Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado Profissional) da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva. / Introdução: O Diabetes Mellitus é uma condição de saúde que demanda acompanhamento e requer estratégias que reduzam a ocorrência de múltiplos fatores de risco além do controle da glicemia. É compreendido como epidemia, traduzindo-se em grande desafio para os sistemas de Saúde Pública, pois, sua incidência global aumentou 12 vezes nos últimos 30 anos (sendo mais associada ao tipo 2). Por outro lado, a Síndrome Metabólica é definida como um grupo de fatores de risco relacionados ao sistema cardiovascular e ao Diabetes, e, apesar de recente e ainda pouco diagnosticada na prática clínica, sua prevalência é de 20,0% a 25,0% da população adulta mundial. Objetivo: Avaliar a prevalência de Síndrome Metabólica em indivíduos com Diabetes Mellitus tipo 2 por meio de uma Revisão Sistemática e Metanálise. Métodos: Revisão Sistemática e Metanálise de estudos observacionais. A estratégia de busca foi realizada fazendo-se uma pesquisa exaustiva nas bases de dados Medline, Lilacs, Embase (e correlatas), bem como na Literatura Cinza. A metanálise foi desenvolvida no software R 3.1.1. A qualidade dos estudos foi avaliada pelo protocolo Newcastle-Ottawa Scale. Análises de sensibilidade e meta-regressão foram realizadas para identificar as fontes de heterogeneidade. A avaliação do viés de publicação foi realizada por meio do Teste de Begg e gráficos de funil. Resultados: Foram incluídos na metanálise 205 estudos primários que totalizaram 181.652 indivíduos com Diabetes Mellitus tipo 2. A prevalência média global foi de 69,39% (IC 95%: 67,31%-71,39%; I2=98,8%), variando de 12,29% (IC 95%: 10,31%-14,49%) a 96,00% (IC 95%: 79,65%-99,9%). Nas análises de sensibilidade houve diferença na prevalência média por continente, considerada estatisticamente significativa (p<0,0001), no entanto, a heterogeneidade se manteve alta. A prevalência média foi menor no continente Africano (62,71%; IC 95%: 52,63%-71,79%; I2=98,1%) e maior nas Américas (77,90%; IC 95%: 69,57%-84,46%; I2=99,0%). A análise de meta-regressão não encontrou evidências de que os cofatores analisados representassem a causa da heterogeneidade observada. A distribuição aproximadamente simétrica dos pontos no gráfico de funil sugeriu ausência de viés de publicação que foi confirmada pelo teste de Begg (p=0,1299). Conclusão: Mediante metanálise apresentada, pode-se concluir que a prevalência de Síndrome Metabólica em indivíduos com Diabetes Mellitus Tipo 2 foi alta, independentemente da localização geográfica e demais cofatores considerados. Houve heterogeneidade entre os estudos e, portanto, recomenda-se que os dados aqui apresentados sejam interpretados com cautela. Enfatiza-se a importância da padronização dos critérios utilizados na caracterização da Síndrome Metabólica de forma a garantir melhor qualidade metodológica em pesquisas futuras. Considerando os resultados dessa Revisão Sistemática, sugerem-se mais ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da Síndrome Metabólica associada a outras doenças como o Diabetes Mellitus Tipo 2.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unesc.net:1/5190 |
Date | January 2017 |
Creators | Garcia, Abigail Lopes |
Contributors | Perry, Ingrid Dalira Schweigert, Simões, Priscyla Waleska Targino de Azevedo |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNESC, instname:UNESC, instacron:UNESC |
Coverage | Universidade do Extremo Sul Catarinense |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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