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Gênese do depósito de ouro Tocantinzinho, província aurífera Tapajós (PA) : evidências a partir de dados de geologia, petrologia e inclusões fluidas

Castro, Adriana Araújo 09 October 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-01-21T16:40:27Z No. of bitstreams: 1 2015_AdrianaAraujoCastro.pdf: 8117521 bytes, checksum: 835136a0be9523679a2d15a3de71801b (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-03-01T21:28:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_AdrianaAraujoCastro.pdf: 8117521 bytes, checksum: 835136a0be9523679a2d15a3de71801b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-01T21:28:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_AdrianaAraujoCastro.pdf: 8117521 bytes, checksum: 835136a0be9523679a2d15a3de71801b (MD5) / O depósito de ouro Tocantinzinho está situado na Província Mineral do Tapajós a aproximadamente 200 km ao sul de Itaituba (PA). Trata-se de depósito de ouro em vênulas e disseminado, sem orientação preferencial, em estilo stockwork, hospedado em monzogranito de ~1982 ±8 Ma, atribuído à suíte intrusiva Creporizão. O ouro associa-se a disseminações de sulfetos, em especial pirita. Diques máficos de composição de basalto cálcio-alcalino, muito alterados, cortam o granito. Diques de composição riolítica cortam as rochas graníticas e o dique máfico, constituindo as manifestações ígneas mais jovens da área. Petrograficamente, o granito apresenta granulação média a grossa e textura alotriomórfica, sendo essencialmente constituído de quartzo, microclínio, plagioclásio (Ab0,88 An0,12) e biotita. É uma rocha rica em SiO2 (72%), Al2O3 (14%), K2O (5,3%) e Na2O (3,9%) e pobre em Fe2O3t (1,7%), MgO (0,3%) e CaO (0,9%). Em diagramas de discriminação geotectônica se situa, predominantemente, entre granitos de ambientes de arcos vulcânicos. O monzogranito foi submetido a 4 estágios de alteração hidrotermal. O estágio inicial, aqui designado de fase pós-magmática precoce, teve início com metassomatismo que provocou alteração do oligoclásio para albita e do ortoclásio para microclínio. A fase seguinte é caracterizada por forte microclinização, representando o estágio de microclinização, e forte cloritização e mineralização, representada por rochas atribuídas ao grupo MAT-I. O terceiro estágio, designado MAT-II, compreende alteração fílica. Nesta fase há maior expressão de sericitização e silicificação, constituindo o principal estágio da mineralização. O estágio final da alteração hidrotermal condiz com o estágio de alteração tardia, na qual houve significativa carbonatação e cloritização tardia. Quimicamente, as variedades alteradas e mineralizadas são muito similares, embora as rochas do grupo MAT-II possuam teores mais elevados de Fe2O3, MgO e CaO e menores conteúdos de Al2O3 e K2O. Da mesma forma, os teores médios de Au (7090,2 ppb), Cu (145 ppm), Pb (145 ppm), Zn (163 ppm), Bi (0,6 ppm) e Cd (1,88 ppm) são superiores nas rochas resultantes de alteração fílica (MAT-II) que nas microclinizadas (MAT-I). Registra-se relação simpatética entre os teores de Au e os de As, Zn e Pb. Os sulfetos associados à mineralização são pirita, calcopirita, esfalerita, galena e altaíta, nessa ordem de abundância. A clorita substitui minerais primários ou está presente em vênulas monominerálicas e poliminerálicas associadas, ou não, à mineralização. Análises químicas permitem distinguir as variedades chamosita (XFe = 0,60) e clinocloro (XFe = 0,45), que ocorrem em vênulas (Chl2 e Chl3) ou como resultado da alteração da biotita (Chl1). Estudos de inclusões fluidas revelaram que as inclusões fluidas presentes, em especial em amostras do granito mineralizado do Depósito Tocantinzinho (MAT-I e MAT-II), são aquosas e não saturadas. Ocorrem cinco tipos diferentes de inclusões e a maior parte apresenta caráter aquoso bifásico, indicando fluidos de salinidade moderada, com máxima de 20,14 wt.% de NaCl eq. e mínima de 0,17 wt.% de NaCl eq. Microtermometricamente, as inclusões com maiores valores de Tf(gelo) mostram intervalos de -16 °C a -2,5 °C para inclusões do tipo I, enquanto as do tipo IV apresentam valores de -0,1 °C a -3,9 °C. Th (t) alcançam 432,6 °C em inclusões do tipo I, e as do tipo IV apresentam Th (t) mínima de 98,6 °C. O sistema fluido do Depósito Tocantinzinho é interpretado como H2O-NaCl. Dados de fluidos hidrotermais e do geotermômetro da clorita mostram que a temperatura de aprisionamento de fluidos mineralizantes é estimada entre 289 °C a 382 °C, condizente com temperaturas resultantes de mistura de fluidos magmáticos e hidrotermais. A associação do ouro com sulfetos permite inferir que os fluidos continham espécies dissolvidas de enxofre e, sob aquelas condições de temperatura e pressão, o ouro deve ter sido dominantemente transportado como complexos bissulfetados. A deposição do ouro no Depósito Tocantinzinho pode ter ocorrido devido à mistura de fluido salino precoce e quente com água meteórica resultando em boiling. O transporte do ouro se deu por meio de AuCl2- ou Au(HS)2-, este último fluido sendo responsável pela principal associação de minério reconhecida no Depósito (sericita + quartzo + pirita + ouro). As características petrográficas, químicas e mineralógicas, no que diz respeito ao controle da mineralização e ao estilo de alteração hidrotermal, além de