Return to search

A polissemia na linguagem do futebol: uma proposta de aproximação entre redes lexicais e frames semânticos

Submitted by Maicon Juliano Schmidt (maicons) on 2015-06-05T17:30:17Z
No. of bitstreams: 1
João Gabriel Rodrigues Marques Padilha.pdf: 2330081 bytes, checksum: 9e1d525b6ce245c7b907b482a38050f3 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-06-05T17:30:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
João Gabriel Rodrigues Marques Padilha.pdf: 2330081 bytes, checksum: 9e1d525b6ce245c7b907b482a38050f3 (MD5)
Previous issue date: 2015-03-02 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / FAPERGS - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul / O objetivo deste trabalho é problematizar o tratamento da polissemia em um recurso lexical baseado em frames . Para tal, estabeleceremos um cotejo entre a Semântica de Frames e a visão cognitivista de polissemia, buscando estabelecer uma aproximação entre os frames e as redes lexicais. No intuito de atingir esse objetivo, partiremos de alguns estudos mais conhecidos sobre a polissemia, como Brèal (1992), Ullmann (1964) e Lyons (1977), com vistas a situar o tema no tempo e no espaço. O segundo capítulo teórico deste trabalho apresentará o paradigma conhecido como Linguística Cognitiva, trazendo seus principais compromissos, bem como o contexto histórico em que se insere. Para tal, traremos as contribuições de Evans e Green (2006). Também discorreremos sobre a Semântica de Frames (FILLMORE, 1982), uma teoria circunscrita ao paradigma cognitivista que considera o significado do ponto de vista enciclopédico, sem fazer distinções entre informações linguísticas e informações contextuais no processo de significação. Em seguida, apresentaremos a FrameNet, um recurso lexicográfico online erigido sob os princípios da Semântica de Frames, com vistas a problematizar o tratamento dispensado à polissemia por esse recurso computacional. Ainda no segundo capítulo teórico, apresentaremos a visão cognitivista da polissemia, partindo de Langacker (1987) e Geeraerts (2006), em relação às noções de categoria complexa e flexibilidade, respectivamente, e de Lakoff (1987) e Fauconnier e Turner (2006), que oferecem modelos teóricos que possibilitam o estudo da polissemia, sejam eles as categorias radiais e a mesclagem conceptual. A parte aplicada deste trabalho consiste em empregar as categorias radiais de Lakoff (1987) na descrição dos sentidos polissêmicos do substantivo ataque e do verbo marcar – o uso já consagrado das redes – bem como na descrição dos frames evocados por tais sentidos – aplicação que propomos nesta dissertação. Acreditamos que nossa proposta de integração entre redes e frames é justificada (i) por um princípio da Linguística Cognitiva, segundo o qual o significado é um conceito, assim como, da mesma forma, os frames semânticos são entidades conceptuais, e (ii), por um princípio da Semântica de Frames, que reza que, para saber o significado de uma palavra, é preciso ter conhecimento do frame que ela ativa. Nesse caso, o frame é uma estrutura de conhecimento mais ampla que dá informações enciclopédicas sobre o uso daquela palavra em uma comunidade de falantes. O que nossa proposta defende é que a aplicação das redes radiais tanto aos sentidos, quanto aos frames por eles evocados, adicionam diferentes informações à descrição linguística de itens polissêmicos: partindo-se das redes com sentidos, têm-se informações sobre o léxico; partindo-se das redes com frames, têm-se informações acerca das estruturas cognitivas maiores que subjazem esses sentidos, os próprios frames. Nosso estudo de corpus evidencia que essas palavras, em seus usos futebolísticos, são polissêmicas e, que, portanto, podem ser entendidas como categorias complexas. Esse resultado também corrobora a hipótese cognitivista de que a polissemia é um fenômeno regular na língua, ao contrário do que dizem as ideias apresentadas no primeiro capítulo deste trabalho, para as quais a polissemia é algo epifenomenal, isto é, secundário. / This paper aims at problematizing the treatment offered to polysemy in a frame-based lexical resource. In order to achieve such an objective, we are going to establish an approximation between Frame Semantics and the cognitivist approach to polysemy, aiming at correlating frames and lexical networks. To do so, we depart from some well-known studies about polysemy, like Brèal (1992), Ullman (1964) and Lyons (1977), in order to place the subject of this study in time and space. The second theoretical chapter in this dissertation presents the paradigm known as Cognitive Linguistics, introducing its main commitments, as well as the historical background that surrounds it. In this fashion, we approach the contributions of Evans e Green (2006). We also talk about Frame Semantics (FILLMORE, 1982), a theory situated under the scope of the cognitivist paradigm which considers meaning from the encyclopaedic point of view, not distinguishing either linguistic nor contextual information in the process of meaning assignment. We also approach the FrameNet, an online lexical resource based on the principles of Frame Semantics, in order to problematize the treatment dismissed to polysemy by such a resource. Still in the second theoretical chapter, we present the cognitivist understanding of polysemy, departing, firstly, from Langacker (1987) and Geeraerts (2006), when it comes to the notions of complex category and flexibility, respectively, and, on the second hand, from Lakoff (1987) and Fauconnier and Turner (2006), which offer theoretical models that enable one to approach polysemy, like the radial categories and the conceptual blending. The applied section of this paper consists of applying the radial categories proposed by Lakoff (1987) to the descriptions of the senses related to the noun ataque and to the verb marcar – the already known application of the lexical networks – as well as to the descriptions of the frames evoked by such senses – being this the application we propose in this dissertation. We believe that our proposal of integrating network representations and frames is justifiable once (i) it follows a Cognitive Linguistics principle according to which meaning is a conceptual entity, as well as, in the same way, frames are conceptual in nature, and (ii) it follows a principle of Frame Semantics which advocates that, to know the meaning of a word, one must necessarily be able to assign the frame evoked by such a word. In this case, a frame is a wide knowledge structure that provides encyclopaedic information about the uses of such a word in a speaking community. What our proposal advocates is that the application of radial networks not only to the senses, but also to the frames evoked by them is able to provide different kinds of information to the description of polysemous items: departing from the networks filled with senses, one finds information concerning the lexicon; departing from the networks filled with frames, one has access to wider cognitive structures which underlie these senses, that is, the frames themselves. Our corpus study shows that these words, in their uses related to football, are polysemous, and, thus, they can be considered as complex categories. This result also confirms the cognitivist hypothesis that states that polysemy is a regular phenomenon in language, in opposition to what advocate the ideas presented in the first chapter of this paper, to which polysemy is an epiphenomenon, something secondary in language.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/3774
Date02 March 2015
CreatorsPadilha, João Gabriel Rodrigues Marques
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/1643482848844538, Chishman, Rove Luiza de Oliveira
PublisherUniversidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada, Unisinos, Brasil, Escola da Indústria Criativa
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNISINOS, instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos, instacron:UNISINOS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds