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Previous issue date: 2012-06-15 / Introduction: The use/consumption of psychoactive substances is considered a complex phenomenon, which has biological, psychological and social origins and consequences. Objectives: Describing, analyzing and comparing socio-demographic, psychological and clinical characteristics presented by a population having a Substance Use Disorder. Casuistic and Method: A convenience sample comprising 50 adult male patients who took part in the present study were seen in a Psychosocial Attention Center Alcohol and Drugs (CAPSad) based in a medium-sized city located in São Paulo State countryside. An Identification Form containing personal and socio-demographic features, as well as a Semi-directed Interview Script, were used for people with alcohol and/or drug-related problems. Data were analyzed by means of non-parametric statistic evidences and qualitative analysis of frequency and percentage of answer category having the same semantic meaning. Results: The study group mostly comprised an adult (28-37 and 48-58 years old), negroid (62%), not engaged (72%), evangelic (44%), unemployed (59,18%) population born in areas around the target city (44,68%), with 5 to 8 years of study (42%) and a monthly family income of 3-5 minimum salaries (47,73%). 68% of these patients had been under treatment for at most a month, especially the youngest interviewed ones (18-37 years old). There has been balance between the participants directed to CAPSad and the ones who have searched for help on their own. Some of the main reasons for this search were: willingness to quit consuming, psychological and emotional problems, as well as chemical addiction. 43,18% of the patient sample were abused (esp. physically) in childhood and/or adolescence, and 74% reported having family problems involving alcohol and/or others drugs. Psychoactive substances use was a contributing factor to damages in the quality of relationship with family of origin, spouse and children. Participants reported significant changes and social repertoire and part of leisure activities was associated to the very use of substances or related activities. 76,60% declared having friends who made use of alcohol and/or other drugs. Alcohol (98%), nicotine (84%), cocaine (72%) and cannabis (72%) derivates, inhalants (48%), hallucinogens (22%) and psychotropic medicine (12%) were the most commonly consumed drugs in a lifetime found among patients. Marijuana, cocaine and crack were statistically associated to research youngest population. 64% started using substances in adolescence, mainly due to friendship, party attendance and curiosity and 38% of these youngsters already made continuous use of them in this very life stage. 66% indicated ‗group, friendship circle, friends as usage partners, 72,92% declared uninterrupted use of drugs for some days and 86% of them reported having had periods without any drug contact. The main factors encountered to relapse were loneliness, family distance, belief of being able to drink with no negative consequences, as well as of feeling fine, use willingness and pleasure and individual psychological characteristics. The most common treatments for problems with alcohol and/or other drugs were CAPSad, Hospitalization, Emergency Room, ―Alcoólicos Anônimos‖, ―Narcóticos Anônimos‖, ―Amor Exigente‖ and religion. Participants reported psychological (96%), physical (90%) and cognitive (71,92%) damages related to substance use. Conclusions: It has been observed that a great percentage of the total number of adult participants in the present study presented significant damages related to alcohol and other drugs abuse/dependence, compromising all individual s functioning areas. Although the results are not conclusive to predicting factors in childhood to drug use, considering sample characteristics varied from worse to better socioeconomics and life conditions. In adolescence, individuals with significant damages, changes and sufferings, in touch with user friends and presenting common features for abuse maintenance were predominant. We may conclude that efficient health promoting and prevention programs and more effective treatments and rehabilitation programs must take into consideration users population heterogeneity. / Introdução: Considera-se o uso de substâncias psicoativas um fenômeno complexo, com origens e consequências biológicas, psicológicas e sociais. Objetivos: Descrever, analisar e comparar características sociodemográficas, psicossociais e clínicas apresentadas