semelhanças com tipos de depósitos relacionados a magmatismo félsico, permitem sugerir que o Depósito Tocantinzinho é semelhante a depósitos do tipo Au Pórfiro. Deve-se, no entanto, aprofundar os estudos para a melhor caracterização das condições físico-químicas da mineralização e entendimento do papel do monzogranito e do dique de composição basáltica como fonte de metais e ligantes. Os dados obtidos, além de contribuir para o melhor entendimento do depósito Tocantinzinho e de depósitos semelhantes na Província Mineral do Tapajós, podem ser usados para elaborar e orientar modelos prospectivos na região e em terrenos proterozóicos semelhantes. / The Tocantinzinho gold Deposit is located in the Tapajós Mineral Province about 200 km south of Itaituba (PA). It is a gold deposit in veins/ veinlets and disseminated, without considerable orientation, comprising stockwork style, hosted in monzogranite of ~1982 ±8 Ma. of the Creporizão Intrusive Suite. Gold is associated with sulphide disseminations, particularly pyrite. Mafic calc-alkaline dykes with basaltic composition, very altered, cut the monzogranite. Dykes of riolitic composition cut the granitic and basaltic rocks, representing the youngest igneous manifestations in the area. Petrographically, the granite has medium to coarse grained, being essentially composed of quartz, microcline, plagioclase (Ab0,88 An0,12) and biotite. It is rich in SiO2 (72%), Al2O3 (14%), K2O (5.3%) and Na2O (3.9%) and has low contents of Fe2O3t (1.7%), MgO (0.3%) and CaO (0.9%). In tectonic discrimination diagrams, it lies predominantly in the volcanic arc granite fields. The monzogranite underwent four hydrothermal alteration stages. The initial stage, refered as Early Post-magmatic Stage, began with incipient metasomatism, which caused alteration of oligoclase to albite and of orthoclase to microcline. The next phase is characterized by strong microclinization, chloritization and Au mineralization, representing the Microclinization Stage, represented by MAT-I rock group. The third stage comprises Phyllic Alteration Stage. At this stage, there is greater expression of sericitization, silicification and gold. It is the main mineralization stage. After that, a significant carbonatization and late chloritization occurred, comprising the Late Alteration Stage. Chemically, altered and mineralized varieties are very similar, although the MAT-II rocks group has higher contents of Fe2O3, MgO and CaO and lower contents of Al2O3 and K2O. Likewise, the average content of Au (7090.2 ppb) Cu (145 ppm), Pb (145 ppm), zinc (163 ppm), Bi (0.6 ppm) and Cd (1.88 ppm) is higher than in the MAT-I facies. It is observed sympathetic relationship between Au and As, Zn and Pb contents. The sulphides related to mineralization are pyrite, chalcopyrite, sphalerite, galena and altaite, in that order of abundance. Chlorite replaces primary minerals or is in veinlets associated or not to mineralization. Chemical analysis allow distinguishing chamosite (XFe = 0.60) and clinochlore (XFe = 0.45) varieties, which occur in veinlets (Chl2 and Chl3) or as a result of biotite alteration (CHL1). Fluid inclusion studies revealed that the flluids present in mineralized granite samples of Tocantinzinho deposit (MAT-I and MAT-II) are not saturated. Five different types of fluid inclusions are described. They are two-phase aqueous fluid inclusions, indicating moderate salinity fluid with a maximum of 20.14 wt% NaCl and a minimum of 0.17 wt% NaCl. Inclusions with higher Tm (ice) values show ranges from -16 °C to -2.5 °C for type I, while type IV inclusions have Tm (ice) of -0.1 °C to -3.9 °C. Th (t) reaches 432.6 °C in inclusions of type I, while type IV have the minimum Th (t) of 98.6 °C. The whole system was interpreted as H2O-NaCl. Based on chlorite geothermometer, the temperature mineralizing fluids are estimated to lie near between 289 °C to 382 °C, consistent with temperatures resulting from mixing of magmatic and hydrothermal fluids. The association between sulfides and gold can help suggest that the fluids contained dissolved sulfur species. Under such temperature and pressure conditions, the gold should have been transported predominantly as disulfide complexes. The gold deposition in the Tocantinzinho deposit may have resulted from hot early saline fluid mixture with meteoric water and/or boiling. Gold transport took place through AuCl2- or Au (HS)2-, the latter fluid being probably responsible for the main ore association recognized in the deposit (quartz + sericite + pyrite + gold). Petrographic, chemical and mineralogical characteristics, with regard to the control of mineralization and hydrothermal alteration style, in addition to the similarities with different types of deposits related to felsic magmatic, allow suggest that the Tocantinzinho Deposit is similar to porphyry gold deposit types. However, further studies are needed to better characterize the physical and chemical conditions of the mineralization and to understand the role of the monzogranite and the basalt dykes as source of metals and ligands. The obtained data, besides contributing to a better understanding of the Tocantinzinho deposit and of similar deposits in the Tapajós Mineral Province, can be used to elaborate and guide prospective models in the region and in similar Proterozoic terrains.
