Orientador: Helio Rebello Cardoso Junior / Banca: Lourdes Madalena Gazarini Conde Feitosa / Banca: Claudio Denipoti / Banca: Ivan Esperança Rocha / Banca: Milton Carlos Costa / Resumo: O século XIX foi caracterizado pela historiografia ocidental como um momento de elaboração e definição de importantes conceitos científicos, pela busca por avanço tecnológico, assim como pelo crescimento literário e cultural. A retomada e a utilização de elementos da cultura greco-romana têm sido presença constante na formação e utilização desses conceitos. Alguns trabalhos populares vitorianos sugeriam que os romanos clássicos deixaram para os ingleses uma civilização que se dirigiu quase que diretamente para o estado moderno inglês. Partindo desse pressuposto, o objetivo deste trabalho é analisar como os vitorianos interpretaram a sexualidade romana, bem como, a conduziram no que diz respeito à construção de uma moral sexual no período, através da leitura das obras de Ovídio, poeta latino do século I d.C. que teve muita repercussão em seu momento histórico. Dentre suas obras, a Ars Amatoria se destaca, por pregar a ideia de que o prazer sexual entre homens e mulheres, para ser plenamente satisfatório, deveria ser mútuo, e a relação, livre e espontânea por ambas as partes. No entanto, Ovídio foi uma referência não assumida entre os vitorianos, justamente pelo fato de o século XIX estar marcado por uma necessidade de controle da conduta sexual. Esse controle insere-se no contexto de uma nação que vive um momento de mudanças devido à crescente industrialização e logo ao descontrole populacional desencadeado por fatores sociais, econômicos e imperialistas. A literatura vitoriana se caracteriza em parte pela produção de romances e biografias moralizantes, fato este que excluiria Ovídio do modelo de um herói que deveria ser exaltado. / Abstract: The nineteenth century was characterized by Western historiography as a period of working up and definition of important scientific concepts, by search for technological advancement, as well as by literary and cultural growth. The recovery and the use of greek and roman culture elements have been constantly present in the formation and use of these concepts. Some popular Victorian works suggested that the Classic Romans left to the British a civilization which turned almost directly to the modern English state. Based on this purpose, this work aims to analyze how the Victorians interpreted the Roman sexuality, and how they led it concerning to the construction of a sexual morality in that period. For this, we resort to reading Ovid‟s works, Latin poet of the first century AD which had repercussions in his historical moment. Among his works, Ars Amatoria is detached, for preaching the idea that sexual pleasure for men and women, to be fully satisfactory, should be mutual, and the relationship, free and voluntary by both parties. However, Ovid was a reference not assumed among the Victorians, precisely because the nineteenth century is marked by a need to control sexual behavior. This control is inside the context of a nation that is experiencing a period of change due to increasing industrialization and soon to lack of controll of population triggered by social, economic and imperialist factors. The Victorian literature is characterized in part by the production of moralizing novels and biographies, a fact that excluded Ovid as a model of a hero which should be exalted. / Doutor
Identifer | oai:union.ndltd.org:UNESP/oai:www.athena.biblioteca.unesp.br:UEP01-000641254 |
Date | January 2011 |
Creators | Barbosa, Renata Cerqueira. |
Contributors | Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências e Letras (Campus de Assis). |
Publisher | Assis : [s.n.], |
Source Sets | Universidade Estadual Paulista |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | text |
Format | 204 f. |
Relation | Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader |
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