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Previous issue date: 2017-09-13 / The present work consisted of a study about the narratives of adolescents who practiced selfmutilation
and their subjective implications in the school context, we sought to understand
what the analyst does in school and how it is possible to develop clinical listening in
institutions through psychoanalysis applied. Self-mutilation is a phenomenon of manipulation
of the body, which involves conducts such as cutting off one's own skin, biting, beating and
burning. The behaviors of self-mutilation are usually linked to the subject's first relationships
with the ¿Other¿ and the conflict between them; from the internalization of this type of
relationship, the adolescent inflicts pain about itself. The interest in this theme was due to this
researcher acting as a school psychologist in the work with adolescents who are going
through processes of distress, family context troubled, sudden changes of routine, among
others. Our objectives were to analyze the self-mutilation of adolescents and their narratives
in the school context, to understand the place of the psychologist in the school institution, as
well as its challenges and annoyances, and to end, to characterize and reflect on the
possibilities and effects of analytical listening of adolescents in school. The concepts of
adolescence, anguish, body and clinical listening in the institution through extension
psychoanalysis guided the integrative research of literature, as well as the issues related to
school psychology and school as a space for listening and addressing adolescents in distress.
Through the non-directed interview, five female adolescents were heard in a private school in
Fortaleza. For the data analysis, the multiple case studies were used, which allowed to discuss
the responses obtained in a singular way in each case analyzed. Thus, we observe that the
adolescents approach the body as the possible one of being the mouthpiece of their anguish.
We find self-mutilation as an attempt to stabilize against malaise when, in the difficulty of
using the word resource, we resort to the act of scarification, which results in exposed marks
on the body. There was no explicit desire for death; however, adolescents sought ways to
contain their suffering through self-harm. We conclude that the school psychologist offering
clinical listening, as thought by psychoanalysis, allows that corporal experiences, especially
those called by adolescents and that produce self-mutilation, are in some way articulated to
the word as the source of production of knowledge about itself.
Keywords: Self-mutilation; Adolescence; School; Psychoanalysis. / O presente trabalho consistiu em um estudo sobre as narrativas de adolescentes que
praticaram automutilação e suas implicações subjetivas no contexto escolar. Buscou-se, com
isso entender o que faz o analista na escola e como é possível desenvolver a escuta clínica nas
instituições por meio da psicanálise aplicada. A automutilação é um fenômeno de
manipulação do corpo, que envolve condutas como cortar a própria pele, morder-se, bater-se
e queimar-se. Os comportamentos de automutilação, geralmente, estão atrelados às relações
primeiras do sujeito com o Outro e o conflito que se dá entre eles; a partir da internalização
desse tipo de relação, o adolescente inflige dor a si mesmo. O interesse por esse tema se deu
em função da pesquisadora atuar como psicóloga escolar no trabalho com adolescentes que
estão passando por processos de angústia, contexto familiar conturbado, mudanças repentinas
de rotina, entre outros. Nossos objetivos foram analisar a automutilação de adolescentes e
suas narrativas no contexto escolar, compreender o lugar do psicólogo na instituição escolar,
assim como seus desafios e incômodos, e, por fim, caracterizar e refletir sobre as
possibilidade e os efeitos da escuta analítica dos adolescentes na escola. Os conceitos de
adolescência, angústia, corpo e escuta clínica na instituição através da psicanálise em
extensão guiaram a pesquisa integrativa de literatura, bem como as questões ligadas a
psicologia escolar e a escola como espaço de escuta e endereçamento dos adolescentes em
sofrimento. Por meio da entrevista não-dirigida, escutou-se cinco adolescentes do sexo
feminino em uma escola da rede privada de Fortaleza. Para a análise dos dados, utilizou-se os
estudos de casos múltiplos, que permitiram discutir as respostas obtidas de forma singular em
cada caso analisado. Desse modo, observamos que as adolescentes abordam o corpo como
aquele possível de ser o porta-voz de sua angústia. Constatamos a automutilação como uma
tentativa de estabilização frente ao mal-estar, quando, na dificuldade de utilizar o recurso da
palavra, recorre-se ao ato da escarificação, o que resulta em marcas expostas no corpo. Não
havia um desejo explícito de morte, no entanto, as adolescentes buscavam formas de conter
seu sofrimento através da autolesão. Concluímos que o psicólogo escolar oferecendo escuta
clínica em extensão, tal qual pensada pela psicanálise, possibilita que as experiências
corporais, sobretudo as convocadas pelo adolescer e que produzem automutilação, sejam de
algum modo articuladas à palavra como fonte de produção de um saber sobre si.
Palavras-chave: Automutilação; Adolescência; Escola; Psicanálise.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.unifor.br:tede/103352 |
Date | 13 September 2017 |
Creators | Lopes, Lorena da Silva |
Contributors | Teixeira, Leônia Cavalcante, Teixeira, Leônia Cavalcante, Lima, Maria Celina Peixoto, Pereira, Caciana Linhares, Maia Filho, Osterne Nonato |
Publisher | Universidade de Fortaleza, Mestrado Em Psicologia, UNIFOR, Brasil, Centro de Ciências da Saúde |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR, instname:Universidade de Fortaleza, instacron:UNIFOR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | -8888772380865460381, 500, 500, 292441653440865123 |
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