Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção / Made available in DSpace on 2012-10-22T01:23:06Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / A deficiência é uma das principais causas de exclusão social no mundo por impedir as pessoas de terem uma vida produtiva. Segundo o Censo de 2000, cerca de 24,5 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência. Apesar dessa elevada incidência, apenas 2% da população brasileira recebem algum tipo de assistência. Um dos principais serviços oferecidos pelo Estado a esse contingente de pessoas é o serviço de reabilitação profissional da Previdência Social. Como país membro da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil utiliza o modelo de reabilitação comunitária, proposto pela ONU e baseado na comunidade, que prega uma prática reabilitadora humanizada e contextualizada. Contudo, os relatórios da ONU apontam para uma prática apenas geograficamente descentralizada. O equívoco da ONU resultou do uso extensivo do conhecimento essencialmente racionalista, gerado no período entre e pós-guerra, por outras ciências, como as ciências humanas e da saúde. Ao colocar o homem na condição funcional e comportamental de máquina, a Ciência Biomédica reduziu a pessoa portadora de deficiência a um corpo e tornou a reabilitação capaz de explicar esse homem (corpo) em todas as suas dimensões. A reabilitação passou a representar a possibilidade de corrigir essa anormalidade. A conseqüência disso foi que, além de destituir a pessoa portadora de deficiência de sua natureza multidimensional, a Ciência Biomédica reduziu a prática reabilitadora a um conjunto de procedimentos técnicos padronizados. O que esta tese propõe é romper com essa prática reabilitadora reducionista, que destitui a pessoa portadora de deficiência de toda a sua complexidade. Para tanto, demonstrou-se que a deficiência é um fenômeno complexo, de origem fisiopatológica, mas também social, e que suas repercussões geram problemas igualmente complexos, sistêmicos. Para contemplar essa complexidade, concebeu-se a reabilitação profissional como um Sistema Dinâmico, condição imposta pelas próprias características da reabilitação como atividade produtiva, um "serviço profissional especializado", o que, por sua vez, implicou romper com o paradigma científico dominante na área de reabilitação # o racionalista # para se instituir o paradigma da complexidade, mudança paradigmática que exigiu uma prática transdisciplinar.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/87744 |
Date | January 2004 |
Creators | Berndt, Angélia |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Pereira, Vera Lucia Duarte do Valle |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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