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Estudos de inclusões fluidas e de isótopos estáveis no depósito Moreira Gomes do campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, Província Aurífera do Tapajós, Estado do Pará

ASSUNÇÃO, Rose de Fátima Santos 29 August 2013 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2015-02-26T17:01:47Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_EstudosInclusoesFluidas.pdf: 3761378 bytes, checksum: d5c01cb5bad707e8d73d79e69f149711 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva (arosa@ufpa.br) on 2015-02-27T15:24:10Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_EstudosInclusoesFluidas.pdf: 3761378 bytes, checksum: d5c01cb5bad707e8d73d79e69f149711 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-02-27T15:24:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_EstudosInclusoesFluidas.pdf: 3761378 bytes, checksum: d5c01cb5bad707e8d73d79e69f149711 (MD5) Previous issue date: 2013 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Moreira Gomes é um dos depósitos do campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, província Aurífera do Tapajós, com recursos de 21,7 t de ouro. A zona mineralizada, com 1200 metros de comprimento, 30-50 metros de largura e, pelo menos, 400 metros de profundidade é controlada por uma estrutura subvertical de orientação E-W, associada a um sistema de falhas transcorrentes sinistrais. As rochas hospedeiras nesse depósito são predominantemente tonalitos de 1997 ± 2 Ma (Suite Intrusiva Creporizão). O estilo da alteração hidrotermal relacionado à mineralização é predominantemente fissural e localmente pervasivo. Os tipos de alteração hidrotermal são sericitização, carbonatação, cloritização, sulfetação, silicificação e epidotização, além da formação de veios de quartzo de espessuras variadas. Pirita é principal sulfeto e contém inclusões de galena, esfalerita, calcopirita e, em menor quantidade, de hessita e bismutinita. O ouro ocorre mais comumente como inclusão em cristais de pirita e, secundariamente, na forma livre em veios de quartzo. Ag, Pb e Bi foram detectados por análise semi-quantitativa como componentes das partículas de ouro. Estudo de inclusões fluidas identificou fluidos compostos por CO2 (Tipo 1), H2O-CO2-sal (Tipo 2) e H2O-sal (Tipo 3). O volátil CO2 é predominante na fase carbônica. O fluido do Tipo 2 apresenta densidade baixa a moderada, salinidade entre 1,6 e 11,8 % em peso equivalente de NaCl e foi aprisionado principalmente entre 280° e 350°C. No fluido do Tipo 3 o sistema químico pode conter a Cl2 e, talvez, MgCl2, e a salinidade varia de zero a 10,1% em peso equivalente de NaCl. Apenas localmente a salinidade atingiu 25% em peso equivalente de NaCl. Esse fluido foi aprisionado principalmente entre 120° e 220°C e foi interpretado como resultado de mistura de fluido aquoso mais quente e levemente mais salino, com fluido mais frio e diluído. Globalmente, o estudo das inclusões fluidas indica estado heterogêneo durante o aprisionamento e ocorrência de separação de fases, mistura, flutuação de pressão e reequilíbrio das inclusões durante aprisionamento. A composição isotópica do fluido em equilíbrio com minerais hidrotermais (quartzo, clorita e calcita e pirita) e de inclusões fluidas apresenta valores de δ 18 O e δD entre +0,5 e +9,8 ‰, e -49 a -8 ‰, respectivamente. Os valores de 34 S de pirita (-0,29 ‰ a 3,95 ‰) são provavelmente indicativos da presença de enxofre magmático. Pares minerais forneceram temperaturas de equilíbrio isotópico em geral concordante com as temperaturas de homogeneização de inclusões fluidas e compatíveis com as relações texturais. Os resultados isotópicos, combinados com os dados mineralógicos e de inclusões fluidas são interpretados como produto da evolução de um sistema magmático hidrotermal em três estágios. (1) Exsolução de fluido magmático aquoso e portador de CO2 entre 400°C e 320-350°C, seguido de separação de fases e precipitação principal da assembleia clorita-sericita-pirita-quartzo-ouro sob pressões menores que 2,1 kb e a 6-7 km de profundidade. (2) Resfriamento e continuação da exsolução do CO2 do fluido magmático geraram fluido aquoso, mais pobre a desprovido de CO2 e levemente mais salino, com aprisionamento dominantemente a 250°-280°C. A assembleia hidrotermal principal ainda precipitou, mas epidoto foi a principal fase nesse estágio. (3) Mistura do fluido aquoso do estágio 2, mais quente e mais salino, com um fluido aquoso mais frio e menos salino, de origem meteórica. Carbonatação está associada com esse estágio. A assembleia hidrotermal e os valores isotópicos indicam que fluido foi neutro a levemente alcalino e relativamente reduzido, que H2S (ou HS-) pode ter sido a espécie de enxofre predominante, e que Au(HS) -2 deve ter sido o complexo transportador de ouro. A deposição do ouro em Moreira Gomes ocorreu em resposta a diversos mecanismos, envolvendo a separação de fases, mistura e reações fluido-rocha. O depósito Moreira Gomes é interpretado como o produto de um sistema magmático-hidrotermal, mas não