por uma população com Transtornos por Uso de Substâncias. Casuística e Método: Participou da pesquisa uma amostra de conveniência com 50 pacientes adultos, sexo masculino, atendida no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad) de uma cidade de médio porte do interior do Estado de São Paulo. Foram utilizados: Ficha de Identificação, contendo características pessoais e sociodemográficas e Roteiro de Entrevista Semidirigida para pessoas com problemas relacionados ao álcool e/ou outras drogas. Os dados foram analisados por meio de provas da estatística não paramétrica e por análise qualitativa a partir de frequências e porcentagens de categorias de respostas com mesma semântica de enunciados. Resultados: Pode-se destacar uma população adulta (28-37 e 48-58 anos), negróide (62%), sem companheiro(a) (72%), com 5 a 8 anos de estudos (42%), evangélica (44%), natural da região administrativa da cidade alvo do estudo (44,68%), com renda mensal familiar de 3 a 5 salários mínimos (47,73%) e desempregada (59,18%). 68% estavam em tratamento no período de ‗até um mês , principalmente os entrevistados mais jovens da pesquisa (18-37 anos). Houve equilíbrio entre participantes que foram encaminhados ao CAPSad e os que buscaram ajuda por conta própria, sendo os principais motivos: cessar o consumo, problemas psicológicos, emocionais e dependência química. 43,18% sofreram abusos (principalmente físicos) na infância e/ou na adolescência e 74% relataram possuir familiares com problemas de álcool e/ou outras drogas. Uso de substâncias psicoativas foi um fator contribuinte para prejuízos na qualidade dos relacionamentos com família de origem, cônjuge e filhos. Os participantes referiram significativa mudança e redução do repertório social e parte das fontes de lazer esteve relacionada ao próprio uso de substâncias ou atividades afins. 76,60% relataram possuir amigos que faziam uso de álcool e/ou outras drogas. Álcool (98%), nicotina (84%), derivados de coca (72%) e de canabinóides (72%), inalantes (48%), alucinógenos (22%), medicamentos psicotrópicos (12%) foram os tipos de drogas mais consumidas durante a vida. Maconha, cocaína e crack foram associadas estatisticamente à população mais jovem da pesquisa. 64% iniciaram o uso de substâncias na adolescência, sendo os principais motivos amizades, frequência em festas e curiosidade e 38% já faziam uso contínuo nessa mesma fase da vida. 66% relataram ‗turma, amigos, colegas como companheiros de uso, 72,92% uso ininterrupto de drogas por alguns dias e 86%, períodos sem o consumo. Principais fatores relacionados à recaída foram solidão, distância dos familiares, impressão de poder beber sem consequências negativas ou de estar bem, vontade e prazer no uso e características psicológicas próprias dos entrevistados. Tratamentos mais utilizados para problemas com álcool e/ou outras drogas foram CAPSad, Internação, Pronto Socorro, Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos, Amor exigente e Religioso. 96% dos participantes relataram prejuízos psicológicos, 90% físicos, e 71,92% cognitivos, relacionados ao consumo de substâncias. Conclusões: Na vida adulta foram evidenciados, para quase a totalidade dos participantes do presente estudo, significativos prejuízos relacionados ao abuso/dependência de álcool e/ou outras drogas, em todas as áreas de funcionamento dos indivíduos. Embora os resultados não permitem evidenciar fatores considerados como preditores na infância para o início do uso de substâncias, uma vez que características da amostra foram variadas entre piores e melhores condições socioeconômicas e de vida, para a adolescência, houve predomínio de sujeitos com prejuízos relevantes, mudanças e sofrimentos, em contato com amigos usuários, demonstrando características comuns para a manutenção do abuso. Há a necessidade de programas eficazes de promoção e prevenção de saúde, tratamentos e reabilitações mais efetivos que levem em consideração a heterogeneidade da população usuária.
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Date | 15 June 2012 |
Creators | Costa, Janelise Bergamaschi Paziani |
Contributors | Valerio, Nelson Iguimar, Gorayeb, Ricardo, Luiz, Andreia Mara Angelo Gonçalves |
Publisher | Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, FAMERP, BR, Medicina Interna; Medicina e Ciências Correlatas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da FAMERP, instname:Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, instacron:FAMERP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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