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A evolução da esquistossomose mansônica, nos últimos 40 anos, na população de Catolândia – Bahia (Brasil)

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Tese de Professor Titular, de José Tavares-Neto.pdf: 14542079 bytes, checksum: 637c1dd9de16fba7748ae25aef81fb72 (MD5) / A evolução da esquistossomose mansônica, nos últimos 40 anos, na população de
Catolândia – Bahia (Brasil). As taxas de prevalência e de incidência da infecção por
Schistosoma mansoni, agente etiológico da esquistossomose mansônica (EM), tiveram
grande redução com a introdução, na década 70 do Século XX, da terapêutica específica
pela via oral; e, consequentemente, houve impactante redução daquelas taxas das formas
mais graves da EM. O Projeto Catolândia teve início, em 1976, quando aquela terapêutica
oral, com oxamniquine, havia sido recentemente introduzida no Brasil. Este trabalho
avalia a evolução da esquistossomose mansônica nos moradores do município de
Catolândia (Bahia), incluídos neste estudo entre os anos de 1975 a 1993, e acompanhados
até o ano de 2015. Nesses 40 anos, os moradores foram acompanhados com exames
clínicos e coproparasitológicos, periódicos, e introduzidas medidas de controle e
preventivas. Entre 1976 a 1993, houve 10 tratamentos em massa com oxamniquine; e de
1994 a 2015, baseado no programa de vigilância clínica e parasitológica, os portadores
de ovos de S. mansoni foram tratados com praziquantel. Após o 3º tratamento em massa,
em 1985, não mais foram observados novos casos da forma hepatoesplênica (HE) da EM,
e, a qualquer tempo, em menores de cinco anos de idade. Antes do 1º tratamento em
massa, em outubro de 1976, mais de dois terços (76,3%) da população de Catolândia eram
portadores de ovos de S. mansoni, enquanto entre os anos de 2014 a 2015 essa mesma
frequência foi inferior a 5%, além da acentuada diminuição da carga parasitária. Nos 646
moradores matriculados entre 1975 a 1993, incluídos neste estudo, todos foram tratados
três ou mais vezes com oxamniquine, e em 2015 tinham 22 ou mais anos de idade.
Aqueles até 1993 com idade ≤5 anos de idade (n=137), todos em 2015 tinham a forma
clínica hepatointestinal (HI) ou não foram infectados por S. mansoni. Enquanto entre
aqueles maiores de 5 anos de idade (n=509), em 1993, até o ano 2015: quatro (0,8%)
evoluíram da forma HI para a hepatointestinal avançada (HI-A); quatro (0,8%) com a
forma HE foram esplenectomizados; 17 (3,3%) com a forma HE tiveram regressão para
a forma HI; 18 (3,6%) evoluíram da forma HI-A para HI; 23 (4,5%) permaneceram ao
longo do tempo com a forma HI-A; 27 (5,3%) evoluíram da forma HE para HI-A; 31
(6,1%) mantiveram-se na forma HE; e a maioria (n=385; 75,6%) desde o exame inicial
(entre 1976 a 1993) até 2015 permaneceu na forma HI ou não foi infectada por S. mansoni.
Não obstante estes resultados promissores, as condições de vida da população de
Catolândia, mesmo com as melhorias nas duas últimas décadas, ainda não foram
suficientes para tornar a infecção por S. mansoni de menor risco, bem como daquelas
doenças associadas à pobreza, especialmente em decorrência das dificuldades inerentes
às medidas preventivas por conta dos baixos indicadores do sistema de educação formal.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/20973
Date January 2016
CreatorsTavares-Neto, José
PublisherFACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA, UFBA, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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