possui feições clássicas de depósitos relacionados a intrusões graníticas, tanto oxidadas como reduzidas. A idade de deposição do minério (1,86 Ga) sugere que o sistema magmático-hidrotermal pode estar relacionado com a fase final do extenso magmatismo cálcio-alcalino da Suíte Intrusiva Parauari, embora o magmatismo transicional a alcalino da Suíte Intrusiva Maloquinha não possa ser descartado. / Moreira Gomes is a recently discovered deposit (preliminary resources of 21.7 t Au) of the Cuiú-Cuiú goldfield, an importante and historical mining área of the Tapajós Gold Province, Amazonian Craton. The mineralized zone is about 1200 m long, 30-50 m wide, and is followed to at least 400 m in depth. The zone is controlled by a subvertical, east-west-trending structure that is related to a left-handed strike-slip fault system. The host rocks in the deposit are predominantly tonalites dated at 1997 ± 2 Ma that are attributed to the magmatic arc or post-collision Creporizão Intrusive Suite. Hydrothermal alteration and mineralization are predominantly of the fissure-filling type and locally pervasive. Sericitization, chloritization, sulfidation, silicification, carbonatization and epidotization are the observed alteration types. Pyrite is by far the predominant sulfide mineral and bears inclusions of chalcopyrite, galena, sphalerite and minor hesite and bismuthinite. Gold occurs predominantly as inclusions in pyrite and subordinately in the free-milling state in quartz veins. Ag, Pb and Bi have been detected by semi-quantitatiive analysis. Three types of fluid inclusions, hosted in quartz veins and veinlets, have been identified. (1) Type 1: one- and two-phase CO2 inclusions; (2) Type 2: two- and three-phase H2O-CO2-salt inclusions, and (3) Type 3: two-phase H2O-salt inclusions. CO2 is largely the predominat volatile phase in the CO2-bearing inclusions. The CO2-bearing types 1 and 2 are interpreted as the product of phase separation of an immiscible fluid. This fluid presentes low to moderate density, low to moderate salinity (1.6 to 11,8 wt.% NaCl equivalent) and was trapped chiefly at 280° to 350°C. In Type 3 fluid, the chemical system may contain CaCl2 and/or MgCl2, salinitye varies from zero to 10.1 wt.% NaCl equivalent. Only locally salinities up to 25% have been recorded. This fluid was trapped mainly between 120° and 220°C and is interpreted as resulting from mixing of a hotter and more saline aqueous fluid (in part derived from phase separation of the H2O-CO2 fluid) with a cooler and dilute aqueous fluid. As a whole, the fluid inclusions indicate phase separation, pressure fluctuations, mixing, and reequilibration during trapping. The isotopic composition of inclusion fluids and of the fluid in equilibrium with hydrothermal minerals (quartz, chlorite, and calcite) show δ18O and δD values that range from +0.5 to +9.8‰, and from -49 to -8‰, respectively. The δ34S values of pyrite (-0.29‰ to 3.95‰) are probably related to magmatic sulfur. Mineral pairs show equilibrium isotopic temperatures that are compatible with the fluid inclusion homogenization temperatures and with textural relationships of the hydrothermal minerals. Isotopic results combined with mineralogical and fluid inclusion data are interpreted to reflect a magmatic-hydrothermal system that evolved in at least three stages. (1) Exsolution of a CO2-bearing magmatic fluid between 400°C and 320-350°C and up to 2.1 kbars (6-7 km in depth) followed by phase separation and main precipitation of the hydrothermal assemblage composed of chlorite-sericite-pyrite-quartz-gold. (2) Cooling and continuous exolution of CO2 producing a CO2-depleted and slightly more saline aqueous fluid that was trapped mainly at 250°-280°C. The predominant hydrothermal assemblage of stage 1 continued to form, but epidote is the main phase at this stage. (3) Mixing of the stage 2 aqueous fluid with a cooler and dilute aqueous fluid of meteoric origin, whis was responsible for the main carbonatization phase. The composition of the hydrothermal assemblage and the fluid and isotopic composition indicate that the mineralizing fluid was neutral to slightly alkaline, relatively reduced (only locally, more oxidezed conditions have been attained, resulting in the precipitation of barite). H2S (and/or HS-) might have been the main súlfur species in the fluid and Au(HS)-2 was probably the gold transporting complex. Gold deposition occurred as a consequence of a combination of mechanisms, such as phase separation, mixing and fluid-rock interaction. The Moreira Gomes is a granite-hosted gold deposit that interpreted to be a product of a magmatic-hydrothermal gold system. The age of ore formation (~1.86 Ga) is consistent with the final stages of evolution of the widespread high-K, calc-alkaline Parauari Intrusive Suite, although the ttransitional to predominantly alkaline Maloquinha Intrusive Suite cannot be ruled out. Notwithstanding, the deposit does not show the classic features of (oxidized or reduced) intrusion-related gold deposits of Phanerozoic magmatic arcs.
