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A ayahuasca como locus mediterraneus da Am?rica do Sul

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Previous issue date: 2015-11-04 / As religi?es da ayahuasca surgiram na Amaz?nia no inicio do s?culo XX e a partir da d?cada de 1980 come?aram a se expandir em dire??o aos grandes centros urbanos do pa?s e do mundo. Atrav?s dessa expans?o chamaram a aten??o da sociedade, principalmente em virtude de possu?rem como sacramento uma bebida com propriedades psicoativas. A suspeita desses cultos se constitu?rem em engodo para o uso e tr?fico de drogas gerou grande pol?mica e o Estado brasileiro foi instado a se pronunciar sobre a sua legalidade. Durante aproximadamente trinta anos uma ag?ncia estatal realizou pesquisas sobre esses grupos e manteve di?logo com seus lideres e fi?is, para finalmente decidir se os mesmos tinham ou n?o autoriza??o para consumir ritualmente o seu sacramento, a ayahuasca. Estudos acad?micos sobre esse fen?meno proliferaram nas mais diversas ?reas e de certa forma integraram-se a esse processo, freq?entemente por serem desenvolvidos por pesquisadores envolvidos pessoalmente com essa esfera de rela??es. Em 2010, o CONAD (Conselho Nacional de Pol?ticas sobre Drogas) publicou uma resolu??o estabelecendo par?metros deontol?gicos para dito consumo e com isso garantiu a liberdade religiosa dessas religi?es. O Brasil constituiu-se, assim, numa refer?ncia para outros pa?ses que tamb?m t?m enfrentado a quest?o do uso religioso de psicoativos inseridos no paradigma proibicionista. Trata-se, portanto, de uma importante intersec??o entre liberdade e proibi??o, onde as demandas, debates e decis?es incidentes na esfera social assumem uma causalidade atrav?s da intera??o entre o fen?meno religioso e o fen?meno pol?tico. Uma intera??o que representa deslocamentos entre fronteiras contiguas e evidencia a tensegridade das normas que definem o campo de a??o dos atores inseridos no edif?cio democr?tico. Sendo assim, seu estudo pode contribuir para o aprimoramento dessa estrutura e o melhoramento de sua atmosfera. Por meio desta pesquisa busquei discutir a forma??o da categoria ayahuasca e o lugar que a subst?ncia representada por essa categoria ocupa nas diferentes formas em que ela ? consumida. Logo, elaborei um panorama desses usos composto pelos modos de uso dos ?povos da floresta?, das religi?es da ayahuasca e da ci?ncia. Em seguida, percorri a trajet?ria da regula??o regulamenta??o da ayahuasca realizando considera??es a partir de uma discuss?o sobre as perspectivas dos estudos das religi?es no Brasil, que se detiveram na quest?o da seculariza??o e da laicidade. Esse percurso sinaliza para um clima de co-fragilidade e de co-isolamento entre pol?tica e religi?o, que procurei explorar atrav?s das narrativas de atores autodefinidos como fi?is e l?deres religiosos do Santo Daime. Finalmente, ? modo de conclus?o, considero que a ayahuasca representa no quadro analisado uma experi?ncia de deslocamento, de olhar, do corporal/mente, das institui??es das id?ias e das regras. Constituiu-se uma experi?ncia de moto cont?nuo que se manifesta como l?gica de simetriza??o entre cultura-natureza. Uma l?gica n?o novedosa, porque hologr?fica de um principio geneal?gico, ou do que Edgar Morin qualificou como auto-eco-organiza??o. Como experi?ncia de deslocamento, ? fronteira, espa?o entre terras, sert?o, locus mediterraneus. / As religi?es da ayahuasca surgiram na Amaz?nia no inicio do s?culo XX e a partir da d?cada de 1980 come?aram a se expandir em dire??o aos grandes centros urbanos do pa?s e do mundo. Atrav?s dessa expans?o chamaram a aten??o da sociedade, principalmente em virtude de possu?rem como sacramento uma bebida com propriedades psicoativas. A suspeita desses cultos se constitu?rem em engodo para o uso e tr?fico de drogas gerou grande pol?mica e o Estado brasileiro foi instado a se pronunciar sobre a sua legalidade. Durante aproximadamente trinta anos uma ag?ncia estatal realizou pesquisas sobre esses grupos e manteve di?logo com seus lideres e fi?is, para finalmente decidir se os mesmos tinham ou n?o autoriza??o para consumir ritualmente o seu sacramento, a ayahuasca. Estudos acad?micos sobre esse fen?meno proliferaram nas mais diversas ?reas e de certa forma integraram-se a esse processo, freq?entemente por serem desenvolvidos por pesquisadores envolvidos pessoalmente com essa esfera de rela??es. Em 2010, o CONAD (Conselho Nacional de Pol?ticas sobre Drogas) publicou uma resolu??o estabelecendo par?metros deontol?gicos para dito consumo e com isso garantiu a liberdade religiosa dessas religi?es. O Brasil constituiu-se, assim, numa refer?ncia para outros pa?ses que tamb?m t?m enfrentado a quest?o do uso religioso de psicoativos inseridos no paradigma proibicionista. Trata-se, portanto, de uma importante intersec??o entre liberdade e proibi??o, onde as demandas, debates e decis?es incidentes na esfera social assumem uma causalidade atrav?s da intera??o entre o fen?meno religioso e o fen?meno pol?tico. Uma intera??o que representa deslocamentos entre fronteiras contiguas e evidencia a tensegridade das normas que definem o campo de a??o dos atores inseridos no edif?cio democr?tico. Sendo assim, seu estudo pode contribuir para o aprimoramento dessa estrutura e o melhoramento de sua atmosfera. Por meio desta pesquisa busquei discutir a forma??o da categoria ayahuasca e o lugar que a subst?ncia representada por essa categoria ocupa nas diferentes formas em que ela ? consumida. Logo, elaborei um panorama desses usos composto pelos modos de uso dos ?povos da floresta?, das religi?es da ayahuasca e da ci?ncia. Em seguida, percorri a trajet?ria da regula??o regulamenta??o da ayahuasca realizando considera??es a partir de uma discuss?o sobre as perspectivas dos estudos das religi?es no Brasil, que se detiveram na quest?o da seculariza??o e da laicidade. Esse percurso sinaliza para um clima de co-fragilidade e de co-isolamento entre pol?tica e religi?o, que procurei explorar atrav?s das narrativas de atores autodefinidos como fi?is e l?deres religiosos do Santo Daime. Finalmente, ? modo de conclus?o, considero que a ayahuasca representa no quadro analisado uma experi?ncia de deslocamento, de olhar, do corporal/mente, das institui??es das id?ias e das regras. Constituiu-se uma experi?ncia de moto cont?nuo que se manifesta como l?gica de simetriza??o entre cultura-natureza. Uma l?gica n?o novedosa, porque hologr?fica de um principio geneal?gico, ou do que Edgar Morin qualificou como auto-eco-organiza??o. Como experi?ncia de deslocamento, ? fronteira, espa?o entre terras, sert?o, locus mediterraneus.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufrn.br:123456789/22828
Date04 November 2015
CreatorsCosta, Jana?na Alexandra Capistrano da
Contributors94678766804, Costa, Joao Bosco Araujo da, 49516671772, Silva, Leilane Assuncao da, 01082465402, Oliveira, Gustavo Gilson Sousa de, 02308889411, Silva, Vanderlan Francisco da, 89391730400, Lopes Junior, Orivaldo Pimentel
PublisherPROGRAMA DE P?S-GRADUA??O EM CI?NCIAS SOCIAIS, UFRN, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFRN, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte, instacron:UFRN
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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