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Agathon (Bem), Daimon (Amor), Kalos (Belo): uma interpretação fenomenológica dos conceitos do Banquete de Platão / Agathon (the good), Daimon (the love), Kalos (the beauty): a phenomenological interpretation of the concepts in Plato’s Symposium

Submitted by Marilene Donadel (marilene.donadel@unioeste.br) on 2018-09-04T23:49:48Z
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Previous issue date: 2017-08-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This dissertation studies the Good inside Plato’s Symposium. We chose this theme because of the concerns that came out of Plato’s dialogues when, in them, it was not possible, at least not clearly, to determine the meaning of Good. On the contrary, its meaning was not fully explored (as it is seen in the “Book VI” of the Republic, in which the character of Socrates diverts from the subject itself and moves on to discussing the son of the Good, the Sun). Because of this concern this research found a new angle to explore what that meaning could be inside Plato’s Symposium. Therefore, we study the meaning of Good as we dwell on Agathon’s paradigmatic character, as it receives the name agathon, the Good. Plato gives us clues in order to start an investigation on the character himself, such as: its name, its household, the order of the dialogues, the parts of his speech etc. The ways for our search about the meaning of the Good originate from a research on the concept of love (ti metaxy, daimon) and beauty (kalos), as all of them are intertwined, clarifying what love and beauty are, and they are connected explicitly inside the dialogue in Plato’s Symposium (203c), and this suggests a way for us to enlighten the meaning of the Good. This research has a phenomenological approach, as it favors most of Heidegger’s ideas. We opted by Heidegger because this contemporary philosopher is the most crucial one for our clarification of the Good, as in many studies concerning the Greek terms, mainly when talking about agathon, he presented the interpretative way that we needed in order to achieve a proper understanding on the meaning of Good through Agathon’s character. By studying the Love inside Plato’s Symposium this investigation concludes that he is an intermediate (203a). As it is possible to notice in our research the term ti metaxy brings with it the meaning of something “that is inbetween”, intermediating a passage. Another term by which Love is called is Daimon: “the one that makes everything bright and clear”. Love as the one that brings clarity. Beauty is connected to it because, based on our studies, it is “what is brought upon” by Love (203c). We understand that this is how Love originated Beauty as what appears. And, as for the Good, we see as justified in this dissertation, based on a Heidegger’s phenomenological study (he returns to the term agathon in its Greek meaning), that this concept is unveiled as “pure possibility, offering, support for something to happen”. When taking this path directly to Agathon’s character we notice, at last, that it occupies this position inside the Symposium by undertaking exactly the role of the Good, as it was the one that offered the possibility and the support so that the Love logos and the Beauty manifestation could take place in its household. Good as possibility, as the reader himself will be able to notice after going through all of our research in this dissertation, was exposed in that character. However, without a proper investigation approach, as the phenomenology, we would not be able to achieve these conclusions, and we would be looking at the character as a simple scenic game inside Plato’s Symposium. / Essa dissertação se ocupa do tema do Bem. A decisão por esse tema resultou da inquietude surgida dos diálogos platônicos quando, neles, não era indicado, ao menos explicitamente, o sentido do Bem, mas, ao contrário, havia esquivas de explorá-lo (como se observa no “Livro VI” da República, no qual a personagem Sócrates desvia o assunto do Bem e passa a falar do filho do Bem, o Sol). Partindo da referida inquietação pela busca do sentido do Bem, o presente trabalho encontrou um novo viés para explorar o que poderia ser tal sentido, no âmbito do diálogo O Banquete, de Platão. Assim, julgamos poder entrever o sentido do Bem a partir da figura paradigmática de Agatão, pois tal personagem conceitual carrega o nome agathon, o Bem. Platão nos dá vários indícios para começarmos uma investigação da personagem, como: seu nome, sua casa, a ordem dos diálogos, as partes de seu discurso etc. Os caminhos para essa busca do sentido do Bem partem inicialmente de um estudo dos conceitos do amor (ti metaxy, daimon) e da beleza (kalos), pois os três conceitos encontram-se interligados, elucidando o amor e a beleza, que possuem ligação explícita no diálogo O Banquete (203c), favorecendo, assim, o encontro com um caminho de clarificação para o sentido do Bem. A pesquisa que aqui apresenta seus saldos valeu-se de um enfoque fenomenológico, tendo privilegiado muitas das posições heideggerianas. A opção por Heidegger se deveu ao fato de este ser o filósofo contemporâneo mais decisivo para a nossa clarificação do Bem, pois, em diversos estudos dos termos gregos, sobretudo sobre o agathon, esse nos acenou o caminho interpretativo que precisávamos para chegar ao sentido do Bem por meio da personagem Agatão. Ao estudar o amor no diálogo O Banquete, a presente investigação conclui que ele é um intermediário (203a). Como se pode ver ao longo de nossos movimentos de exposição, o termo ti metaxy carrega o sentido de ser algo que “está entre”, intermediando uma passagem. Outro termo pelo qual o amor é chamado é daimon: “aquele que faz brilhar e aparecer.” O amor como tal é aquele que traz o aparecer. A beleza se liga ao amor porque, a partir dos nossos estudos, ela se mostrou como “aquilo que aparece” do amor (203c). Compreendemos que é assim que o amor faz nascer a beleza como o aparecer. E, quanto ao Bem, julgamos poder sustentar nessa dissertação, apoiados num estudo fenomenológico de Heidegger (este que retoma o termo agathon em seu sentido grego), que tal conceito é desvelado como a “pura possibilidade, doação, suporte para que aconteça algo”. Ao levarmos esse sentido diretamente à personagem Agatão, percebemos, enfim, que ela esteve no diálogo ocupando justamente esse papel do Bem, sendo a que doava a possibilidade e o suporte para que ocorresse o logos do amor e o aparecimento da beleza em sua casa. O Bem como possibilidade, como o leitor poderá conferir após acompanhar todo nosso movimento de exposição nessa dissertação, estava implicitamente caracterizado naquela personagem. Entretanto, sem um método de investigação adequado, como a fenomenologia, não chegaríamos a estes saldos, e permaneceríamos mirando a personagem como simples jogo cênico do diálogo platônico.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.unioeste.br:tede/3906
Date22 August 2017
CreatorsLopes, Poliana Tomazi Vieira
ContributorsKahlmeyer Mertens, Roberto Saraiva, Kahlmeyer Mertens, Roberto Saraiva, Fogel, Gilvan Luiz, Cardoso Neto, Libânio, Silva, Claudinei Aparecido de Freitas da
PublisherUniversidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, -2624803687637593200, 500, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, UNIOESTE, Brasil, Centro de Ciências Humanas e Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE, instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná, instacron:UNIOESTE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-8305327606432166393, 600, 600, 600, 600, 6640233372697234262, -672352020940167053, 2075167498588264571

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