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Estudos isotópicos e de inclusões fluidas no depósito central do campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, província aurífera do Tapajós, estado do Pará

ARAÚJO, Ana Claudia Sodré 09 January 2014 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2015-02-27T18:02:40Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_EstudosIsotopicosInclusoes.pdf: 5400718 bytes, checksum: 8eae84db6a618036eae606d7b618a71f (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva (arosa@ufpa.br) on 2015-03-02T12:44:19Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_EstudosIsotopicosInclusoes.pdf: 5400718 bytes, checksum: 8eae84db6a618036eae606d7b618a71f (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-02T12:44:19Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_EstudosIsotopicosInclusoes.pdf: 5400718 bytes, checksum: 8eae84db6a618036eae606d7b618a71f (MD5) Previous issue date: 2014 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Central é um depósito aurífero do campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, Província Aurífera do Tapajós, Cráton Amazônico. A zona mineralizada está hospedada em falha e compreende 800m de comprimento na direção NW-SE, seguindo o trend regional da província Tapajós, com largura entre 50 e 70m e profundidade vertical de pelo menos 450m. A mineralização está hospedada em monzogranito datado em 1984±3 Ma e atribuído à Suíte Intrusiva Parauari. Os recursos auríferos preliminarmente definidos são de 18,6t de ouro. A alteração hidrotermal é predominantemente fissural. Sericitização, cloritização, silicificação, carbonatação e sulfetação foram os tipos de alteração identificados. Pirita é o sulfeto principal e os demais sulfetos (calcopirita, esfalerita e galena) estão em fraturas ou nas bordas da pirita. O ouro preenche fraturas da pirita e análises semi-quantitativas detectaram Ag associada ao ouro. Foram identificados três tipos de inclusões fluidas hospedados em veios e vênulas de quartzo. O tipo 1 é o menos abundante e consiste em inclusões fluidas compostas por uma (CO2vapor) ou duas fases (CO2liq-CO2vapor), o tipo 2 tem abundância intermediária e é formado por inclusões fluidas compostas por duas (H2Oliq-CO2liq) ou três fases (H2Oliq-CO2liq-CO2vapor) e o tipo 3 é o mais abundante e consiste em inclusões fluidas compostas por duas fases (H2Oliq- H2Ovapor). O CO2 representa o volátil nas inclusões com CO2 e essas (tipo 1 e 2) foram geradas pelo processo de separação de fases oriundo de um fluido aquo-carbônico. A densidade global (0,33 - 0,80 g/cm³) e a salinidade (11,15 - 2,42 % em peso equivalente de NaCl) desse fluido são baixas a moderadas e a temperatura de homogeneização mostra um máximo em 340ºC. Quanto ao tipo 3, o NaCl é o principal sal, a densidade global está no intervalo de 0,65 a 1,11 g/cm³, a salinidade compreendida entre 1,16 e 13,3 % em peso equivalente de NaCl e a temperatura de homogeneização é bimodal, com picos em 120-140ºC e 180ºC. A composição isotópica das inclusões fluidas presentes no quartzo e do quartzo, calcita e clorita mostram valores de δ18O e δD de +7,8 a +13,6 ‰ e -15 a -35 ‰, respectivamente. Os valores de δ34S na pirita são de +0,5 a +4,0 ‰ e δ13C na calcita e CO2 de inclusões fluidas de -18 a -3,7 ‰. Os valores de δ18OH2O e de δDH2O no quartzo e inclusões fluidas, respectivamente, plotam no campo das águas metamórficas, com um desvio em direção à linha da água meteórica. Considerando a inexistência de evento metamórfico na região do Tapajós à época da mineralização, o sistema hidrotermal responsável pela mineralização no Central, inicialmente, deu-se a partir de fluidos aquo-carbônicos magmático-hidrotermais, exsolvidos por magma félsico relacionado com a fase mais tardia de evolução da Suíte Intrusiva Parauari. As inclusões aquo-carbônicas e carbônicas formaram-se nessa etapa, predominantemente em torno de 340°C. A contínua exsolução de fluido pelo magma levou ao empobrecimento em CO2 nas fases mais tardias e, com o resfriamento do fluido, as inclusões aquosas passaram a predominar. A partir daí o sistema pode ter interagido com água meteórica, responsável pelo aprisionamento da maior parte das inclusões aquosas de mais baixa temperatura. É possível que parte das inclusões aquosas (as de maior temperatura) represente a mistura local dos fluidos de origens distintas. Essas observações e interpretações permitem classificar Central como um depósito de ouro magmático-hidrotermal relacionado à fase final da formação da Suíte Intrusiva Parauari. / Central is a gold deposit of the Cuiú-Cuiú goldfield, located in the Tapajós Gold Province, Amazonian Craton. The deposit is hosted in a NW-SE-trending structure and the mineralized zone is followed by 800 m along the strike and 450 m along the dip, and is 50-70 m thick. The ore bodies are hosted in a monzogranite dated at 1984±3 Ma and ascribed to the Parauari Intrusive Suite. Resources are estimated in 18.6 t Au. The hydrothermal alteration is predominantly of the fissure-filling type and sericitization, chloritization, silicification, carbonatization and sulfidation are the main alteration types. Pyrite is the predominant sulfide mineral, whereas chalcopyrite, sphalerite and galena are subordinated phases occurring in fractures and rims of pyrite. Gold particles occur in fractures of pyrite and contain subordinate amounts of silver. Three types of fluid inclusions are hosted in quartz veins and veinlets. Type 1 is the least abundant and is composed of one- (CO2vapor) and two-phases (CO2liq-CO2vapor) inclusions; Type 2 comprises two- (H2Oliq-CO2liq) and three-phases (H2Oliq-CO2liq-CO2vapor) inclusions; Type 3 is the most abundant type and consists of two-phases (H2Oliq-H2Ovapor) inclusions. CO2 is the volatile phase in CO2-bearing inclusions (types 1 and 2) and these inclusions were produced by phase separation of an aqueous-carbonic fluid. The density of this fluid is low to moderate (0,33 - 0,80 g/cm³), as is the salinity (11.15 - 2.42 wt.