Return to search

Pragmática de uma língua menor na formação em psicologia : um diário coletivo e políticas juvenis

Este estudo aborda a formação em psicologia em contexto de intervenção num projeto de extensão acadêmica. O contexto de pesquisa envolve experiências com um programa de trabalho educativo que atende jovens que cumprem medidas socioeducativa e/ou protetiva e equipes que operam essa política pública, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente. Esta demanda da comunidade, enunciada na universidade através da extensão acadêmica, diz de uma produção social contemporânea brasileira que força um encontro entre a vida destes jovens e os modos de formar-praticar psicologia neste contexto. A problematização do processo de formação em psicologia nessas práticas é construída com os conceitos de experimentação, enunciação coletiva e subjetivação, no diálogo com Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault. Ao criar um regime de visibilidade "do não saber o que fazer" que acompanha a formação e a produção de conhecimento, como paradoxo que inventa outros modos de formar-praticar psicologia, se dá também a interlocução com Jacques Rancière e sua obra "O mestre ignorante". Com a indagação filosófica e sob a orientação da pesquisa-intervenção, foi utilizada uma ferramenta metodológica construída na experiência do grupo de trabalho da psicologia (professora, bolsistas e estagiários) nessas atividades de extensão, com o uso de uma modalidade de escrita em ambiente à distância, através de listas de discussão. A relevância deste processo vincula-se diretamente a uma proposta pedagógica e metodológica própria ao contexto e objetivo do uso deste tipo de ferramenta numa experiência de formação em ensino superior orientada pelo Laboratório de Linguagem, Interação e Cognição (LELIC) da Faculdade de Educação da UFRGS. Esse modo de escrever, denominado de diário coletivo, tem como pragmática a enunciação coletiva de matérias de expressão que emergem no agenciamento de uma psicologia que inventa sua prática na relação com as micropolíticas juvenis. Com essa matéria de expressão foram produzidas cartografias de práticas institucionais e práticas de si de uma formação em psicologia orientada pelo princípio ético-estético-político. Ao cartografar o "não saber o que fazer" no processo de formar psicólogos encontra-se a potencia de um paradoxo que força o pensamento e inventa uma psicologia que forma e se forma na composição de cartografias de um língua menor da psicologia. Assim, é construído um diálogo com formulações teórico-metodológicas da psicologia brasileira que afirmam possibilidades de intervenção nas zonas de interferência da esquizo-análise. / This study approaches higher education in psychology in the context of an intervention in a higher academic extension project. The research context involves experiences with an educative work program that supports young people in fulfilling socioeducational and/or protective measures and the work groups that operates in this public policy, as praised by ECA (Child and Adolescent Statute). This community need, enunciated at the university through the academic extension program, describes a Brazilian social contemporary production that forces a meeting between the life of these young people and the ways to become and practice psychology at this field. The problematization of higher education psychology process in these practices is constructed with the concepts of experimentation, collective enunciation collective and subjectivation, in the dialogue with Gilles Deleuze, Félix Guatarri and Michel Foucault. In creating a visibility regime of "not knowing what to do", that follows the formation and production of knowledge, as a paradox that invents other ways of become and practice psychology, it gives also a interlocution with Jaques Rancière and his work "The ignorant Master". Within the philosophical question and under the intervention research orientation, it was used a methodological tool built upon the experience of the work group in psychology course (teachers, fellowship and internship students) on these extension activities, with the use of a written modality in distant environment, trough discussion lists. The relevance of this process is directly associated to a pedagogical and methodological proposal, specific to the context and aim of using this type of tool in an experience of higher education, oriented by Cognition, Interaction and Language Laboratory (CILL) of Education School of Federal University of Rio Grande do Sul. This way of writing, named collective diary, has as its pragmatic a collective enunciation of expressive materials that emerges in the assemblage of a psychology that invents its practices in the relation with youth micropolitics. With this expression material, institutional and self practice cartographies were produced, of a academic education in psychology orientated by the politic-aesthetic-ethic principle. In the act of cartograph the "not knowing what to do" in the process of academic education in psychology it finds the power of a paradox that forces the thinking and invents a psychology that educates and educates itself in the cartography composition of minor language in psychology. Thus, a dialogue is constructed with theoric-methodological formulations of Brazilian psychology that states possibilities of intervention in the interferences zones of schizoanalyses.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/16912
Date January 2009
CreatorsLazzarotto, Gislei Domingas Romanzini
ContributorsAxt, Margarete
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0037 seconds