Return to search

Estudos de inclusões fluidas e de isótopos estáveis no depósito Moreira Gomes do campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, Província Aurífera do Tapajós, Estado do Pará

Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2015-02-26T17:01:47Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5)
Dissertacao_EstudosInclusoesFluidas.pdf: 3761378 bytes, checksum: d5c01cb5bad707e8d73d79e69f149711 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva (arosa@ufpa.br) on 2015-02-27T15:24:10Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5)
Dissertacao_EstudosInclusoesFluidas.pdf: 3761378 bytes, checksum: d5c01cb5bad707e8d73d79e69f149711 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-02-27T15:24:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5)
Dissertacao_EstudosInclusoesFluidas.pdf: 3761378 bytes, checksum: d5c01cb5bad707e8d73d79e69f149711 (MD5)
Previous issue date: 2013 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Moreira Gomes é um dos depósitos do campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, província Aurífera do Tapajós, com recursos de 21,7 t de ouro. A zona mineralizada, com 1200 metros de comprimento, 30-50 metros de largura e, pelo menos, 400 metros de profundidade é controlada por uma estrutura subvertical de orientação E-W, associada a um sistema de falhas
transcorrentes sinistrais. As rochas hospedeiras nesse depósito são predominantemente tonalitos de 1997 ± 2 Ma (Suite Intrusiva Creporizão). O estilo da alteração hidrotermal relacionado à mineralização é predominantemente fissural e localmente pervasivo. Os tipos de alteração hidrotermal são sericitização, carbonatação, cloritização, sulfetação, silicificação e epidotização, além da formação de veios de quartzo de espessuras variadas. Pirita é principal sulfeto e contém inclusões de galena, esfalerita, calcopirita e, em menor quantidade, de hessita
e bismutinita. O ouro ocorre mais comumente como inclusão em cristais de pirita e, secundariamente, na forma livre em veios de quartzo. Ag, Pb e Bi foram detectados por análise semi-quantitativa como componentes das partículas de ouro. Estudo de inclusões fluidas identificou fluidos compostos por CO2 (Tipo 1), H2O-CO2-sal (Tipo 2) e H2O-sal (Tipo 3). O volátil CO2 é predominante na fase carbônica. O fluido do Tipo 2 apresenta densidade baixa a moderada, salinidade entre 1,6 e 11,8 % em peso equivalente de NaCl e foi aprisionado principalmente entre 280° e 350°C. No fluido do Tipo 3 o sistema químico pode conter a Cl2 e, talvez, MgCl2, e a salinidade varia de zero a 10,1% em peso equivalente de NaCl. Apenas localmente a salinidade atingiu 25% em peso equivalente de NaCl. Esse fluido
foi aprisionado principalmente entre 120° e 220°C e foi interpretado como resultado de mistura de fluido aquoso mais quente e levemente mais salino, com fluido mais frio e diluído. Globalmente, o estudo das inclusões fluidas indica estado heterogêneo durante o aprisionamento e ocorrência de separação de fases, mistura, flutuação de pressão e reequilíbrio das inclusões durante aprisionamento. A composição isotópica do fluido em equilíbrio com minerais hidrotermais (quartzo, clorita e calcita e pirita) e de inclusões fluidas apresenta valores de δ 18 O e δD entre +0,5 e +9,8 ‰, e -49 a -8 ‰, respectivamente. Os valores de 34 S de pirita (-0,29 ‰ a 3,95 ‰) são provavelmente indicativos da presença de enxofre magmático. Pares minerais forneceram temperaturas de equilíbrio isotópico em geral
concordante com as temperaturas de homogeneização de inclusões fluidas e compatíveis com as relações texturais. Os resultados isotópicos, combinados com os dados mineralógicos e de inclusões fluidas são interpretados como produto da evolução de um sistema magmático
hidrotermal em três estágios. (1) Exsolução de fluido magmático aquoso e portador de CO2 entre 400°C e 320-350°C, seguido de separação de fases e precipitação principal da assembleia clorita-sericita-pirita-quartzo-ouro sob pressões menores que 2,1 kb e a 6-7 km de
profundidade. (2) Resfriamento e continuação da exsolução do CO2 do fluido magmático geraram fluido aquoso, mais pobre a desprovido de CO2 e levemente mais salino, com
aprisionamento dominantemente a 250°-280°C. A assembleia hidrotermal principal ainda precipitou, mas epidoto foi a principal fase nesse estágio. (3) Mistura do fluido aquoso do estágio 2, mais quente e mais salino, com um fluido aquoso mais frio e menos salino, de
origem meteórica. Carbonatação está associada com esse estágio. A assembleia hidrotermal e os valores isotópicos indicam que fluido foi neutro a levemente alcalino e relativamente reduzido, que H2S (ou HS-) pode ter sido a espécie de enxofre predominante, e que Au(HS) -2 deve ter sido o complexo transportador de ouro. A deposição do ouro em Moreira Gomes
ocorreu em resposta a diversos mecanismos, envolvendo a separação de fases, mistura e reações fluido-rocha. O depósito Moreira Gomes é interpretado como o produto de um sistema magmático-hidrotermal, mas não possui feições clássicas de depósitos relacionados a
intrusões graníticas, tanto oxidadas como reduzidas. A idade de deposição do minério (1,86 Ga) sugere que o sistema magmático-hidrotermal pode estar relacionado com a fase final do extenso magmatismo cálcio-alcalino da Suíte Intrusiva Parauari, embora o magmatismo transicional a alcalino da Suíte Intrusiva Maloquinha não possa ser descartado. / Moreira Gomes is a recently discovered deposit (preliminary resources of 21.7 t Au) of the
Cuiú-Cuiú goldfield, an importante and historical mining área of the Tapajós Gold Province, Amazonian Craton. The mineralized zone is about 1200 m long, 30-50 m wide, and is followed to at least 400 m in depth. The zone is controlled by a subvertical, east-west-trending
structure that is related to a left-handed strike-slip fault system. The host rocks in the deposit
are predominantly tonalites dated at 1997 ± 2 Ma that are attributed to the magmatic arc or
post-collision Creporizão Intrusive Suite. Hydrothermal alteration and mineralization are
predominantly of the fissure-filling type and locally pervasive. Sericitization, chloritization,
sulfidation, silicification, carbonatization and epidotization are the observed alteration types.
