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Juventudes e ensino médio: competências para quê?

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A juventude, por ser um fenômeno geracional e multidimensional complexo, comporta distintos universos juvenis, gerando a necessidade de se pluralizar o termo: juventudes. Com a recente visibilidade desse segmento social no meio acadêmico e político, buscou-se trazer um panorama geral da multiplicidade de olhares provindos de diferentes ramos da ciência voltados aos jovens inseridos (ou não) nesta sociedade líquida. Para esclarecer o atual momento da política educacional voltada ao ensino médio, é traçado o percurso da gênese de políticas públicas, principalmente as relativas à educação, descrevendo-se, em seguida, um breve histórico da educação nacional ao longo dos séculos, desvelando porque há uma influência tão forte de organismos multilaterais na política educacional. Com o panorama do ensino médio traçado e a constatação da presença marcante da pedagogia das competências na conformação dessa política e nos documentos oficiais oriundos do governo federal desde a década de 1990, procura-se tratar do conceito de competências, bem como da origem de tal pedagogia e de seus pressupostos. O contraponto utilizado para análise dessa pedagogia é a pedagogia de Paulo Freire. Ao levantar-se pontos de divergências entre ambas pedagogias, fica evidenciado que, apesar de algumas características aparentemente semelhantes entre a pedagogia das competências e a pedagogia freireana, elas servem a modelos e a propósitos políticos, econômicos e sociais diversos. Partindo dessa constatação, discorre-se sobre contribuições da teologia para práticas pedagógicas possíveis destinadas aos jovens estudantes do ensino médio. Para tanto, recorre-se a uma recuperação histórica da teologia da libertação que, aliada a uma teologia do cuidado, ou ecoteologia, e a uma ecopedagogia da libertação, podem vislumbrar caminhos curriculares possíveis a partir do que está posto na legislação educacional concernente ao ensino médio. Afinal, o jovem necessita muito mais do que de meras competências instrumentais e utilitaristas para se tornar mais humano, para Ser Mais e contribuir na construção de um outro mundo possível. / Being as youth is a complex generational and multidimensional phenomenon, it incorporates distinct youth universes, generating a need to pluralize the term youngnesses [or different ways of being young]. With the recent visibility of this social segment in the academic and political environs, we sought to bring a general panorama of the multiplicity of views coming from different branches of science geared toward the youth who are (or arent) inserted in this liquid society. To explain the current moment of the educational policies directed toward high school, the trajectory of the emergence of public policies, mainly those related to education is outlined, following which a brief historical description is given of national education throughout the centuries, revealing why there is such a strong influence of multilateral organizations in educational policies. With the panorama of high school outlined and the observation of a marked presence of the pedagogy of competencies in the conformation of these policies and in the official documents coming from the federal government since the decade of 1990, we try to deal with the concept of competencies, as well as of the origin of such a pedagogy and of its presuppositions. The counterpoint used for the analysis of this pedagogy is the pedagogy of Paulo Freire. Upon lifting out the points of divergence between the two pedagogies, it becomes evident that, in spite of some apparently similar characteristics between the pedagogy of competencies and the Freire pedagogy, they serve different political, economic and social models and purposes. Based on this observation we discourse on the contributions theology can give to possible pedagogical practices directed to young students in high school. For such, we make recourse to a historical recovery of liberation theology, which allied to a theology of care, or eco-theology, and a liberation eco-pedagogy, can help envision possible curricular paths based on what is established in educational legislation related to high school. Finally, the young person needs much more than mere instrumental and utilitarian competencies to become more human, to Be More and contribute in the construction of another possible world.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:est.edu.br:571
Date24 July 2014
CreatorsSimone Kohlrausch
ContributorsLaude Erandi Brandenburg, Iuri Andréas Reblin, Remi Klein, Leomar Antônio Brustolin, Rosangela Fritsch
PublisherFaculdades EST, Programa de Teologia, EST, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do EST, instname:Faculdades EST, instacron:EST
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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