média de 5,5 (± 3,6). Além disso, foi identificada relação significativa entre a complexidade da farmacoterapia e as variáveis polifarmácia, interação medicamentosa, medicamento potencialmente inapropriado para idosos e duplicidade terapêutica (p< 0,001). Na segunda etapa, dos 610 estudos avaliados, 20 preencheram os critérios de elegibilidade. Os desfechos em saúde mais influenciados pela complexidade da farmacoterapia foram os desfechos clínicos: hospitalização, readmissão hospitalar e adesão à farmacoterapia. A maioria dos estudos apresentou resultados satisfatórios para associação dos desfechos com a complexidade e obtiveram boa qualidade metodológica. Conclusão. Esta dissertação possibilitou avaliar o perfil farmacoterapêutico de pacientes idosos e identificar que, além da polifarmácia, interação medicamentosa potencial, duplicidade terapêutica e medicamentos potencialmente inapropriados para idosos são fatores de risco para o aumento da complexidade da farmacoterapia nestes pacientes. Além disso, identificou-se que os desfechos em saúde mais influenciados pela complexidade da farmacoterapia foram os clínicos: hospitalização, readmissão hospitalar e adesão a farmacoterapia. / Aracaju, SE
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/7651 |
Date | 21 February 2018 |
Creators | Conceição, Vanessa Alves da |
Contributors | Lyra Júnior, Divaldo Pereira de, Silva, Daniel Tenório da |
Publisher | Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal de Sergipe |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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