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Previous issue date: 2004 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo parte de uma situação-problema constituída pela dificuldade do diagnóstico
diferencial e limitações de critérios clínicos e laboratoriais para retratamento por recidiva em
hanseníase e consistiu em uma abordagem clínica e epidemiológica, do retratamento.
Analisaram-se os fatores de risco dos pacientes reintroduzidos nos esquemas para tratamento
da hanseníase casos - comparando-se com os que foram tratados no mesmo ano-diagnóstico
dos casos e que não foram reintroduzidos nos esquemas terapêuticos controles - nas
unidades de referência em hanseníase, no município de Recife. Através do estudo
retrospectivo de caso-controle foram estudados 310 pacientes com diagnóstico de hanseníase,
sendo 155 casos e 155 controles, levantados de banco de dados secundários e validados com
os prontuários nas unidades de referência, quando foram procurados fatores de risco
associados ao retratamento. Foram estimados odds ratio brutos e ajustado, intervalo de
confiança e valores de p da associação de retratamento em hanseníase com as variáveis
independentes. Em seguida, as variáveis selecionadas na análise multivariada em cada um
delas foram controladas pelo efeito daquelas selecionadas nas demais. Não foi encontrada
diferença significativa entre os grupos (p > 0,05) na distribuição por faixa etária, sexo, forma
clínica, tempo para iniciar tratamento, índice baciloscópico inicial, esquema terapêutico,
regularidade ao tratamento e critério de alta. Houve diferença significativa entre os grupos, na
ocorrência de reação após término do tratamento, tendo o grupo de pacientes retratados
apresentado aproximadamente três vezes mais reação que o grupo controle OR = 3,09; ICor
(1,70; 5,64). Houve também diferença significativa com relação ao índice baciloscopico final
observando-se que os controles em sua maioria apresentam esse índice negativo (80,4%),
constituindo um fator protetor para o retratamento e os que apresentavam esse índice ≥ 1
tinham seis vezes maior probabilidade de serem retratados OR = 6,64 IC (1,55; 32,62). A
condição de ser comunicante com portadores de hanseníase representa um risco de
aproximadamente duas vezes de serem retrados em relação ao grupo controle OR = 1,90 IC
(1,04; 3,49). Esse estudo sugere que a reação após o tratamento, condição de comunicante de
portadores de hanseníase e a conclusão do tratamento com índice baciloscópico final maior ou
igual a um, podem se constituir fatores de risco para o retratamento em hanseníase. Os
resultados encontrados apontam para a necessidade de se monitorizar o seguimento após alta
terapêutica, com acompanhamento clínico e laboratorial temporário, principalmente no grupo
com reação após alta, constituindo como um grupo prioritário de vigilância epidemiológica,
no âmbito dos serviços de saúde
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7369 |
Date | January 2004 |
Creators | BRITO, Maria de Fátima de Medeiros |
Contributors | XIMENES, Ricardo Arraes de Alencar |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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