Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T02:24:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
290692.pdf: 699881 bytes, checksum: 94643a70b3d4c96495307f0352a98f99 (MD5) / O objetivo do presente trabalho é investigar a distribuição e interpretação do plural nu no português brasileiro (doravante PB). Para isso, começamos por mostrar, no primeiro capítulo, como a genericidade se manifesta nas línguas naturais, tomando por base o clássico estudo de Krifka et. al. (1995). Ainda no primeiro capítulo, tratamos da proposta de Carlson (1977 principalmente), que analisa o plural nu do inglês como um designador rígido, e do trabalho de Chierchia (1998), que desenvolve essa proposta e a amplia para as demais línguas através do parâmetro de mapeamento nominal.
No segundo capítulo, apresentamos as análises para o plural nu do PB, mostrando que existem basicamente duas propostas: a de Müller (2000, 2002a, 2004), que entende o plural nu como um indefinido genérico, e a de Schmitt & Munn (1999, 2002) e Dobrovie-Sorin & Pires de Oliveira (2008), que entendem o plural nu do PB como nome de espécie. Além delas, Müller (2002b) argumenta em favor da ambiguidade deste sintagma.
No terceiro capítulo, defendemos a análise segundo a qual o plural nu do PB é um indefinido. Para isso, mostramos que, nos testes propostos por Krifka et. al. (1995), o comportamento deste sintagma não é compatível nem com um nome de referência a espécie, nem com a análise que o toma como um elemento ambíguo (cf. Müller, 2002b). Mostramos também que o plural nu entra em relações de escopo (seguindo Pires de Oliveira & Rothstein (2010)) e tem interpretação não-contraditória em contexto de coordenação, além de se comportar como o indefinido singular em contextos de retomada por anáfora possessiva (seguindo a intuição de Viotti & Müller, 2003). Tomamos todos esses fatos como evidências em favor de nossa análise. Também mostramos que o plural nu necessita de átomos em sua denotação e que ele não necessariamente é ordenado em termos de reticulado.
No quarto capítulo, mostramos que o plural nu e o singular nu apresentam diferenças em sua distribuição e interpretação, contrariamente ao que se normalmente se assume, na mesma linha de Pires de Oliveira & Rothstein (2010).

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/95485
Date26 October 2012
CreatorsBraga, João Vinicius de Almeida
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Oliveira, Roberta Pires de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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