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Previous issue date: 2015-04-25 / Nenhuma / Este estudo apresenta o resultado de uma investigação sobre a escolarização de alunos com autismo, tendo em vista as condições de possibilidade sob as quais essa escolarização tomou forma e se articulou como um imperativo pós-políticas públicas de inclusão. Partiu-se inicialmente, de um estudo sobre as narrativas produzidas pelos discursos clínicos sobre esses sujeitos, na tentativa de apontar para um entendimento sobre esse saber médico que foi se consolidando ao longo da história das civilizações. Realizou-se também um deslocamento histórico sobre as origens da escola, o que possibilitou compreender como o sujeito com autismo foi sendo constituído, inicialmente, a partir de aparatos sociais para o seu isolamento no final do século XIX (asilos, hospitais psiquiátricos) até a sua inclusão em escolas regulares no século XXI. Partindo desse cenário de universalização da educação é que apresento algumas problematizações sobre como vem se efetivando a escolarização de alunos com autismo na escola regular. Para tal, busco investigar esse processo, a fim de compreender de que modo as práticas pedagógicas direcionadas a esses alunos se instauram como regimes de verdade. Para tanto, optou-se por analisar entrevistas realizadas com profissionais da sala de aula regular e do Atendimento Educacional Especializado (AEE), ambos os professores de alunos com autismo. A fim de potencializar o estudo, buscou-se um cruzamento dessas entrevistas com os pareceres pedagógicos emitidos por esses professores. Acrescentou-se também ao estudo as conclusões de três pesquisas produzidas nos programas de pós-graduação brasileiros no período de 2008-2011, que tratam da escolarização de alunos com autismo. Como lentes teóricas desenvolveu-se um cuidadoso estudo a partir das proposições de Michel Foucault naquilo que foi possível apropriar-se, realizando um diálogo com a Educação. A pesquisa detectou que a socialização de alunos com autismo é a principal dimensão trabalhada pelos professores e que o fato desses alunos “não realizarem as atividades como os demais”, faz com que o professor busque, na maioria das vezes, um diagnóstico que reitere esse posicionamento, sinalizando para um aluno com poucas condições de aprendizagem dos conteúdos pedagógicos. Veremos que a escola é resultado de uma construção histórica que nasceu na Modernidade e que apesar de um discurso inclusivo, apresenta-se na contemporaneidade com lacunas para trabalhar com alunos com autismo, firmando-se como um espaço que exclui aqueles tidos como “anormais”. / This study presents the results of an investigation into the education of students with autism, given the possible conditions under which such schooling took shape and was articulated as an imperative public post- inclusion policies. Born first from a study of the narratives produced by clinical discourses on these subjects in an attempt to point to an understanding of this medical knowledge that has been consolidating over the history of civilization. Also held a historic shift on the origins of the school , allowing to understand how individuals with autism was constituted initially from social apparatuses for their isolation in the late nineteenth century (nursing homes, psychiatric hospitals) to their inclusion in regular schools in the XXI century. Based on this universalization scenario of education is to present some problems about the effecting the education of students with autism in regular school. To this end, I seek to investigate this process in order to understand how the pedagogical practices directed at these students are established as true regimes. So, we decided to analyze interviews with professionals in the regular classroom and specialized educational services (ESA), both teachers of students with autism. In order to enhance the study, we sought an intersection of these interviews with pedagogical advice given by these teachers. Also added to the study, findings from three researches produced in Brazilian graduate programs in the period 2008-2011, dealing with the education of students with autism. As theoretical lenses developed from a careful study of the propositions of Michel Foucault on what was possible to appropriate, conducting a dialogue with Education. The survey found that the socialization of students with autism is the main dimension crafted by teachers and the fact that these students "do not perform activities like other students" causes the teacher to seek, in most cases , a diagnosis that reiterates this positioning , signaling for a student with poor conditions for learning the course content . We will see that the school is the result of a historical construction that was born in Modernity and despite an inclusive discourse, presents the contemporary with gaps to work with students with autism, establishing itself as a space that excludes those considered abnormal.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/4840 |
Date | 25 April 2015 |
Creators | Alves, Marcia Doralina |
Contributors | http://lattes.cnpq.br/2961121430255733, Fabris, Elí Terezinha Henn |
Publisher | Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Educação, Unisinos, Brasil, Escola de Humanidades |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNISINOS, instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos, instacron:UNISINOS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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