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Sensibilidade e especificidade da avaliação da postura craniocervical: fotogrametria em relação à análise de inspeção visual / Sensitivity and specificity of craniocervical posture evaluation: photogrammetry in relation to visual inspection analysis

As avaliações de postura craniocervical podem ser realizadas através de métodos qualitativos e quantitativos. Apesar das vantagens no emprego das análises quantitativas, a ausência de valores clínicos de referência para determinação da presença/ausência de desalinhamentos posturais é uma limitação para uso do recurso na prática clínica. Objetivo: Identificar os valores de acurácia, sensibilidade e especificidade da fotogrametria em relação inspeção visual para avaliação da postura craniocervical através da análise de fotografias no plano sagital, além de verificar a confiabilidade destes métodos. Método: Foram avaliadas 157 imagens no plano sagital de mulheres (35,6 DP:10,36 anos). As imagens foram analisadas através da avaliação qualitativa (inspeção visual) e através da análise quantitativa (fotogrametria) considerando-se dois ângulos: ângulo craniovertebral (ACV) e lordose cervical (ALC). Os voluntários com dor cervical também foram submetidos a avaliação de intensidade de dor e incapacidade relacionada à dor cervical. A inspeção visual foi realizada por 5 fisioterapeutas experientes. Da mesma forma a avaliação por fotogrametria foi realizada por 2 avaliadores. Todas as avaliações foram repetidas após uma semana. Para análise estatística foi utilizado o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) para analisar a confiabilidade e o Kappa de Cohen para a concordância. Além disso, os valores de acurácia, sensibilidade e especificidade foram identificados através do Receiver Operating Characteristic (ROC). Resultados: Foram observados níveis aceitáveis de confiabilidade para o ACV e ALC (CCI<0,98) por meio da fotogrametria e valores de PABAK para a concordância intra-examinador entre 0,63-0,91 (ACV) e 0,46-0,89 (ALC) e para a concordância interexaminadores de 0,51-0,85 (ACV) e 0,16-0,59 (ALC). Foi observada uma acurácia moderada (0,7 ROC<0,9) para os valores de corte do ACV (42°, EPM±0,73º) e ALC (12º-15º, EPM±0,42º) com níveis aceitáveis de sensibilidade e especificidade (<0,63). Assim, foi encontrada uma acurácia moderada (0,7<ROC<0,9) para os valores de corte dos ACV (± 42°) e ALC (± 13°) estabelecidos pelo estudo, com níveis adequados de sensibilidade e especificidade dos mesmos. Também não foram verificados níveis aceitáveis de sensibilidade, especificidade e acurácia dos ângulos de postura craniocervical para detecção dos grupos sintomático vs. assintomático para dor cervical, e para identificação dos subgrupos com e sem incapacidade relacionda a dor cervical. Conclusão: Nossos resultados dão suporte para o uso de ângulos na análise postural quantitativa que discriminam indivíduos com protrusão da cabeça moderada/severa e indivíduos com alterações da postura cervical em hiperlordose e retificação/cifose cervical em relação à postura considerada normal através da avaliação qualitativa. Entretanto, ambos os ângulos estudados não demonstraram bons índices para discriminar indivíduos sintomáticos vs. assintomáticos para dor cervical ou subgrupos com e sem incapacidade relacionda à dor cervical. / Evaluations of craniocervical posture can be performed through qualitative and quantitative methods. Although the advantages in the use of quantitative analyzes, the absence of clinical reference values to determine the presence / absence of postural misalignments is a limitation for the use of the resource in clinical practice. Objective: To identify the accuracy, sensitivity and specificity values of the photogrammetry in relation to the visual inspection to evaluate the craniocervical posture through the analysis of photographs in the sagittal plane, besides verifying the reliability of these methods. Method: 157 images were evaluated in the sagittal plane of women (35.6 SD: 10.36 years). The images were analyzed through qualitative evaluation (visual inspection) and quantitative analysis (photogrammetry) considering two angles: craniovertebral angle (CVA) and cervical lordosis (LCA). Cervical pain volunteers were also assessed for pain intensity and disability related to cervical pain. Visual inspection was performed by 5 experienced physiotherapists. Likewise, the evaluation by photogrammetry was performed by 2 evaluators. All evaluations were repeated after one week. For statistical analysis, the Intraclass Correlation Coefficient (ICC) was used to analyze reliability and Cohen\'s Kappa for agreement. In addition, the values of accuracy, sensitivity and specificity were identified through the Receiver Operating Characteristic (ROC). Results: Acceptable levels of reliability for CVA and LCA (ICC <0.98) were observed by photogrammetry and PABAK values for intra-examiner agreement between 0.63-0.91 (CVA) and 0.46- 0.89 (LCA) and for the inter-examiner agreement of 0.51-0.85 (CVA) and 0.16-0.59 (LCA). A moderate accuracy (0.7 < ROC <0.9) was observed for the cut values of the CVA (42 °, SME ± 0.73 °) and LCA (12 ° -15 °, SME ± 0.42 °) with acceptable levels of Sensitivity and specificity (<0.63). Thus, a moderate accuracy (0.7 <ROC <0.9) was found for the cutoff values of the CVA (±42°) and LCA (± 13 °) established by the study, with adequate levels of sensitivity and specificity. Also, no acceptable levels of sensitivity, specificity and accuracy of the craniocervical posture angles were detected for symptomatic groups vs. Asymptomatic for cervical pain, and to identify the subgroups with and without disability related to cervical pain. Conclusion: Our results support the use of angles in the quantitative postural analysis that discriminate individuals with moderate / severe head protrusion and individuals with altered cervical posture in hyperlordosis and rectification / cervical kyphosis in relation to the posture considered normal through the qualitative evaluation. However, both angles studied did not show good indices to discriminate symptomatic individuals vs. Asymptomatic for cervical pain or subgroups with and without disability related to cervical pain.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-25042018-160153
Date24 March 2017
CreatorsLeite, Raquel Descie Veraldi
ContributorsChaves, Thais Cristina
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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