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Entre a história e a utopia: o educador de rua no projeto axé

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Previous issue date: 2007-05-14 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The objective of this work is to reflect how the street educators that work in the Axe Project have articulated their utopic thinking, typical of the start of the project, with the historic thinking that prevailed after 15 years of practice and after significant change in the third sector.
The theoretical framework used is based in the identity sintagma as metamorphosis in search of emancipation, developed by professor Antonio da Costa Ciampa inside the research group about Social Identity as a Human Metamorphosis, linked to the Post Graduate Studies Program in Social Psychology of PUC-SP. Also, we used notions of utopic thinking, which makes us fight for social causes, and historical thinking, which examines from a critical standpoint how the facts are occurring in the timeline of history (Habermas, 1987).
The empirical research is based on interview classified by Minayo (1999) as non directive centered or focalized interview . In this type of interview the conversation is conducted without a previous developed script.
Three emblematic subjects were analyzed. One is satisfied in the Axe Project, the other wants out and the third had already left. The results found were not dependent of the status of the subject in Axe Project. The observation revealed that it is possible to articulate history and utopia. Or, to put in other words, that even facing a tough history, not to lose the sense of utopia. The study indicates that whoever embraces the utopia thinking, and wants it to become reality, has to keep up with history pace and to develop the flexibility to reinvent his own utopic projects, therefore changing his emancipatory project without losing the utopic perspective that was his original motivation. Changing, emancipating, to become a post-conventional subject.
The conclusion of this work is that it s not only possible to articulate both movements but also likely that those professionals who are able to do it tend to have a post-conventional stance in life / O objetivo deste trabalho é refletir como os educadores de rua, que trabalham no projeto Axé, articularam o pensamento utópico do começo do seu trabalho como educadores de rua, época em que se engajaram no projeto Axé, com o pensamento histórico depois de uma prática de quinze anos e toda uma mudança no terceiro setor.
O embasamento teórico utilizado no trabalho centrou-se no sintagma identidade como metamorfose em busca da emancipação desenvolvido por Ciampa no grupo de pesquisa sobre Identidade Social como Metamorfose Humana, vinculado ao Programa de Estudos Pós Graduados em Psicologia Social, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Utilizamos também as noções de pensamento utópico, aquele que nos faz lutar por causas que proporcionem melhores condições de vida ao povo, e pensamento histórico, aquele que examina criticamente como os fatos vêm ocorrendo ao longo do tempo. (Habermas, 1987)
Na pesquisa empírica utilizou-se a entrevista classificada por Minayo(1999) como entrevista não diretiva centrada ou entrevista focalizada . Nessa modalidade de entrevista a conversa é aprofundada sobre determinado tema sem roteiro prévio.
Foram analisados três sujeitos emblemáticos. Um está no Projeto Axé e está realizado. Outro está no Projeto Axé e quer sair e o terceiro já saiu. O fato de ainda estar ou não no projeto não influi diretamente nos resultados encontrados. Observou-se que é possível articular história e utopia. Ou seja, mesmo diante de uma história difícil,não perder o sentido da utopia. O estudo indica que quem carrega o pensamento utópico dentro de si, e quer vê-lo tornar-se realidade, tem que acompanhar o passo da história e ter a flexibilidade de reinventar seus projetos utópicos. Mudando assim, de projeto emancipatório, mas não perdendo de vista o pensamento utópico que o move. Metamorfoseando-se, emancipando-se, tornando-se um sujeito pós-convencional.
Concluímos que essa articulação é não só possível mas é também um indicador de que os profissionais que conseguem articular os dois movimentos tendem a ter uma postura pós-convencional diante da vida

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/17192
Date14 May 2007
CreatorsSouza, Aline Moura de Melo
ContributorsCiampa, Antonio da Costa
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Social, PUC-SP, BR, Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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