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Previous issue date: 2010-09-24 / O ser humano é social. Esse comentário quase clichê chama atenção para a importância das relações interpessoais para a constituição do individuo. Portanto, a limitação nos relacionamentos interpessoais causaria grande sofrimento e conseqüentemente, solidão. Os estudos sobre o fenômeno apresentam a solidão como um sentimento desagradável em virtude de relações indesejáveis ou deficientes. Além disto, a solidão pode ocorrer tanto na presença quanto na ausência de pessoas. Apesar da representação da solidão como algo ruim, esta experiência também pode ser considerada como positiva, neste caso, trata-se da solitude. A solidão é uma experiência específica para cada pessoa a partir de seus aspectos sócio-culturais e ambientais. As transformações dos papéis femininos, como a inserção no mundo do trabalho, por exemplo, podem ter ampliado a rede social das mulheres e deslocado, seus interesses, para além de maridos e filhos. Ainda assim, o peso sócio-cultural da solidão parece ser maior sobre as mulheres. Este trabalho tem como objetivo investigar a experiência da solidão para mulheres brasileiras e mexicanas nos relacionamentos interpessoais: amizade, relacionamento romântico e família. Para isto, pretendemos: (a) analisar a experiência da solidão em seus aspectos sociais e emocionais; (b) relacionar os diferentes tipos de relacionamentos interpessoais e a experiência de solidão; (c) analisar as estratégias de enfrentamento da solidão; (d) analisar a importância da solitude e suas conseqüências para os relacionamentos interpessoais. A solidão é um fenômeno complexo e multidimensional, diante disto, a perspectiva dialética de Hinde sobre os relacionamentos interpessoais orientam a nossa análise. Nosso material são relatos de brasileiras e mexicanas a respeito da solidão em relação aos amigos, a solidão no relacionamento romântico, a solidão na família e as estratégias de enfrentamento deste período, além disto, as participantes escreverem sobre os momentos em que buscam estar sozinhas e a importância disto e preencheram um quadro avaliativo sobre suas redes de relacionamentos significativos. Participaram da pesquisa 30 pessoas, 15 brasileiras e 15 mexicanas, entre 25 e 40 anos, inscritas em cursos de pós-graduação. Toda a coleta foi realizada via correio eletrônico. Os dados demonstram que a solidão faz parte dos tipos de relacionamentos pesquisados e tem significados diversos de acordo com a relação e o contexto em que ocorre. Algumas limitações nos relacionamentos interpessoais são apontadas. As participantes utilizam de diferentes estratégias de enfrentamento da solidão. A solitude também faz parte dos relacionamentos interpessoais. A análise procura lançar um olhar sobre a solidão feminina e propor um modelo de compreensão do fenômeno.
Palavras-chave: Solidão. Solidão Feminina. Solitude. Relacionamentos Interpessoais. Pesquisa Trans-Cultural.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/3125 |
Date | 24 September 2010 |
Creators | DORNELAS, K. C. A. |
Contributors | GARCIA, A. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Doutorado em Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | text |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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