The concern with public safety somehow defines the way of life and also the social
relationships. From medieval walled cities to contemporary gated communities, it is possible
to observe different strategies to prevent invasions, goods appropriations or even physical
violence. There also is a complete normative setting, which responds to a historical and social
time, in order to define what a crime is. In face of an event characterized as criminal there is,
at least, two perspectives to be considered, one related to the involvement and reaction of the
people directly involved and another one concerning the socio-institutional treatment of such
event, both reflecting and revealing power relations. This study assumes that the reaction to
the event is a remarkable fact and it brings revealing elements of other past events and for
future projections experience both in the individual aspect or in relation to historical and
collective elements. It considers, from the autobiographical testimony of people involved in
criminal situations, what is collective and what is historical on such experiences. The crime in
this study is considered from its institutional judgement and it brings revealing elements of a
collective history. Four different people, frequent users of the several Crime Prevention
Centers of Uberlândia, were asked to speak about their life histories, to talk about the crime
for which they are being penalized and to talk on the institutional treatment related to the
same one. The Oral Life History method was the basis for the interviews. Specialized authors
on Psycho-criminology and on Critical Psychology were the main theoretical support chosen
for the interviews analysis and reflections around the crime, subjectivity, interdisciplinarity
and also the role of the psychologist in Law and Public Safety institutions. From such
analysis, it is observed that there is a wide path redefinition of some concepts and professional
positions regarding the various elements of a crime. Among the professionals, the
psychologist, in such field, must assume the political role where he is inserted. It is concluded
that interventions in public safety rely on facts, which are not always the most significant
events for the involved individuals, and that concentrates almost all of their actions in
individual interventions, insufficient to deal with the criminal matters, which are much more
complex and involve historical and collective variables that go far beyond to the individuals
directly involved on it. / A preocupação com a segurança pública é aspecto definidor de modo de vida e de relações
sociais. É possível perceber estratégias de evitar invasões, apropriações materiais ou a
violência física na própria estruturação das cidades e na forma com que as pessoas se
relacionam desde as cidades muradas medievais até os condomínios fechados
contemporâneos. Há, no mínimo, duas perspectivas a serem consideradas diante de um
acontecimento criminal, uma relacionada ao envolvimento e reação das pessoas diretamente
envolvidas e outra que diz respeito ao tratamento social deste acontecimento e que passa por
instituições, ambas refletem e revelam relações de poder. Este estudo parte do pressuposto
que a reação ao acontecimento é fato marcante e que traz elementos reveladores de outras
vivências passadas e também para projeções de vivências futuras seja no aspecto individual,
seja em relação aos elementos históricos e coletivos. Considera, a partir da narração
autobiográfica de pessoas envolvidas em situações criminais, o que há de coletivo e histórico
nestas vivências. O crime, neste estudo, é considerado a partir de sua inscrição institucional,
no entanto, traz elementos reveladores de uma história coletiva. Quatro pessoas, usuárias dos
Centros de Prevenção à Criminalidade de Uberlândia, foram convidadas a narrar suas
histórias de vida, a falar sobre o crime pelo qual respondem pena e sobre o tratamento
institucional ao mesmo. O método de História Oral de Vida foi a base das entrevistas. Autores
em Psicocriminologia e em Psicologia Crítica foram os principais apoios teóricos escolhidos
para análise das entrevistas e reflexões acerca do crime, subjetividade, interdisciplinariedade e
do papel do psicólogo nas instituições de Direito e Segurança Pública. A partir da análise,
percebe-se que há um caminho aberto de ressignificação de alguns conceitos e posições
profissionais em criminologia, que o psicólogo, neste campo, deve assumir o papel político no
qual está inserido e ainda, conclui-se que as intervenções em segurança pública se apoiam em
fatos que nem sempre são os acontecimentos mais significativos para o sujeito, e que
concentram a quase totalidade de suas ações em intervenções individuais, insuficientes para
lidar com as questões criminais, que são muito mais complexas e envolvem variáveis
históricas e coletivas que vão muito além dos sujeitos envolvidos. / Mestre em Psicologia Aplicada
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_UFU:oai:repositorio.ufu.br:123456789/17257 |
Date | 05 February 2015 |
Creators | Buiatti, Natália Bernardes Palazzo |
Contributors | Próchno, Caio César Souza Camargo, Freire, Joyce Marly Gonçalves, Rauter, Cristina Mair Barros |
Publisher | Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-graduação em Psicologia, UFU, BR, Ciências Humanas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFU, instname:Universidade Federal de Uberlândia, instacron:UFU |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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