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Previous issue date: 2016 / The Psychoanalysis has contributed significantly for the transformation of the treatment conditions and for the questioning regarding to the place that the subject occupies the spaces offered by the public health system. The non-dogmatic character of its theory, as well as the ethics of its intervention, enables the Psychoanalysis insertion in these contexts. This study aims, therefore, to meet the real contributions, challenges, and Psychoanalysis barriers in the public health intervention, so that this subject has, effectively, a becoming in the health field. Thus, this thesis has three sections, one theoretical and two empirical. The theoretical section, entitled “The notion of psychopathology: developments in a heterogeneity field”, aimed to inquire the several notions about psychopathology throughout History, exploring different ways to treat them and the consequences of such concepts in therapies. The mythical-religious conceptions, the anatomo-physiological, as well as the understandings that embrace the subjectivity dimension permeated this thesis. Nowadays, it is possible to notice a return on appreciating organicist explanations and on medicalization as main front therapy to psychiatric diseases. Then, it is necessary to redeem the own terms of Psychoanalysis and its ethic of prioritizing the singular subject’s speech in order to create possibilities of autonomy and freedom. The first empirical section, named “The creative power of Psychoanalysis at work with different public health subjects” experiences from their daily work in public health institutions.Accessing and discovering the impasses in this professional practice were the aims in this thesis, as well as the labor resources, which foment and ensure the specificity and the accuracy of this unique way to comprehend and intervene in human phenomena. Therefore, it interviewed ten psychoanalysts, individually, working in public health, in the mental health field. By using the Content Analysis (CA) technique (Bardin, 1992; Moraes, 1999), it was possible to analyze, qualitatively, the findings of this study. This method, in its a posteriori model, enabled the creation of three Final Considerations: Adaptation X Creation: challenges to Psychoanalysis in the heterogeneous field of public health; Health Staff - continent of otherness repercussions in doing ethical in public health; Apart from the protocol – the insistence of subjectivity in public health. It was viable to conclude that the practice of Psychoanalysis is not restricted to private clinic, being able to extrapolate their interventional contexts to other areas that deal with the human suffering. Thus, it confirms the pertinence and relevance of the contributions derived from the complexity of the conceptual and technical Psychoanalysis field in the public health context. The inclusion in Public Health System - SUS involves a create-action that, to oppose a simple adaptation, demands a constant opening to renew the daily practice, anchored in the ethical notion that guides the listening of the subject of Unconscious. In the second empirical section, “Integrality and Humanization in Public Health – challenges and possibilities from the Psychoanalysis perspective”, it utilized the materials derived from interviews with four participants who were active. Each participant acted in different spheres of SUS, considering the management and primary, secondary and tertiary attention.From the concepts of Integrality and Humanization, it sought questioning how these two elements exist in the psychoanalysts’ practice. Using the a priori CA technique (Bardin, 1992) in the interviews, allowed the development of two predefined categories: The Integrality as a rescue for the subject beyond the organism and Humanization: the challenge of the other’s role. It was evident that Psychoanalysis seeks to displace the look to the suffering of others, whether the user, technician or manager that condemn a mere repetition of the same. The psychoanalytic tools can foster dialogue and creation among different knowledge. In order that, in their practices in public health, the prominence and humanization are drivers of the effective rescue of subject’s uniqueness and of their right to stand as such. / A Psicanálise vem contribuindo para as transformações das condições de tratamento e da problematização referente ao lugar que o sujeito ocupa nos dispositivos ofertados pela rede de saúde pública. A inserção da Psicanálise nestes contextos é oportunizada pelo caráter de não dogmatismo de sua teoria, bem como pela ética de sua intervenção. Este estudo tem por objetivo, portanto, conhecer as reais contribuições, desafios e entraves da Psicanálise enquanto intervenção na saúde pública, a fim de que a Psicanálise tenha, efetivamente, um devir na esfera da saúde. Sendo assim, esta Tese está organizada em três seções, sendo uma de cunho teórico e duas de cunho empírico. A primeira seção teórica, nomeada “A noção de psicopatologia: desdobramentos em um campo de heterogeneidades” objetivou problematizar as diversas noções de psicopatologia ao longo da história da humanidade, explorando as distintas formas de tratá-las e as consequências de tais concepções nas terapêuticas empregadas. Perpassaram-se as concepções mítico-religiosas, as anatomo-fisiológicas, bem como as compreensões que abarcam a dimensão da subjetividade. Diante da constatação contemporânea de um retorno à valorização das explicações de cunho organicista e da medicalização como terapêutica principal frente às patologias psíquicas, se sustenta a Psicanálise e sua ética de priorizar a fala de um sujeito singular na construção de suas possibilidades de autonomia e liberdade. A segunda seção se trata de um estudo empírico, nomeado “A potência criativa da Psicanálise frente aos impasses e desafios na saúde pública”, que teve o objetivo de conhecer a experiência de psicanalistas no cotidiano de seu trabalho na saúde pública.Foi investigado em profundidade as experiências de trabalho de psicanalistas em instituições públicas de saúde a fim de acessar e desvelar os recursos laborais que fomentam e garantem a especificidade e o rigor desta singular forma de compreensão e intervenção nos fenômenos humanos. Para tanto, foram entrevistados, individualmente, dez psicanalistas que atuam na saúde pública, no campo da saúde mental. Os achados do estudo foram analisados qualitativamente, mediante a técnica de Análise de Conteúdo - AC (Bardin, 1992; Moraes, 1999). Foram criadas, pelo método a posteriori da AC, três categorias finais: Adaptação X Criação: desafios à Psicanálise no heterogêneo campo da saúde pública; Equipe de Saúde - continente de repercussões alteritárias do fazer ético em saúde pública; Para além do protocolo - a insistência da subjetividade na saúde pública. Concluiu-se que a prática da Psicanálise não se restringe à clínica privada, podendo extrapolar seus contextos interventivos para outras esferas que lidem com o padecimento humano, constatando a pertinência e relevância das contribuições derivadas da complexidade do campo conceitual e técnico da Psicanálise no contexto da saúde pública. A inserção no Sistema Único de Saúde - SUS envolve uma cria-ação que, ao se opor a uma simples adaptação, exige uma constante abertura à renovação na prática cotidiana, ancorada na noção de ética que orienta a escuta ao sujeito de Inconsciente. Na segunda seção empírica, intitulada “Integralidade e Humanização na Saúde Pública – desafios e possibilidades sob a ótica da Psicanálise”, optou-se por trabalhar o material oriundo de entrevistas realizadas com quatro participantes que atuavam, cada um deles, em diferentes esferas do SUS, contemplando a gestão e as atenções primária, secundária e terciária.A partir dos conceitos de Integralidade e de Humanização, buscou-se problematizar como estes dois elementos se fazem presentes na prática dos psicanalistas. As entrevistas foram trabalhadas por meio da AC a priori (Bardin, 1992), tendo duas categorias previamente definidas: A Integralidade como resgate de um sujeito além do organismo e Humanização: o desafio do protagonismo do outro. Evidenciou-se que a Psicanálise busca desacomodar o olhar para o sofrimento alheio, seja do usuário, do técnico ou do gestor, que condene a uma mera repetição do mesmo. As ferramentas psicanalíticas podem fomentar o diálogo e a criação entre diferentes saberes a fim de que, em suas práticas em saúde pública, o protagonismo e a humanização sejam ordenadores do efetivo resgate da singularidade do sujeito e de seu direito a enunciar-se como tal.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/7956 |
Date | January 2016 |
Creators | Silva, Fernanda Cesa Ferreira da |
Contributors | Macedo, Mônica Medeiros Kother |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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