Pyrite is by far the predominant sulfide mineral and bears inclusions of chalcopyrite, galena,
sphalerite and minor hesite and bismuthinite. Gold occurs predominantly as inclusions in
pyrite and subordinately in the free-milling state in quartz veins. Ag, Pb and Bi have been
detected by semi-quantitatiive analysis. Three types of fluid inclusions, hosted in quartz veins
and veinlets, have been identified. (1) Type 1: one- and two-phase CO2 inclusions; (2) Type
2: two- and three-phase H2O-CO2-salt inclusions, and (3) Type 3: two-phase H2O-salt
inclusions. CO2 is largely the predominat volatile phase in the CO2-bearing inclusions. The
CO2-bearing types 1 and 2 are interpreted as the product of phase separation of an immiscible
fluid. This fluid presentes low to moderate density, low to moderate salinity (1.6 to 11,8 wt.%
NaCl equivalent) and was trapped chiefly at 280° to 350°C. In Type 3 fluid, the chemical
system may contain CaCl2 and/or MgCl2, salinitye varies from zero to 10.1 wt.% NaCl
equivalent. Only locally salinities up to 25% have been recorded. This fluid was trapped
mainly between 120° and 220°C and is interpreted as resulting from mixing of a hotter and
more saline aqueous fluid (in part derived from phase separation of the H2O-CO2 fluid) with
a cooler and dilute aqueous fluid. As a whole, the fluid inclusions indicate phase separation,
pressure fluctuations, mixing, and reequilibration during trapping. The isotopic composition
of inclusion fluids and of the fluid in equilibrium with hydrothermal minerals (quartz,
chlorite, and calcite) show δ18O and δD values that range from +0.5 to +9.8‰, and from -49
to -8‰, respectively. The δ34S values of pyrite (-0.29‰ to 3.95‰) are probably related to
magmatic sulfur. Mineral pairs show equilibrium isotopic temperatures that are compatible
with the fluid inclusion homogenization temperatures and with textural relationships of the
hydrothermal minerals. Isotopic results combined with mineralogical and fluid inclusion data
are interpreted to reflect a magmatic-hydrothermal system that evolved in at least three stages.
(1) Exsolution of a CO2-bearing magmatic fluid between 400°C and 320-350°C and up to 2.1
kbars (6-7 km in depth) followed by phase separation and main precipitation of the
hydrothermal assemblage composed of chlorite-sericite-pyrite-quartz-gold. (2) Cooling and
continuous exolution of CO2 producing a CO2-depleted and slightly more saline aqueous
fluid that was trapped mainly at 250°-280°C. The predominant hydrothermal assemblage of
stage 1 continued to form, but epidote is the main phase at this stage. (3) Mixing of the stage
2 aqueous fluid with a cooler and dilute aqueous fluid of meteoric origin, whis was
responsible for the main carbonatization phase. The composition of the hydrothermal
assemblage and the fluid and isotopic composition indicate that the mineralizing fluid was
neutral to slightly alkaline, relatively reduced (only locally, more oxidezed conditions have
been attained, resulting in the precipitation of barite). H2S (and/or HS-) might have been the
main súlfur species in the fluid and Au(HS)-2 was probably the gold transporting complex.
Gold deposition occurred as a consequence of a combination of mechanisms, such as phase
separation, mixing and fluid-rock interaction. The Moreira Gomes is a granite-hosted gold
deposit that interpreted to be a product of a magmatic-hydrothermal gold system. The age of
ore formation (~1.86 Ga) is consistent with the final stages of evolution of the widespread
high-K, calc-alkaline Parauari Intrusive Suite, although the ttransitional to predominantly
alkaline Maloquinha Intrusive Suite cannot be ruled out. Notwithstanding, the deposit does
not show the classic features of (oxidized or reduced) intrusion-related gold deposits of
Phanerozoic magmatic arcs.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/6362
Date29 August 2013
CreatorsASSUNÇÃO, Rose de Fátima Santos
ContributorsKLEIN, Evandro Luiz
PublisherUniversidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, UFPA, Brasil, Instituto de Geociências
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0024 seconds