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Prática Docente e Justiça: Educação em Valores Morais no Ensino Fundamental

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Previous issue date: 2013-12-20 / Neste estudo, dedicamos-nos a investigar os juízos de professoras acerca do ensino do valor moral da justiça em suas práticas pedagógicas. Além disso, propomos-nos a verificar se tais práticas modificam-se em razão do ano escolar para o qual cada participante leciona. Para tanto, entrevistamos 23 professoras do ensino fundamental, sendo 11 docentes de 1º ano e 12 de 5º ano, de escolas públicas localizadas em bairros de classe baixa do município de Vitória, Espírito Santo. Realizamos entrevistas individuais, de acordo com o método clínico piagetiano. A análise dos dados foi realizada a partir da teoria piagetiana e da sistematização proposta por Delval. Analisamos as concepções de justiça das professoras, as motivações para o ensino da justiça e os procedimentos que as entrevistadas consideram que utilizam para ensinar esse valor moral. Os resultados obtidos permitem considerar que a concepção de justiça das docentes está, sobretudo, relacionada à temática dos direitos dos indivíduos. Com relação à justiça, todas as profissionais consideram que ensinam este valor moral em suas práticas pedagógicas. A respeito das motivações para esta prática, averiguamos que as professoras ensinam a justiça principalmente pelo fato de essa ser uma responsabilidade da escola. Por sua vez, quanto aos procedimentos de ensino da justiça, constatamos que a maioria deles trata de meios considerados como verbal impositivo e ação impositiva, isto é, estão embasados em práticas impositivas. Ademais, grande parte dos procedimentos está embasada exclusivamente na linguagem oral das docentes. A maioria das participantes justifica os procedimentos adotados no ensino da justiça tendo como foco o aluno, ou seja, tratam de práticas que possuem como embasamento os educandos. Porém, quando analisamos os métodos empregados pelas entrevistadas, constatamos que a maior parte deles diz respeito a métodos com o uso da imposição, o que pode não favorecer os procedimentos ditos ativos e, provavelmente, o desenvolvimento moral dos
alunos. Com relação aos dados encontrados acerca dos anos escolares pesquisados, destacamos que as docentes que lecionam para o 5º ano mencionam mais procedimentos com base em práticas impositivas. Por fim, vale dizer que as participantes de 1º ano são as que mais justificaram os procedimentos com foco no aluno. De maneira geral, os dados de nossa pesquisa mostram que apesar de as concepções de justiça das participantes possuírem predominância de características da moral autônoma, a maior parte dos procedimentos utilizados por elas no ensino do aludido valor pode não favorecer o desenvolvimento da autonomia nos alunos, pois é embasada em práticas impositivas. Com este estudo, esperamos contribuir para que políticas públicas sejam implantadas visando à melhoria da qualidade da educação em valores morais no contexto escolar, notadamente no que diz respeito ao ensino da justiça. Assim, ressaltamos a necessidade de trabalhos contínuos de ensino da justiça, pensados e programados para desenvolver indivíduos autônomos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/3091
Date20 December 2013
CreatorsCOUTO, L. L. M.
ContributorsBORGES, L. S., QUEIROZ, S. S., Heloisa Moulin de Alencar
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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