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Reinternações psiquiátricas: análise das características sociodemográficas, clínicas e do uso da rede de atenção psicossocial de usuários com transtornos mentais

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Previous issue date: 2016 / In this study, we aim to analyze psychiatric readmissions regarding sociodemographic, clinic, and use of Network for Psychosocial Care data of individuals with mental disorders. We carried out two studies; the first is a critical literature review using systematic review as method, in order to analyze papers published in the last five years having “psychiatric readmission” as the main topic. We intended to get familiar with the criteria used to define what psychiatric readmission is, and to analyze associated factors. From the research on PubMed, BVS, PsycInfo databases, we selected 26 papers. Literature analysis shows the existence of various frequent readmission criteria, and, thus, different described prevalence. The associations among these readmissions with sociodemographic and clinic variables, and network psychosocial care data showed contradictory results at times, which might be associated to the studies methodological differences. The second study is empirical, with a cross-sectional design, and a sample of 96 inpatients in a hospital of Porto Alegre. We aimed to investigate sociodemographic, clinic, and follow-up characteristics in a health service associated to psychiatric admissions and readmissions. The dependent variables were first admission, and frequent readmissions. More than half of the sample (53. 1%) were female, 51% were single, and the average age was 44. 3 years old. From clinic data, 37. 5% (n=36) of the users were in their first admission, and 36% (n=35) met the criteria for frequent readmission. Users with frequent readmissions significantly mentioned fewer people on whom they could rely, and lived with a significant smaller number of people than the rest of the sample. Alternatively, users in first readmission had, with less frequency, bond with health services other than hospitals, using hospitals as an entrance door to mental health care. We highlight the importance of the findings on Network for Psychosocial Care follow-up, as 34. 4% of the sample did not have follow-up before admission, and only 4. 1% used services of psychosocial rehabilitation. These admissions might have been avoided if users had had bonds with health services, especially with primary care, which could detect mental health care needs, and offer care before the need of admission. Therefore, hospitals have a central and strategical role as network articulator to perform the connection with Network for Psychosocial Care services, even if this does not guarantee access to services. We emphasize that the ones who have fewer people on whom they can rely, and consequently less social support, have higher probability of having more psychiatric readmissions. Although results indicate some clues about factors associated with frequent readmissions, we highlight the importance of stablishing an agreement on frequent readmission criterion, as well as developing more studies on the theme, both nationally and internationally, in order to increase the comprehension on this phenomenon. / O presente trabalho teve como objetivo analisar as reinternações psiquiátricas em relação aos dados sociodemográficos, clínicos e de utilização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de pessoas com transtornos mentais. Realizaram-se dois estudos, o primeiro trata-se de uma revisão crítica da literatura que utilizou como método uma revisão sistemática de estudos publicados nos últimos cinco anos, que tiveram como assunto principal “reinternação psiquiátrica”. Buscou-se conhecer os critérios utilizados para definir o que são reinternações psiquiátricas frequentes e analisar os fatores associados a elas. A partir da busca nas bases de dados Pubmed, BVS, PsycInfo foram selecionados 26 artigos. A análise da literatura mostra a existência de diferentes critérios de reinternação frequente e com isso diferentes prevalências são descritas. As associações entre essas reinternações com variáveis sociodemográficas, clínicas e dados da rede de atenção, mostrou resultados por vezes contraditórios, o que pode estar associado às diferenças metodológicas dos estudos. O segundo estudo trata-se de estudo empírico com delineamento transversal e contou com uma amostra de 96 participantes internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em um hospital geral de Porto Alegre. O objetivo deste estudo foi investigar as características sociodemográficas, clínicas e de acompanhamento em serviços de saúde associadas às internações e reinternações psiquiátricas. As variáveis dependentes deste estudo foram as primeiras internações e as reinternações frequentes. Em relação à amostra geral, mais da metade da amostra (53,1%) era do sexo feminino, 51% eram solteiros e a idade média foi de 44,3 anos. Dos dados clínicos, 37,5% (n=36) dos usuários estavam em sua primeira internação e 36% (n=35) fecharam critério para reinternação frequente. Os usuários com reinternações frequentes referiam significativamente um menor número de pessoas com as quais consideravam que poderiam contar e viviam com um número significativamente menor de pessoas que o restante da amostra. Já os usuários de primeira internação possuíam com menor frequência vínculo com serviço de saúde extra hospitalares, utilizando o hospital como porta de entrada para o cuidado em saúde mental. Ressaltamos a importância dos achados sobre acompanhamento na RAPS, pois 34,4% da amostra não realizava acompanhamento antes da internação e somente 4,1% fazia uso de serviços de reabilitação psicossocial. Essas internações talvez pudessem ter sido evitadas se os usuários possuíssem vínculo com serviços, especialmente com a atenção básica, que poderia detectar necessidades de cuidados em saúde mental e oferecer atenção antes de ser necessária indicação de uma internação. Sendo assim, o hospital tem papel fundamental e estratégico enquanto articulador da rede para realizar a ponte com os serviços da RAPS, mesmo que isso não garanta o acesso aos serviços. Cabe destacar que pessoas que possuem menor número de pessoas com quem contar, com isto menor apoio social, tem maior probabilidade de ter mais reinternações psiquiátricas. Embora os resultados encontrados nos estudos indiquem algumas pistas sobre os fatores associados com as reinternações frequentes, destaca-se a importância de estabelecer um consenso sobre o critério de reinternação frequente, bem como desenvolver mais estudos sobre a temática, tanto a nível nacional como internacional, a fim de ampliar a compreensão sobre este fenômeno.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/8140
Date January 2016
CreatorsZanardo, Gabriela Lemos de Pinho
ContributorsRocha, Kátia Bones
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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