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[en] REFORMATORY AND INDIGENOUS POLICE: THE EXPERIENCE OF UNIFORMS AND DISCIPLINE OF INDIANS DURING THE DICTATORSHIP / [pt] REFORMATÓRIO E POLÍCIA INDÍGENA: A EXPERIÊNCIA DE FARDAMENTO E DISCIPLINA DE ÍNDIOS DURANTE A DITADURA

[pt] O presente trabalho tem como objetivo analisar os acontecimentos transcorridos nos postos indígenas do estado de Minas Gerais – o Posto Indígena Guido Marlière (PIGM) e o Posto Indígena Mariano de Oliveira (PIMO) – durante a ditadura civil-militar, sobretudo entre os anos de 1967 e 1973, período no qual a Ajudância Minas-Bahia (AJMB), responsável pela administração desses postos, ficou sob o comando da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Nesse período, foi construído um reformatório para índios considerados delinquentes transferidos de várias regiões do país para o território demarcado ao povo indígena Krenak; foi formada uma tropa militarizada de policiais-indígenas conhecida como Guarda Rural Indígena (GRIN); e, finalmente, foi realizada a transferência forçada dos Krenak e dos confinados no reformatório para uma propriedade da PMMG chamada Fazenda Guarani. Esses acontecimentos atingiram diretamente a cultura política Krenak, levando o Ministério Público Federal (MPF) a pleitear uma inédita anistia política coletiva em prol do povo indígena Krenak junto ao Ministério da Justiça no ano de 2015. Essa dissertação procura descrever esses processos à luz de um conjunto de documentos colhidos em pesquisas no acervo do Museu do Índio e do Centro de Referência Indígena do portal Armazém Memória, sobretudo aqueles que permitem conhecer o funcionamento do órgão tutelar (primeiro o Serviço de Proteção ao Índio – SPI – e posteriormente a Fundação Nacional do Índio – FUNAI) naquela região, onde ocorriam frequentes conflitos fundiários. / [en] This text aims to analyse the main facts which happened at Indigenous posts of Minas Gerais State- The Indigenous Post Guido Marliere (PIGM) and the Indigenous Post Mariano de Oliveira (PIMO)- during the civil-military dictatorship, mainly between 1967 and 1973, time in which the Ajudância Minas-Bahia (AJMB), responsible for administrating the mentioned posts, was under Military Police of Minas Gerais State s control (PMMG). During this time one reformatory was built for said offenders indians be transferred from several regions of the Country to the defined territory of Krenak indians. A militarised troop was organised with police Indians known as Rural Indigenous Guard (GRIN). All the Krenaks and the ones confined in the reformatory were forced to move to a PMMG s property know as Guarani Farm. These facts directly hit Krenak s political culture, leading the Ministério Público Federal (MPF) pleading an unique collective political amnesty to benefit the Krenak indigenous people. This litigation was submitted to Minister of Justice in 2015. This text describes all these processes under the lights of researched documents stored at Indian s Museum and Indigenous Centre of Reference collections both part of Armazem Memoria portal, mainly the ones which allow knowing how tutelary institutions such as initially SPI (Serviço de Proteção ao Índio) and later FNI (Fundação Nacional do Índio) worked in that region, where several conflicts over land had happened.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:32337
Date14 December 2017
CreatorsGUSTAVO ARAUJO SIMI
ContributorsMAURICIO BARRETO ALVAREZ PARADA
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTEXTO

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