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Representações da modernidade fluminense em textos literários de Machado de Assis e Lima Barreto

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Previous issue date: 2017-03-09 / Não recebi financiamento / The present work analyzes the representations of the city Rio de Janeiro in literary texts of Machado de Assis and Lima Barreto. This study determines the type of evaluation that these writers made of the modern aspects of the capital of Rio de Janeiro. The chronological framework is between the last two decades of the nineteenth century and the first years of the twentieth century. The initial assumption of the research considered these writers as skilled observers of the social environment in which they lived. Another presupposition is that the nineteenth-century literature constitutes an important collection of visions about the urban (both in Europe and in Brazil). Thus, Machado de Assis and Lima Barreto are analysts of urban life in Rio. The basic unit of research analysis is the category of representation. Its application is through the methodology of selection of texts from the set of complete works for further analysis. The detailed reading of fragments is done in order to identify images and allusions concerning the urban universe. The analysis carried out demonstrates the existence of representations of sociability and urban sensibility in the literature of the mentioned writers. The novels “Esau e Jacó” and “Triste fim de Policarpo Quaresma” bear a set of representations about Rio de Janeiro that describe the way of life of a capital during the period that was designated to call like “Belle Époque”. The city is represented as the political and cultural center of the country. This work disputes the notion that the mentions to Rio de Janeiro in the literature of Machado are mere scenographies. The detailed study of the tales “Uns braços”, “Missa do galo”, “A cartomante”, “A causa secreta” reveals the kind of understanding that Machado de Assis developed on indeterminacy in everyday life: Rio is presented as a complex city In which the characters often encounter several lines resulting from the flow of everyday events. In Barreto's literature, the appearance / essence tension and social exclusion explain the representations of the city as a permanent estrangement from European to African culture. The study of the tales “Um e outro”, “O homem que sabia javanês”, “Cló”, “O filho de Gabriela” reveals the kind of understanding that Lima Barreto developed about the insulation of modern life: Rio is presented as a city empty of a common cultural heritage. The general considerations of this work establish that the literary images of the city of Rio de Janeiro make up a system of representations whose effect is to bring Rio de Janeiro's capital closer to European cities. Westernizing, modernizing, and liberal traits were emphasized to cover up the archaic, rural, and colonial dimensions of the country. In this way, the valorization of “europeidade” allowed the intellectual and dominant groups to identify with the European way of life. Machado de Assis and Lima Barreto, however, deconstructed these imagery through ironic and critical expressions, exposing the contradictions of urban life in Rio. Thus, the representations of Rio de Janeiro in the literature of both tended to show indetermination and estrangement as typical features of modern life in Rio. / O presente trabalho analisa as representações da cidade Rio de Janeiro em textos literários de Machado de Assis e Lima Barreto. Este estudo investigou o tipo de representação que estes escritores fizeram dos aspectos modernos da capital fluminense. O marco cronológico se situa entre as últimas duas décadas do século XIX e os primeiros anos do século XX. O pressuposto inicial da pesquisa considerou esses escritores como observadores qualificados no ambiente social em que viveram. Outro pressuposto é que a literatura oitocentista constitui-se em importante acervo das visões sobre o urbano (tanto na Europa quanto no Brasil). Desse modo, Machado de Assis e Lima Barreto são analistas da vida citadina fluminense. A unidade básica de análise da pesquisa é a categoria de representação. Sua aplicação deu-se através da metodologia de seleção de textos do conjunto das obras completas para posterior análise. A leitura minuciosa dos textos literários escolhidos ocorreu de modo a identificar imagens e alusões concernentes ao universo urbano, de modo a demonstrar a existência de representações da sociabilidade e sensibilidade urbana na literatura dos escritores citados. Os romances Esaú e Jacó e Triste fim de Policarpo Quaresma comportam um conjunto de representações acerca do Rio de Janeiro que descrevem o modo de vida de uma capital durante o período em que se convencionou nomear Belle Époque. A cidade é representada como centro político e cultural do país. Este trabalho contesta a noção de que as menções ao Rio de Janeiro na literatura machadiana são meras cenografias. O estudo detalhado dos contos “Uns braços”, “Missa do Galo”, “A cartomante”, “A causa secreta” revela o tipo de compreensão que Machado de Assis desenvolveu sobre a indeterminação na vida cotidiana: o Rio é apresentado como cidade complexa na qual os personagens se deparam frequentemente com várias linhas resultantes do fluxo de acontecimentos cotidianos. Já na literatura barretiana a tensão aparência/essência e a exclusão social explicam as representações da cidade como um permanente estranhamento da cultura europeia para com a africana. O estudo dos contos “Um e outro”, “O homem que sabia javanês”, “Cló”, “O filho de Gabriela” revela o tipo de compreensão que Lima Barreto desenvolveu acerca do insulamento gerado pela vida moderna: o Rio é apresentado como cidade destituída de um patrimônio cultural comum. As considerações gerais deste trabalho estabelecem que as imagens literárias da cidade do Rio de Janeiro perfazem um sistema de representações cujo efeito é o de aproximar a capital fluminense das cidades europeias. Traços ocidentalizantes, modernizantes e liberais eram realçados para encobrir as dimensões arcaicas, rurais e coloniais do país. Desse modo, a valorização da europeidade possibilitou que grupos intelectualizados e dominantes se identificassem com o modo de vida europeu. Machado de Assis e Lima Barreto, no entanto, desconstruíram esses imaginários através de expressões irônicas e críticas ao expor as contradições da vida urbana fluminense. Desse modo, as representações do Rio de Janeiro na literatura de ambos tenderam a mostrar a indeterminação e o estranhamento como traços típicos da vida moderna fluminense.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/8827
Date09 March 2017
CreatorsRodrigues, Davidson de Oliveira
ContributorsPellegrini, Tânia
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Câmpus São Carlos, Programa de Pós-graduação em Sociologia, UFSCar
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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