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Previous issue date: 2015 / Os efeitos de um desastre sobre a saúde se manifestam tanto no físico, quanto no mental e no social. Tradicionalmente, os aspectos emergenciais mais abordados e priorizados em um desastre são: a atenção médica imediata, aspectos de infraestrutura local, aspectos de saneamento básico e o risco de uma epidemia, pouco falando-se sobre os aspectos simbólicos e seus ecos na dinâmica de uma vida em comunidade. Recentemente, a atenção psicossocial vem ganhando espaço na assistência dada em eventos catastróficos. Sendo assim, faz-se necessário discutir a atuação dos profissionais, em destaque aqui o psicólogo e suas técnicas. Em janeiro de 2011, o Brasil vivenciou um dos mais impactantes eventos extremos de sua história: a catástrofe serrana, na qual enchentes e deslizamentos de terra atingiram milhares de pessoas. Este evento até hoje gera desdobramentos políticos, sociais e econômicos para o país, reestruturando instituições e campos de atuação e formação voltados para o agir em competência nos desastres. Buscamos identificar as instituições, suas normas e ações que sustentaram o suporte psicológico aos afetados na cidade de Teresópolis por pelo menos um ano após a tragédia, na perspectiva de contribuir para a atenção psicossocial. Em nossos resultados, observamos que a Psicologia em Emergências e Desastres (PED) possui no país uma predominância da abordagem cognitivista. Poucas interações foram observadas entre a Cruz Vermelha, a Associação de Vítimas, a Secretaria Municipal de Saúde de Teresópolis e os Médicos Sem Fronteiras no município de Teresópolis. / Nas considerações finais apontamos que para dar conta desta demanda social e política, a Psicologia em Emergências e Desastres precisa fazer parte dos currículos de formação, na qual as discussões sobre saúde e direito integrantem e fundamentem essa abordagem. É essencial que a psicologia se debruce sobre modos de enfrentamento dos desastres, que contemplem o controle social e público na criação de políticas de prevenção. Uma aposta na potencialização do exercício da cidadania por esses grupos, sem considerar o sofrimento dos afetados como algo crônico e medicalizante, ou mesmo assumir uma postura assistencialista.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.arca.fiocruz.br:icict/13792 |
Date | January 2015 |
Creators | Benevides, Lúcia Rios da Silva |
Contributors | Oliveira, Simone Santos Silva |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ, instname:Fundação Oswaldo Cruz, instacron:FIOCRUZ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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