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A constituição do discurso coeso: um estudo evolutivo da produção oral e escrita

SOARES, Maria Elias. A constituição do discurso coeso: um estudo evolutivo da produção oral e escrita. 1991. 293f. Tese (Doutorado) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Letras, Curso de Pós-Graduação em Letras (Linguística aplicada ao português), Rio de Janeiro, 1991. / Submitted by Hanna Sandy (nannybells@gmail.com) on 2016-09-27T12:21:35Z
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Previous issue date: 1991 / O presente trabalho constitui-se numa proposta de análise da produção e reprodução de narrativas do ponto de vista evolutivo, nas duas modalidades da língua - oral e escrita. Procura-se fazer um estudo das estratégias que as crianças elaboram para instaurar e constituir um texto coeso, a partir de uma discussão teórico-metodológica, relativa ao conceito de texto, como unidade de análise e modelo de produção linguística; à relação entre dêixis e anáfora, como mecanismos instanciadores da continuidade discursiva, e aos métodos de elicitação de textos. A ênfase do trabalho consiste em verificar de que modo a criança lida com certos recursos - os delimitadores - que indicam um conhecimento de um modelo de texto e que orientam sua organização temática. Trabalha-se, igualmente, com a questão da continuidade textual, em termos de sua configuração coesiva, colocando em foco, particularmente, a manutenção dos sujeitos temáticos, através da referência nominal, pronominal e anáfora zero. O estudo baseado na reprodução de narrativas sugere a possibilidade de tais recursos serem usados apenas para manter a continuidade textual, quando há apenas um personagem e, portanto, não há ambiguidade relativa ao papel dos participantes. A análise da produção espontânea aponta para o fato de que as formas de 1ª pessoa, referidas através da reiteração do pronome e do uso da anáfora zero, podem garantir a continuidade textual. Tanto o estudo da produção, como o da reprodução de narrativas permitem considerar anáfora pronominal e zero como recursos que realizam a coesão de forma distinta, em relação ao ambiente em que ocorrem e ao momento em que se consolidam como estratégia para garantir a manutenção temática. Finalmente os resultados sugerem que não há isomorfia entre língua oral e língua escrita no que concerne ao desenvolvimento da habilidade de estabelecer a sequenciação do texto.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/19830
Date January 1991
CreatorsSOARES, Maria Elias
ContributorsCORRÊA, Letícia Maria Sicuro
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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