Este estudo objetivou investigar a qualidade de vida e a satisfação profissional de enfermeiras de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e examinar suas relações. A amostra consistiu de 190 enfermeiras de 19 UTIs. Foi utilizado um questionário auto-aplicável para coletar os dados sociodemográficos, ocupacionais, de saúde, percepções e estados em relação à vida e ao trabalho. A versão genérica do Índice de Qualidade de Vida (IQV) foi utilizada para medir tanto a satisfação quanto a importância de quatro domínios da vida: saúde e funcionamento, psicológico e espiritual, social e econômico, e família. A qualidade de vida total também foi medida. O nível de satisfação profissional em relação a seis componentes do trabalho (autonomia, status profissional, remuneração, interação, requisitos do trabalho e normas organizacionais) foi medido através do Índice de Satisfação Profissional (ISP). Os dados foram analisados através da análise de conteúdo, Coeficiente de Correlação de Pearson, Qui-quadrado, Teste de Fisher, análise da variância, análise de agrupamentos e análise de componentes principais. Os resultados mostraram que as enfermeiras obtiveram escores mais elevados nos domínios família, psicológico e espiritual, social e econômico, saúde e funcionamento, respectivamente. Elas valorizaram os componentes do trabalho autonomia, interação e remuneração mais do que status profissional, requisitos do trabalho e normas organizacionais, e estavam mais satisfeitas com status profissional, interação, remuneração, requisitos do trabalho e normas organizacionais. Adicionalmente, foram encontradas correlações significativas entre os domínios da qualidade de vida e os componentes da satisfação profissional. Quanto à análise das percepções e estados de vida e trabalho, os resultados sugerem que eles são indicadores potenciais de qualidade de vida e satisfação profissional. Esses achados confirmam as relações entre os domínios da vida no trabalho e da vida fora do trabalho das enfermeiras, e demonstraram o significado das características do trabalho em UTI na discussão da qualidade de vida das enfermeiras. / This study aimed to investigate quality of life and job satisfaction among intensive care nurses and to examine its relationships. The sample consisted of 190 intensive care nurses, representing 19 Intensive Care Units (ICUs). A self-administered questionnaire was used to collect sociodemographic, occupational, health data, perceptions and states of life and work. The generic version of Quality of Life Index (QLI) was used to measure both satisfaction and importance of four domains of life: health and functioning, psychological and spiritual, social and economic, and family. The overall quality of life was also measured. The level of job satisfaction towards six job components (autonomy, professional status, pay, interaction, task requirements and organizational policies) was measured using the Index of Work Satisfaction (IWS). Data were analyzed using content analysis, Pearson product-moment correlation, Chi-Square, Fishers Test, analysis of variance, cluster analysis and principal component analysis. Results showed that nurses had higher scores in family, psychological and spiritual, social and economic, health and functioning domains, respectively. They valued the job components of autonomy, interaction and pay more than professional status, task requirements and organizational policies, and were more satisfied with professional status, interaction, autonomy, pay, task requirements and organizational policies. Additionally, significant correlations were found among quality of life domains and job satisfaction components. Regarding the analysis of perceptions and states of life and work the results suggest that they were found to be significant potential indicators of quality of life and job satisfaction. These findings support the relationships between the work and nonwork domains of nurses lives and demonstrated the significance of ICU work characteristics in discussing the quality of life of nurses.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-17112004-151221 |
Date | 07 April 2004 |
Creators | Margarete Marques Lino |
Contributors | Miako Kimura, Estela Regina Ferraz Bianchi, Ana Isabel Bruzzi Bezerra Paraguay, Regina Marcia Cardoso de Sousa, Iveth Yamaguchi Whitaker |
Publisher | Universidade de São Paulo, Enfermagem na Saúde do Adulto, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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