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O que dá certo no SUS que dá certo? : histórias de inovação na produção da saúde na atenção básica presentes na Rede HumanizaSUS

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2013. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-11-01T14:16:51Z
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2013_EricaLimaCostaMenezes.pdf: 1641851 bytes, checksum: 00b8466b2b424c1a7d5c00833a10a486 (MD5) / A Atenção Básica é hoje desenvolvida no Brasil independente do modelo de
organização, em todo território nacional. Invenções, reinvenções e inovações são
desenvolvidas nos quatro cantos do país. Novas formas de produzir o cuidado são
experimentadas, legitimadas e descartadas a todo o momento. Uma rica produção
de conhecimento existe e coexiste com todo o quadro de tentativa de qualificação das ações de saúde. Esta dissertação tem como objetivo discutir a inovação nas formas de produzir saúde na atenção básica a partir das experiências relatadas por trabalhadores, gestores e apoiadores integrantes da Rede HumanizaSUS, uma rede colaborativo-social online, parte das estratégias da Política Nacional de Humanização. Em outras palavras, seria perguntar o que dá certo no SUS que dá certo? Considerou-se inovação toda prática que se proponha a produzir novas formas de fazer saúde comprometidas com a defesa da vida e ampliação da autonomia dos sujeitos individuais e coletivos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa mediada por computador que utiliza o software ALCESTE para análise dos dados coletados. O material coletado foi dividido em dois corpus: experiências e comentários. Os resultados demonstraram na primeira etapa de análise, no corpus das experiências, a existência de 2 eixos temáticos. O primeiro eixo, “Inovações na organização do processo de trabalho”, é composto por três classes temáticas: Classe 1 – As tecnologias de apoio e valorização do trabalhador: apoio institucional, apoio matricial e o método da roda, Classe 2 – Práticas integrativas e complementares em saúde e protagonismo popular e classe 4: Acolhimento. O segundo eixo, “Inovações na produção do cuidado”, é composto pela Classe 3 – Clínica ampliada, Classe 5 – Ambiência: os “territórios” de encontros do SUS – um lugar para chamar de meu e a Classe 6 – A gente não quer só comida...arte e ludicidade nas ações de saúde. As Classes 1 e 2 foram as que apresentaram maior especificidade, significando maior peso na construção das RHS. No corpus dos comentários foram criadas 3 classes de segmentos de texto diferentes entre si Classe 1 – Refazendo, refazenda: redes de produção da saúde: As redes
rizomáticas, as ECRP e a trama e a urdidura; Classe 2 – Rodas de conversas e Classe 3 - A Tenda do Conto e seus encantos. Surgiram como aspectos inovadores
presentes nos relatos dos integrantes da rede: (1) as estratégias que valorizam e apoiam trabalhadores, abrindo espaços de fala, escuta, troca, apoio e produção coletiva; (2) a constituição das unidades de saúde como espaços acolhedores e que convoquem e permitam que trabalhadores e usuários sejam protagonistas na produção da saúde; (3) o uso das práticas integrativas e complementares e de elementos lúdicos da arte, da música como formas de produzir debate e produção de conhecimentos a partir dos saberes populares e saberes científicos, bem como a vinculação com a equipe/ unidade de saúde e desmedicalização da vida e (4) a criação de redes de produção da saúde, afirmando o trabalho em saúde como um trabalho coletivo, sendo apenas possível produzir cuidado produzindo redes. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Primary Care is now developed in Brazil, regardless of the organizational model, nationwide. Inventions, reinventions and innovations are developed in the four corners of the country, new ways of producing care are experienced, legitimated and discarded all the time, a rich knowledge production exists and coexists with all the trial qualification framework of health services. It is then needed to think strategies
that allow workers to discuss their practices, ressignify their actions and, based on them, produce knowledge and technologies besides media to publicize what is being produced in these places as a strategy to support individuals to provide care. The aim of this paper is to discuss innovation in ways to produce health in primary care based on the experiences reported by workers, managers and supporters members of the Rede HumanizaSUS, an online collaborative-social network part of the strategies of the National Health Humanization Policy. In other words, we ask what works in the Unified Health System that works? Innovation was considered as any
practice that intends to produce new ways of producing health care committed to the
defense of life and building subjects and groups' autonomy. This is a qualitative computer-mediated research that used ALCESTE software for data analysis. The following innovative aspects emerged from the reports: (1) The strategies that value
and support workers, opening speaking, listening, exchange, support and collective production spaces, (2) the constitution of health facilities as cozy spaces that evoke and allow workers and users to be protagonists in the health production, (3) the use of complementary and integrative practices and playful elements from art, music and forms of debate and knowledge production based on popular and scientific knowledge, as well as linking with the team/ health unit and unmedicalization of life and (4) the creation of health production networks. Health work being a collective work, it can not be produced without networks.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/14488
Date01 July 2013
CreatorsMenezes, Erica Lima Costa de
ContributorsShimizu, Helena Eri
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

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