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Desenvolvimento da vegetação e morfologia da foz do Amazonas-PA e rio Doce-ES durante o Quaternário tardio

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Previous issue date: 2013 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / FAPESPA - Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas / Este trabalho compara as mudanças morfológicas e vegetacionais ocorridas ao longo da zona
costeira da Ilha de Marajó, litoral amazônico, e da planície costeira do Rio Doce, sudeste do
Brasil, durante o Holoceno e Pleistoceno tardio/Holoceno, respectivamente, com foco
especificamente sobre a resposta dos manguezais para as flutuações do nível do mar e
mudanças climáticas, já identificadas em vários estudos ao longo da costa brasileira. Esta
abordagem integra datações por radiocarbono, descrição de características sedimentares,
dados de pólen, e indicadores geoquímicos orgânicos (δ13C, δ1₵N e C/N). Na planície costeira
do Rio Doce entre ~47.500 e 29.400 anos cal AP, um sistema deltaico foi desenvolvido em
resposta principalmente à diminuição do nível do mar. O aumento do nível do mar pós-glacial
causou uma incursão marinha com invasão da zona costeira, favorecendo a evolução de um
sistema estuarino/lagunar com planícies lamosas ocupadas por manguezais entre pelo menos
~7400 e ~5100 anos cal AP. Considerando a Ilha de Marajó durante o Holoceno inicial e
médio (entre ~7500 e ~3200 anos cal AP) a área de manguezal aumentou nas planícies de
maré lamosas com acúmulo de matéria orgânica estuarina/marinha. Provavelmente, isso foi
resultado da incursão marinha causada pela elevação do nível do mar pós-glacial associada a
uma subsidência tectônica da região. As condições de seca na região amazônica durante o
Holoceneo inicial e médio provocou um aumento da salinidade no estuário, que contribuiu
para a expansão do manguezal. Portanto, o efeito de subida do nível relativo do mar foi
determinante para o estabelecimento dos manguezais na sua atual posição nas regiões norte e
sudeste do Brasil. Entretanto, durante o Holoceno tardio (~3050-1880 anos cal AP) os
manguezais em ambas as regiões retrairam para pequenas áreas, com algumas delas
substituídas por vegetação de água doce. Isso foi causado pelo aumento da vazão dos rios
associada a um período mais úmido registrado na região amazônica, enquanto que na planície
costeira do Rio Doce, os manguezais encolheram em resposta a um aumento da entrada de
sedimento fluvial associado a uma queda no nível relativo do mar. / This work compares the vegetation and morphological changes occurred along the littoral of
the Marajó Island, Amazonian littoral, and the coastal plain of the Rio Doce, southeastern
Brazil, during the Holocene and late Pleistocene/Holocene, respectively, focused specifically
on the response of mangroves to sea-level fluctuations and climate change, which have been
identified in several studies along the Brazilian coast. This integrated approach combined
radiocarbon dating, description of sedimentary features, pollen data, and organic geochemical
indicators (δ13C, δ1₵N and C/N). On coastal plain of the Doce River between ~47,500 and
~29,400 cal yr BP, a deltaic system was developed in response mainly to sea-level fall. The
post-glacial sea-level rise caused a marine incursion with invasion of embayed coast and
broad valleys, and it favored the evolution of a lagoonal/estuary system with wide tidal mud
flats occupied by mangroves between at least ~7400 and ~5100 cal yr BP. Considering the
Marajó Island during the early and middle Holocene (~7500 and ~3200 cal yr BP) mangrove
area increased over tidal mud flats with accumulation of estuarine/marine organic matter. It
was a consequence of the marine incursion caused by post-glacial sea-level rise, further
driven by tectonic subsidence. Dry conditions in the Amazon region during this time led to a
rise is tidal water salinity and contributed to mangrove expansion. Therefore the effect of
relative sea-level (RSL) rise was determinant to the mangrove establishment in the
southeastern and northern region. During the late Holocene (~3050 – 1880 cal yr BP) the
mangroves in both regions were retracted to a small area, with some areas replaced by
freshwater vegetation. This was caused by the increase in river discharge associated to a wet
period recorded in the Amazon region, and considering the coastal plain of the Doce River
(southeastern Brazil), the mangroves shrank in response to an increase in fluvial sediment
input associated to a sea-level fall.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/6342
Date05 November 2013
CreatorsFRANÇA, Marlon Carlos
ContributorsCOHEN, Marcelo Cancela Lisboa, PESSENDA, Luiz Carlos Ruiz
PublisherUniversidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, UFPA, Brasil, Instituto de Geociências
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageEnglish
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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