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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Apesar da extensiva literatura disponível sobre portunídeos, poucos estudos foram realizados
sobre a ecologia deste grupo no litoral do estado de Pernambuco. O presente trabalho tem por
objetivo descrever a ecologia populacional e reprodutiva do siri Callinectes danae Smith, 1869
(Crustacea: Decapoda: Portunidae) no complexo estuarino do Canal de Santa Cruz, Itamaracá,
Pernambuco. Para tal, foram determinadas quatro estações de amostragem, onde foram
realizadas coletas mensais de siris de Janeiro a Dezembro de 2009. Em laboratório, os siris
foram identificados ao nível de espécie, sendo encontradas cinco espécies: C. danae (espécie
dominante), C. exasperatus (Gerstaecker, 1856), C. marginatus (A. Milne-Edwards, 1861), C.
bocourti A. Milne-Edwards, 1879 e Charybdis helleri (A. Milne Edwards, 1867), espécie exótica
do Indo-Pacífico Oeste. Por ser a espécie mais abundante, C. danae foi escolhida como espécie
alvo no presente estudo. Foram obtidos a largura da carapaça para ambos os sexos, a largura
do abdômen para as fêmeas e o comprimento do quelípodo para os machos, bem como
estimou-se a proporção sexual por mês. Foram considerados quatro estágios de maturação para
os testículos (imaturo, rudimentar, em desenvolvimento e desenvolvido) e seis estágios de
maturação para os ovários (imaturo, rudimentar, em desenvolvimento, maduro e esvaziado), e
com base neles foi estimada a maturação gonadal e o período reprodutivo. A determinação da
maturidade morfológica foi baseada na relação entre comprimento do quelípode x largura de
carapaça para machos e largura de abdômen x largura de carapaça para as fêmeas. A
proporção sexual, considerando todas as estações e meses de amostragem, foi de 1♂ : 0,98♀.
Porém, foram encontradas diferenças na proporção sexual entre as áreas de coleta. Os machos
e os juvenis residem preferencialmente nas áreas internas do estuário, e as fêmeas adultas e
ovígeras habitam as áreas de maior influência marinha. Enquanto os juvenis se beneficiam da
abundância de abrigos e comida no ambiente estuarino, as fêmeas ovígeras migram para áreas
de maior profundidade e salinidade visando prover um ambiente mais favorável ao
desenvolvimento embrionário e à exportação das larvas para fora do estuário. Os machos
apresentaram largura de carapaça média superior à média das fêmeas (respectivamente,
60.07±15.68mm e 52.91±12.40mm), uma adaptação que confere maior proteção às fêmeas,
especialmente em pós muda e logo após a cópula. A curva de maturidade gonadal indicou que 50% das fêmeas alcançaram a maturidade em 63.5mm LC, e na análise morfológica, 50% das
fêmeas alcançaram a maturidade em 59.5mm LC. Já 50% dos machos alcançaram a maturidade
morfológica em 70.5mm LC, e gonadal em 74.5mm LC. A presença de machos e fêmeas
maduros em todos os meses do ano, e de fêmeas ovígeras em quase todos os meses, indica
que a atividade reprodutiva provavelmente ocorre continuamente, porém foram encontrados
picos de abundância de fêmeas ovígeras em fevereiro, março e setembro. Portanto, a
reprodução de C. danae no CSC foi caracterizada como sazonal-contínua. Este trabalho consiste
no primeiro relato sobre a maturação sexual dos machos de C. danae para o Nordeste brasileiro,
bem como documenta a migração reprodutiva desta espécie nessa região
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8499 |
Date | 31 January 2010 |
Creators | de Sá Leitão Câmara de Araújo, Marina |
Contributors | Schwamborn, Ralf |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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