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Josà de Alencar e a escravidÃo: suas peÃas teatrais e o pensamento sobre o processo abolicionista / Josà de Alencar and the slavery: his plays and the thought about the abolitionist process

CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Josà de Alencar foi taxado de escravagista pelo fato de acreditar que a aboliÃÃo nÃo deveria ser realizada de maneira imediata, como desejava a maioria dos abolicionistas. Nossa pesquisa investiga, a partir de duas obras da dramaturgia alencarina â O demÃnio familiar (1857) e MÃe (1860) â, o entendimento do autor cearense sobre o regime escravista no Brasil. AlÃm das peÃas, ponto de partida de nosso estudo, fazemos uso das cartas intituladas Novas cartas polÃticas de Erasmo, ao Imperador (1867), pois sua leitura, em comparaÃÃo com outros textos do autor, pÃde nos proporcionar uma nova perspectiva de anÃlise acerca do pensamento crÃtico de Josà de Alencar. Podemos afirmar que a visÃo de alguns pesquisadores sobre o pensamento alencarino acerca da escravidÃo està incompleta, destarte a necessidade de se preencher algumas lacunas, tendo como corpus, tambÃm, os Discursos parlamentares de Josà de Alencar (1977) â obra que reÃne os discursos polÃticos do autor cearense sobre o elemento servil â, obras importantes de crÃticos como Raimundo de Menezes, R. MagalhÃes JÃnior, Raymond Sayers, DÃcio de Almeida Prado e Luiz Fernando Valente, que se debruÃaram sobre a obra alencarina, e a leitura de alguns textos literÃrios que nos ajudaram na crÃtica aqui desenvolvida, entre eles està As vÃtimas-algozes: quadros da escravidÃo (2010), de Joaquim Manuel de Macedo. Assim sendo, no primeiro capÃtulo, à mostrado o modo pelo qual Alencar marca presenÃa na dramaturgia brasileira, abordando um tema espinhoso para sua Ãpoca: a escravidÃo e a importÃncia de suas peÃas para o avanÃo da emancipaÃÃo. No segundo capÃtulo, analisamos a obra O demÃnio familiar, que atà hoje suscita debates sobre o fato de ser ou nÃo uma obra de carÃter abolicionista, e, no terceiro capÃtulo, realizamos uma abordagem sobre a obra MÃe, onde evidenciamos as relaÃÃes existentes entre senhor e escravo e qual a importÃncia da obra para a luta contra a escravidÃo no paÃs ou para a sua permanÃncia naquela Ãpoca. Dessa maneira, elencamos pontos que mostram as razÃes que levaram a crÃtica a denominar Josà de Alencar como um escravagista, assim como argumentos que fizeram com que alguns crÃticos vissem em suas obras posicionamentos em que levantava a bandeira da aboliÃÃo, mas considerando apenas a emancipaÃÃo gradual como melhor soluÃÃo para toda a sociedade. / Josà de Alencar was called a slaver for believing that the abolition should not happen immediately, as it was the wish of most abolitionists. Our research investigates the understanding of the Cearence author about the slave regime in Brazil from two of his dramaturgy works â O demÃnio familiar (1857) and MÃe (1860). Besides these plays, which are the starting point of our study, we use the letters entitled Novas cartas polÃticas de Erasmo, ao Imperador (1867), for its reading, in comparison with other texts from the author, could provide us with a new perspective of analyses about Josà de Alencarâs critical thinking. We can affirm that the vision of some researchers about Alencarâs thoughts about slavery is incomplete, thus the necessity of feeling some blanks, having as corpus the Discursos parlamentares de Josà de Alencar (1977) as well â a work that gathers the political speeches of the Cearence author about the servile element; important works of critics such as Raimundo de Menezes, R. MagalhÃes JÃnior, Raymond Sayers, DÃcio de Almeida Prado and Luiz Fernando Valente, that address the work of Alencar, as well as the reading of some literary texts that helped us with the critic developed here, among which we have As vÃtimas-algozes: quadros da escravidÃo (2010), by Joaquim Manoel de Macedo. Therefore, in the first chapter, we show the way Alencar makes himself present in the Brazilian dramaturgy, approaching a thorny theme for his time: the slavery and the importance of his plays for the progress of emancipation. In the second chapter, we analyze O demÃnio familiar, which until today arises discussion about being an abolitionist work or not. At last, in the third chapter, we conduct an approach about MÃe, where we highlight the existing relationship between lord and slave and what is the importance of the work for the battle against slavery in the country or for its stay in that time. Thereby, we enlist the points that show the reasons that took the critic to classify Josà de Alencar as a slaver, as well as the arguments that made some critics see in his works that he encouraged the abolition, but considering the gradual emancipation as the best solution for the society as a whole.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:11003
Date14 February 2015
CreatorsNathan Matos MagalhÃes
ContributorsMarcelo Almeida Peloggio, Marcelo MagalhÃes LeitÃo, Sarah Diva da Silva Ipiranga
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Letras, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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