% NaCl equiv.). The homogenization temperatures show a peak at 340ºC. Type 3 inclusions have NaCl as the main salt component, the global density varies from 0.65 to 1.11 g/cm³, and the salinity ranges from 1.16 to 13.3 wt.% NaCl equiv. The homogenization temperature shows bimodal distribution, with peaks at 120-140ºC and 180ºC. Fluid inclusion and mineral (quartz, chlorite, calcite) isotopic compositions show δ18O and δD values of +7.8 to +13.6 ‰ and -15 a -35 ‰, respectively. Pyrite shows δ34S values of +0.5 to +4.0 ‰ and δ13C values ranging from -18 to -3.7 ‰ were obtained in calcite and CO2 inclusion fluids. The fluid δ18OH2O and δDH2O values plot in the field of metamorphic waters with a weak shift towards the meteoric water line. However, considering the absence of known metamorphic event at the time of mineralization at Central, the fluids are interpreted as belonging to a magmatic-hydrothermal system. Accordingly, the aqueous-carbonic fluids were exsolved from felsic magmas related to the latest phases of evolution of the Parauari Intrusive Suite and the carbonic and aqueouscarbonic fluid inclusions were trapped in this phase, predominantly at 340°C. The continuous exsolution lead to progressive decrease in the CO2 contents of the magmas and to increasing predominance of aqueous fluids. At this time, the fluids might have interacted with meteoric waters and most of the low-temperature aqueous inclusions were trapped. It is possible that part of the aqueous fluid inclusions (those with the highest trapping temperatures) represent local mixing of the different fluid sources. These observations allow to interpret Central as a magmatic-hydrothermal gold deposit related to the final stages of evolution of the Parauari Intrusive Suite.
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Influência da atividade garimpeira na dinâmica urbana das cidades amazônicas: o caso de Itaituba/PA

SCHUBER, Eliana Souza Machado 29 November 2013 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2015-06-08T18:23:41Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_InfluenciaAtividadeGarimpeira.pdf: 2425077 bytes, checksum: f38b667b75371c9e32325c093513dc73 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva (arosa@ufpa.br) on 2015-06-09T16:45:11Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_InfluenciaAtividadeGarimpeira.pdf: 2425077 bytes, checksum: f38b667b75371c9e32325c093513dc73 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-06-09T16:45:11Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_InfluenciaAtividadeGarimpeira.pdf: 2425077 bytes, checksum: f38b667b75371c9e32325c093513dc73 (MD5) Previous issue date: 2013 / Esta pesquisa se propõe analisar a influência da atividade garimpeira sobre a formação do espaço urbano da cidade de Itaituba/PA, que possui uma posição estratégica diante a abastada Província Aurífera do Tapajós. Considera-se que a atividade garimpeira nessa região se estruturou de forma específica e diferente do extrativismo tradicional (látex), desde a instalação de garimpos manuais até a inserção de máquinas de grande porte, que ocorre atualmente nos garimpos. Parte-se da hipótese que as oscilações desta atividade imbricadas às ações intervencionistas governamentais ditaram o ritmo da dinâmica urbana de Itaituba. Inicia-se com uma análise global do processo de urbanização da Amazônia, associando à exploração dos recursos naturais, em especial dos minerais e a explotação do ouro. Desenvolve-se então uma periodização da atividade garimpeira na Província Aurífera do Tapajós, a partir da década de 60, estabelecendo os principais períodos e sub-períodos que influenciaram, de alguma forma, na dinâmica urbana da cidade. Em seguida desenvolveu-se uma visão geral das repercussões espaciais e urbanas conseqüentes atividade garimpeira em Itaituba. A pesquisa ainda considerou os processos urbanos que estão incidindo na cidade a partir da perspectiva de implantação de grandes projetos energéticos e logísticos (portuários) na região. / This research aims to analyze the influence of mining activity on the formation of urban space of the city of Itaituba/PA, which has a strategic location on the wealthy Tapajós Gold Province. It is considered that the mining activity in this region is specific and structured differently than traditional extraction (latex) from installation manual mines to the insertion of large machines, which currently occurs in the mines. Part of the hypothesis is that the oscillations of this activity intertwined with government interventionist actions dictated the pace of urban dynamics Itaituba. It begins with a comprehensive analysis of the process of urbanization of the Amazon, involving the exploitation of natural resources, particularly minerals and exploitation of gold. Then we develop a periodization of gold mining in the Tapajos Gold Province, from the 60s, establishing the main periods and sub-periods that influenced in some way in the urban dynamics of the city. Then we developed an overview of spatial and urban consequent repercussions mining activity in Itaituba. The research also considered the urban processes that are focusing on the city from the perspective of implementation of large energy and logistics (port) projects in the region.
