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Proposta de um sistema de vigilância epidemiológica em saúde ocupacional

A importância de um sistema de coleta de dados adequado e de análise que permita o conhecimento das doenças na comunidade e o controle necessário e antigo. A "vigilância sanitária centrada no doente e comunicante perdurou até o século XX quando este conceito foi modificado utilizando-se uma metodologia permitindo a coleta sistemática dos dados, a análise e a disseminação da informação. O termo vigilância epidemiológica foi utilizado pela primeira vez em 1964. Alguns autores apresentam uma tendência de ampliar este conceito e sua ação. O uso muitas vezes mais amplo do conceito é decorrente de ações aplicadas de maneira verticalizada, justificados pela falta de estrutura de saúde adequada. A questão da relação saúde/trabalho vem sendo estudada desde o século XVII, acentuando-se com a Revolução Industrial, após a primeira Guerra Mundial, com a criação da OIT. A vigilância epidemiológica em saúde ocupacional está muito atrasada em relação às doenças infecciosas. Esta dificuldade por um lado está ligada ao surgimento acelerado de novas técnicas industriais e produtos químicos e por outro devido ao despreparo dos profissionais de saúde no conhecimento da relação trabalho/doença. No Brasil não existe um sistema de vigilância para as doenças ocupacionais existindo um grande sub-registro dos acidentes e das doenças ocupacionais prejudicando assim um melhor direcionamento das atividades de prevenção e o acompanhamento. O SVE proposto se baseia nos conceitos de vigilância epidemiológica, saúde e higiene ocupacional. As justificativas para a criação do sistema são, principalmente, a inexistência de padronização na coleta de dados, a necessidade da obtenção das frequências da morbi-mortalidade na população de trabalhadores para verificar possíveis relações com fatores existentes nos locais de trabalho e permitir a avaliação do impacto de programas de saúde desenvolvidos. O objetivo geral do SVE proposto é estimar a magnitude da morbi-mortalidade, evidenciando os fatores de risco envolvidos. Para atingir este objetivo, o sistema deverá abranger agravos a saúde e riscos ocupacionais. Houve uma priorização para doenças crônico-degenerativas, doenças incapacitantes, parcial ou totalmente para a atividade exercida, alterações bioquímicas e funcionais, mortalidade geral e riscos ocupacionais. O SVE proposto para a Reduc-Petrobrás abrangerá os trabalhadores ativos e, para o estudo da mortalidade, também os aposentados e os transferidos. A proposta estabelece as linhas gerais do SVE, com as definições dos casos, fluxo de informações, instrumentos de coletas e análise dos dados e a avaliação do sistema.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:1121
Date28 December 1993
CreatorsMaurício Vieira Elias
ContributorsRenato Peixoto Veras, Joaquim Gonçalves Valente, Kenneth Rochel de Camargo Junior, Volney de Magalhaes Camara, Thales Pontes Luz
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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