O estudo teve como objetivo geral analisar as estratégias desenvolvidas pelos idosos para morarem sozinhos. O número de pessoas idosas que vivem sozinhas cresce constantemente, contudo este pode ser um fator de risco para morbidade, mortalidade e pior qualidade de vida. É necessário conhecer quais são as estratégias desenvolvidas pelos idosos para que possam morar sozinhos frente às dificuldades que surgem com o processo de envelhecimento. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória. Participaram 14 idosos residentes na comunidade pertencente à área de abrangência de uma unidade básica de saúde do município de Porto Alegre. As informações foram coletadas por meio de entrevista com perguntas abertas e fechadas e analisadas por meio de análise de conteúdo temática, com o apoio do software Nvivo 8.0. Os idosos tinham idade entre 60 e 91 anos, sendo 11 mulheres e moravam sozinhos em média há 19 anos (DP±14,2). O principal motivo para morarem sozinhos era em razão da morte das pessoas com as quais conviviam. Para a análise das estratégias foram constituídas três categorias de acordo com os comportamentos identificados. Estratégia 1: comportamentos em busca de apoio social, ou seja, buscar o apoio da família, dos amigos e vizinhos; ser fonte de apoio para a família; morar próximo daqueles que fornecem o apoio e manter proximidade/bom relacionamento nas relações afetivas. Estratégia 2: comportamentos em busca de manter-se ativo, incluindo praticar atividades de lazer e participar de atividades da comunidade. Estratégia 3: comportamentos em busca de religiosidade, como rezar/orar para ter saúde e rezar/orar para evitar a solidão. Os achados indicaram que as estratégias desenvolvidas pelos idosos mostraram-se adequadas, pois, apesar do estilo de vida independente, eles apresentavam limitações inerentes ao processo de envelhecimento, necessitando de apoio para realizar as atividades da vida diária e não se sentir sozinhos. Essas necessidades eram supridas exclusivamente pela rede de apoio informal. Mais alternativas de apoio formal deveriam ser desenvolvidas, qualificando a prática assistencial e permitindo o planejamento de ações de saúde voltadas a esses indivíduos, em uma perspectiva de avaliação individual e de apoio social. / The following research aimed to analyze the strategies developed by the elderly while living alone. The number of elderly people living alone has been growing steadily, although this may be a risk factor for morbidity, mortality, and poor quality of life. It is essential to understand what the strategies developed by the elderly are so that they can live on their own with the difficulties that arise with the aging process. This is a qualitative exploratory research. Participants were 14 elderly, residents in the community belonging to the area covered by a basic health unit in the city of Porto Alegre. Data were collected through interviews with open and closed questions and analyzed applying thematic content analysis, with the support of the software Nvivo 8.0. Elderly were aged between 60 and 91 years old, being 11 women and they had lived alone for 19 years on average (SD ± 14.2). The main reason for them to live alone was that the person they lived with had died. In order to analyze strategies, three categories were established according to the identified behaviors. Strategy 1: behavior in seeking social support, or seeking support from family, friends and neighbors, being a source of support for the family; living near those who provide support and maintain proximity/good relationship. Strategy 2: behavior seeking to remain active, including practicing leisure activities and participating in community activities. Strategy 3: Seeking for religious behaviors, like praying for health and praying to avoid loneliness. The findings indicated that the strategies developed by the elderly were suitable since, despite the independent lifestyle they had limitations inherent to the aging process, requiring support to carry out the activities of daily life and not feel alone. These needs were supplied exclusively by the network of informal support. More alternative formal support should be developed, describing the essential practice allowing planning health actions to these individuals in a perspective of individual assessment and social support. / El estudio tuvo como objetivo general hacer un análisis de lãs estratégias desarrolladas por lós ancianos para que vivan solos. El número de personas mayores que viven solas crece constantemente, sin embargo este puede ser un factor de riesgo para morbilidad, mortalidad y peor calidad de vida. Es necesario conocer cuales son las estrategias desarrolladas por lós ancianos para que puedan vivir solos delante de lãs dificultades que se manifiestan com El processo de envejecimiento. Se trata de uma investigación cualitativa de tipo exploratoria Participaron 14 ancianos residentes en la comunidad perteneciente al área de alcance de uma unidad básica de salud del município de Porto Alegre. Las informaciones fueron colectadas por médio de entrevista com perguntas abiertas y cerradas y analizadas por medio de um análisis de contenido temático, com el apoyo del software Nvivo 8.0. Los ancianos tenían entre 60 y 91 años, siendo 11 mujeres y vivian solos alrededor de 19 años (DP±14,2). El principal motivo para que vivieran solos era em razón de La muerte de las personas con las cuales convivían. Para El análisis de las estrategias se constituyeron tres categorías de cuerdo com lós comportamientos intentificados. Estrategia 1: comportamientos em búsqueda de apoyo social, o sea, buscar El apoyo de La familia, de los amigos y vecinos; ser fuente de apoyo para la familia; vivir cerca de aquellos que concedan el apoyo y mantener proximidad/buen relación afectiva. Estrategia 2: comportamientos em búsqueda de mantenerse activo, incluyendo la práctica de actividades de ocio y la participación em actividades de la comunidad. Estrategia 3: comportamientos em búsqueda de religiosidad, como rezar/orar para tener salud y rezar/orar pra evitar la soledad. Los hallazgos indicaron que las estrategias dessarroladas por los ancianos se mostraron adecuadas, pues, aunque el estilo de vida sea independiente, ellos presentaban limitaciones inherentes al proceso de envejecimiento, necesitando de apoyo para realizar las actividades del cotidiano y queno se sientan solos. Esas necesidades eran suprimidas exclusivamente por la red de apoyo informal. Más alternativas de apoyo formal deberían de ser desarrolladas, calificando la práctica asistencial y permitiendo el planeamiento de acciones de salud volteadas e esos individuos, en una perspectiva de evaluación individual y de apoyo social.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/97654 |
Date | January 2013 |
Creators | Costa, Francine Melo da |
Contributors | Morais, Eliane Pinheiro de |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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