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Geologia, geoquímica e geocronologia do magmatismo paleoproterozóico da região de Vila Riozinho, Província Aurífera do Tapajós, Cráton Amazônico

LAMARÃO, Cláudio Nery 27 September 2001 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-04-12T13:30:19Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_GeologiaGeoquimicaGeocronologia.pdf: 70010912 bytes, checksum: 246141d661634494d43810aa22911925 (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-04-12T16:20:58Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_GeologiaGeoquimicaGeocronologia.pdf: 70010912 bytes, checksum: 246141d661634494d43810aa22911925 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-12T16:20:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_GeologiaGeoquimicaGeocronologia.pdf: 70010912 bytes, checksum: 246141d661634494d43810aa22911925 (MD5) Previous issue date: 2001-09-27 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A Província Aurífera do Tapajós (PAT), situada na porção centro-meridional do Cráton Amazônico, é caracterizada pela ocorrência de extensas suítes de rochas plutônicas e vulcânicas. Muitas destas estão representadas na região de Vila Riozinho, localizada na porção nordeste da PAT, próxima ao contato entre as províncias Ventuari-Tapajós ou Tapajós-Parima e Amazônia Central. O magmatismo da porção sul da região de Vila Riozinho é representado pelas rochas vulcânicas da Formação Vila Riozinho e pelo maciço São Jorge, no qual foram individualizados os granitos São Jorge Antigo e São Jorge Jovem, além de pequenas ocorrências de granitos pórfiros. A Formação Vila Riozinho é constituída por andesitos basálticos, traquiandesitos basálticos, traquitos, riolitos, tufos e brechas com assinatura geoquímica cálcico-alcalina alto-K a shoshonítica. Datações Pb-Pb em zircão em traquitos desta unidade revelaram idades de 2004±4 Ma e 1998±3 Ma. O Granito São Jorge Antigo corresponde a maior parte do pluton São Jorge. Este é composicionalmente zonado, sendo formado por uma série expandida à base de monzodioritos a quartzo-monzodioritos nas bordas nordeste, norte e leste, monzogranitos a quartzo-monzonitos nas porções intermediária-central e leucomonzogranitos a sienogranitos no centro, correspondendo às rochas mais evoluídas do corpo. Apresenta composição metaluminosa a fracamente peraluminosa, afinidade cálcico-alcalina alto-K e características geoquímicas de granitos gerados em ambiente de arco vulcânico. Datações Pb-Pb em zircão em rochas monzograníticas forneceram idades de 1981±2 Ma e 1983±8 Ma, interpretadas como idades de cristalização do corpo. O Granito São Jorge Jovem foi identificado inicialmente em testemunhos de sondagens na área de garimpo São Jorge, sendo o hospedeiro da mineralização aurífera primária. É mineralógica e petrograficamente similar ao Granito São Jorge Antigo, porém apresenta feições geoquímicas contrastantes e idade de cristalização de 1891±3 Ma. A porção norte da região de Vila Riozinho é dominada por rochas vulcânicas efusivas e piroclásticas félsicas pertencentes à Formação Moraes Almeida, associadas ao Granito Maloquinha. A Formação Moraes Almeida é constituída predominantemente por ignimbritos com riolitos e traquitos subordinados. Os ignimbritos forneceram idade Pb-Pb em zircão de 1875±4 Ma, enquanto riolitos e traquitos de 1890±6 Ma e 1881+4 Ma, respectivamente. O Granito Maloquinha, com idade Pb-Pb em zircão de 1880±9 Ma, é formado por leuco-sienogranitos com leucomonzogranitos subordinados. Os estudos realizados mostraram que as rochas pertencentes a essas duas unidades possuem fortes similaridades petrográficas e assinaturas geoquímicas semelhantes a de granitos do tipo-A aluminosos. Tais fatos evidenciam uma ligação genética entre o Granito Maloquinha e a Formação Moraes Almeida. Além desses, foi estudado, ainda que de modo preliminar, o Granito Jardim do Ouro situado na extremidade noroeste da área. Corresponde a um anfibólio-biotita-monzogranito com idade de 1880 +3 Ma similar a do Granito Maloquinha, porém com feições mineralógicas e geoquímicas distintas deste. Os escassos dados disponíveis indicam que o Granito Jardim do Ouro diverge igualmente dos granitos São Jorge Antigo e São Jorge Jovem, por ser comparativamente mais alcalino e formado em condições menos oxidantes. Pelo menos dois tipos de granitos pórfiros foram identificados na região de Vila Riozinho. O primeiro, provavelmente mais velho, associa-se espacialmente e mostra muitas similaridades geoquímicas com a fácies anfibólio-biotita-monzogranito a quartzo-monzonito do Granito São Jorge Antigo. O segundo, ocorre no contato entre os ignimbritos da Formação Moraes Almeida e o Granito Maloquinha. Mostra uma assinatura geoquímica similar à do Granito Jardim do Ouro e à do traquito da Formação Vila Riozinho. Dois importantes períodos de intensa atividade magmática foram identificados na região de Vila Riozinho no final do Paleoproterozóico. No primeiro, compreendido entre 2010 e 1970 Ma, foram gerados a Formação Vila Riozinho e o Granito São Jorge Antigo. No segundo, situado entre 1900 e 1870 Ma, foram originados a Formação Moraes Almeida e os granitos São Jorge Jovem, Maloquinha e Jardim do Ouro. Admite-se que o magmatismo cálcico-alcalino alto potássio formado no período de 2010 a 1970 Ma teve sua origem relacionada a processos de subducção. As manifestações magmáticas que ocorreram em torno de 1,88 Ga poderiam representar uma fase tardia, ainda vinculada aos processos de subducção ou corresponder às primeiras manifestações de processos de tafrogênese que afetaram globalmente o Cráton Amazônico a partir de 1,88 Ga e se estenderam durante o Mesoproterozóico. A segunda hipótese implica admitir fontes crustais para o magmatismo e é adotada neste trabalho. / Several Paleoproteroic granitoids and two volcanic sequences were studied in the Vila Riozinho region. This region is located in the eastern area of the Tapajós Gold Province, near the border between the Tapajós and Central Amazonian tectonic provinces in the south-central part of the Amazonian craton. In the southern part of the region, it was identified the Vila Riozinho volcanic sequence composed of basaltic andesite, basaltic trachyandesite, trachyte and rhyolite, with a high-K calc-alkaline to shoshonitic geochemical signature. Pb-Pb zircon dating indicate ages of 2000 + 4 Ma and 1998 + 3 Ma for this sequence. The São Jorge granite pluton is spatially associated with this volcanic sequence. Two granitoids were distinguished in the pluton, the Old São Jorge granite, with Pb-Pb zircon ages of 1981 + 2 Ma and 1983 + 8 Ma, and the Younger São Jorge granite with an age of 1891 + 3 Ma. The Older São Jorge granite, largely dominant in the pluton, is composed of an expanded magmatic series including biotite-amphibole monzodiorite/quartz monzodiorite, amphibole-biotite monzogranite/quartz monzonite, biotite leucomonzogranite/syenogranite and granite porphyry. It has a metaluminous to mildly peraluminous character, and high-K cale-alkaline signature, similar to that of volcanic arc granitoids. The Younger São Jorge granite was initially identified in drill cores obtained in the gold mineralized area of the pluton. In that area, it corresponds to a hornblende-biotite monzogranite, but biotite leucogranites occur in the southern part of the pluton. This granite also has a high-K calc-alkaline signature, but it differs from the Older São Jorge granite in some geochemical and mineralogical aspects and it is comparatively younger. In the northern part of the Vila Riozinho region, it was identified the Moraes Almeida volcanic sequence, the Maloquinha and Jardim do Ouro granites and a granite porphyry distinct from that associated with the Older São Jorge granite. The Moraes Almeida Formation is composed of ignimbrite and rhyolite with subordinate trachyte, with Pb-Pb zircon ages of 1875 + 4 Ma, 1890 + 6 Ma and 1881 + 4 Ma, respectively. The 1880 + 9 Ma old Maloquinha granite is composed of leucosyenogranite and subordinate leucomonzogranite. This granite and the rhyolite and ignimbrite of the Moraes Almeida Formation show affinities with aluminous, A-type series. The strong petrographic and geochemical similarities between these rocks suggest that they are cogenetic. An age of 1880 + 3 Ma, similar to that of the Maloquinha grafite, was obtained for the Jardim do Ouro hornblende-biotite monzogranite. However, preliminary data indicate that it differs from the former, as well as from the Older São Jorge and Younger São Jorge granites, in petrographic and geochemical aspects. Geochemical and mineralogical data allow the distinction of two different types of grafite porphyries. The first one is spatially associated and similar to the Older São Jorge granite. The second occurs along the contact between the Maloquinha granite and the ignimbrite of the Moraes Almeida Formation and is geochemically similar to the Jardim do Ouro granite and trachyte of the Moraes Almeida Formation. The magmatic activity in the Vila Riozinho region is concentrated into two distinct periods, near the end of the Paleoproterozoic. The Vila Riozinho Formation and the Older São Jorge granite formed during the first period between 2010 and 1970 Ma. At the second period, between 1900 and 1870 Ma, the Moraes Almeida Formation, Maloquinha, Younger São Jorge and Jardim do Ouro granites were formed. The high-K calc-alkaline magmatism that was formed during the first period is probably related to subduction processes. Two hypotheses are considered to explain the diversified magmatic activity registered during the second period: (1) the different magmas could result from late tectonic activity related to the subduction processes; (2) these magmas are related to taphrogenetic processes that affected the Amazonian craton at 1.88 Ga and lasted the entire Mesoproterozoic. It implies to admit a crustal source for the magmas originated during the second period. The second hypothesis is assumed as the more plausible at this stage, but the need for additional isotopic information is emphasized.

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